Balanced Scorecard: planejamento estratégico no contexto das organizações do Terceiro Setor

Autores

  • Rodrigo Vieira Fraga Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (AGES)
  • Carlos Eduardo Silva Instituto Socioambiental Árvore

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2179-684X.2010.001.0001

Palavras-chave:

Administração Estratégica, Terceiro Setor, Planejamento, Alinhamento, Balanced Scorecard

Resumo

O planejamento estratégico tradicionalmente esteve direcionado aos resultados de curto prazo, baseando-se em índices financeiros para projeções e avaliações de desempenho nas organizações. Esse modelo foi bastante eficaz na era industrial, porém a partir da década de 90 os índices financeiros por si só não mais representavam toda a capacidade das organizações na era dos serviços, sobretudo em organizações do terceiro setor. Diante da necessidade de um planejamento mais eficaz e capaz de refletir os objetivos de curto e longo prazo de uma organização, David Norton e Robert Kaplan desenvolveram o Balanced Scorecard (BSC), um método de planejamento e gerenciamento estratégico baseado em quatro perspectivas distintas: Financeira, Clientes, Processos Internos e Aprendizagem e Crescimento. A pesquisa teve como objetivo demonstrar a viabilidade da aplicação do Balanced Scorecard (BSC) nas organizações do terceiro setor, identificando como se dá o gerenciamento da estratégia nessas organizações, descrevendo suas principais necessidades, as vantagens justificadoras da utilização do BSC e os processos para sua implementação no planejamento estratégico. O procedimento técnico utilizado para que o estudo atinja seu objetivo será a pesquisa bibliográfica, já que esse método permite reunir, estudar e selecionar tudo aquilo que foi publicado a respeito do tema. As inúmeras dificuldades para eficientizar a gestão nas organizações do terceiro setor e os resultados alcançados e publicados por Kaplan e Norton serão os aspectos motivadores dessa pesquisa para solucionar os entraves na administração dessas organizações e a promoção do gerenciamento da estratégia. A partir da avaliação das informações colhidas na pesquisa, inúmeros problemas foram detectados na administração do terceiro setor e um dos principais, sem dúvida, são os resquícios de amadorismo ainda presentes na administração dessas organizações. Com a presente pesquisa, pudemos concluir que o BSC é sim uma ferramenta capaz de introduzir mecanismos para a promoção do planejamento estratégico nessas organizações, porém, devido a algumas particularidades do setor e a valorização da sociedade para com organizações que participam e estimulam a atuação social, faz-se necessário a criação de mais uma perspectiva: A Perspectiva Social, sobretudo porque a ideia de trabalho em rede e desenvolvimento de alianças estratégicas exige um envolvimento superior, macro, muito além da mera prestação de serviços.

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Biografia do Autor

Rodrigo Vieira Fraga, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (AGES)

Administrador pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (AGES).

Carlos Eduardo Silva, Instituto Socioambiental Árvore

É autor do Dicionário de Meio Ambiente e de diversos artigos científicos. Possui graduação em Administração (FASE), especialização em Planejamento e Gestão de Projetos Sociais (UNIT), e é mestrando Saúde e Ambiente pela Universidade Tiradentes (UNIT). Atuou profissionalmente como CEO da Metamorfose Consultores Associados e consultor credenciado do SEBRAE Sergipe. Foi professor e coordenador do Curso de Administração de Empresas da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (AGES). É Diretor de Comunicação e Documentação da Sociedade Brasileira de Ecoturismo, e presidente do Conselho Diretor do Instituto Socioambiental Árvore. Atua ainda como editor da Revista Nordestina de Ecoturismo, da Revista Brasileira de Ecoturismo, da Revista Brasileira de Administração Científica, da Acta Forestalis (UFS), e da Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais (UFRJ+USP).

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Publicado

2010-12-28

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