Efeito de épocas da colheita sobre características agronômicas de etnovariedades da mandioca

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.003.0003

Palavras-chave:

Descritores agronômicos, Manihot esculenta, Parte aérea, Produtividade, Raízes tuberosas

Resumo

A mandioca é um dos alimentos mais conhecidos no Brasil e seu cultivo é muito importante, especialmente para a agricultura familiar. Suas raízes tuberosas, ricas em carboidratos, podem ser colhidas em larga faixa de tempo, dependendo da etnovariedade e da região de cultivo, indicando, portanto, a necessidade de se definir a melhor época de colheita, visando aumento da produtividade e maximização da área agrícola. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de quatro épocas de colheita (seis, oito, dez e doze meses pós-plantio) sobre características agronômicas de quatro etnovariedades de mandioca (Cacau branca, Cacau roxa, Cacau amarela e Mandioca pão), nas condições edafoclimáticas do município de Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições em um esquema de parcelas (etnovariedades) e subparcelas (épocas de colheita). Em cada época de colheita foram avaliados os descritores agronômicos: produtividade da parte aérea, produtividade de raízes tuberosas, índice de colheita, número de raízes por planta, comprimento e diâmetro médio das raízes. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao ajuste de modelo de regressão polinomial. Os resultados demonstraram que a época de colheita influenciou as características agronômicas das quatro etnovariedades de mandioca avaliadas. As etnovariedades Cacau roxa e Cacau amarela apresentaram pico de produtividade de raízes tuberosas aos oito e dez meses pós-plantio, respectivamente. Já a Cacau branca e Mandioca pão apresentam-se mais produtivas aos 12 meses, indicando que a permanência das plantas no campo proporcionou incremento na produtividade e diâmetro das raízes, além de maior índice de colheita e, portanto, são boas opções para o agricultor familiar matogrossense.

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Biografia do Autor

Eliane Cristina Moreno de Pedri, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Ciências Biológicas e mestrado em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos (PPGBioAgro) pela Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado (UNEMAT/AF). Atualmente é Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte (PPGBionorte) e desenvolve trabalhos no Laboratório de Genética Vegetal e Biologia Molecular (GenBioMol) da UNEMAT, Campus de Alta Floresta, MT, realizando estudos de diversidade genética por meio de marcadores moleculares e morfoagronômicos, e biologia reprodutiva. 

Ana Aparecida Bandini Rossi, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (1996), mestrado em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa (2003) e doutorado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa (2007). Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Genética Vegetal, Biologia Molecular e Biologia da Conservação, atuando principalmente nos seguintes temas: Aspectos Reprodutivos e Diversidade Genética em espécies Vegetais Nativas e Cultivadas e conservação dos Recursos Naturais. Participa como orientadora dos Programas de Pós Graduação: Mestrado em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos, Genética e Melhoramento de Plantas e do Doutorado Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, da Rede Bionorte. 

Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide, Embrapa Agrossilvipastoril

Nascida em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1999), atual UFGD. Atuou com desenvolvimento de produtos e melhoramento genético do algodão em 2000 e 2001. Fez mestrado (2004) e doutorado (2009) em Genética e Melhoramento de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Universidade de São Paulo (USP). É pesquisadora na Embrapa Agrossilvipastoril desde 2010, estado do Mato Grosso, e atua nos seguintes temas: coleta e caracterização de recursos genéticos vegetais, etnobotânica, agrobiodiversidade e melhoramento genético. Lidera o grupo de pesquisa Biodiversidade, tendo como principais Universidades parceiras a Esalq/USP, UCDB, UFMT, Unemat e Unesp. É professora permanente no quadro de docentes do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da Unemat (Universidade do Estado do Mato Grosso); Coorienta alunos de pós-graduação na rede Bionorte, Unemat e outras Universidades parceiras; e de graduação na UFMT. Na gestão de P&D, foi Gestora do NAP (Núcleo de Apoio à Pesquisa) em 2017 e 2018, sendo chefe substituta de pesquisa em 2018. Participou e ainda participa de comissões e comitês internos: Comitê Local de Publicação; Comitê Local de Propriedade Intelectual (2017 a 2018); e Comitê Técnico Interno (2017 e 2018), Sisgen (2017 ? atual), CIC (2017 a atual).

Auana Vicente Tiago, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2013/1). Mestre em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2016/1). Doutora em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - Rede BIONORTE, Universidade do Estado de Mato Grosso (2020/1). 

Elisa dos Santos Cardoso, Universidade do Estado de Mato Grosso

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (1999), especialista em Biologia pela Universidade Federal de Lavras (2002), Licenciatura em Química pelo Instituto Federal de Mato Grosso (2013), Mestre em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), doutoranda da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - BIONORTE . Atualmente é professora da Escola Estadual ´19 de Julho´, no município de Peixoto de Azevedo/MT-Brasil.

Kelli Évelin Müller Zortéa, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2010). Especialista em Avaliação de Impactos Ambientais e Recuperação de Áreas Degradadas pela Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino (2012) e em Saneamento Ambiental pela AVM Faculdade Integrada (2015). Mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2018). Doutoranda da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - BIONORTE. 

Vinicius Delgado da Rocha, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Mestrado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é Doutorando em Genética e Melhoramento pela UFV. Durante a graduação foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq e do PROBIC/UNEMAT (2013-2018) e desenvolveu trabalhos no Laboratório de Genética Vegetal e Biologia Molecular da UNEMAT/ Campus de Alta Floresta, MT, realizando estudos de diversidade genética, biologia reprodutiva, citotoxicidade e alelopatia de plantas. Durante o mestrado adquiriu experiência na área de Evolução Molecular especificamente em Filogeografia e Filogenia. Tem interesse na área de Genética, Biologia Molecular e Evolução.

Oscar Mitsuo Yamashita, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (1997), mestrado em Agricultura Tropical pela Universidade Federal de Mato Grosso (2004) e doutorado em Agricultura Tropical pela Universidade Federal de Mato Grosso (2009). Atualmente é professor efetivo adjunto Doutor classe 2C da Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitotecnia, Matologia e Tecnologia de Sementes, atuando principalmente nos seguintes temas: produção vegetal, plantas daninhas, fisiologia da germinação.

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Publicado

2020-04-02

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