Green Criminology e prevenção à danos ambientais em áreas protegidas na Amazônia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.004.0023

Palavras-chave:

Green criminology, Infrações ambientais, Prevenção, Amazônia

Resumo

A era dos extremos foi palco de debates sobre preservação ambiental. As áreas protegidas emergiram nesse cenário como um instrumento protetivo, objetivando resguardar os recursos naturais e o modo de vida das populações tradicionais em uma área geográfica específica. Contudo a simples existência das unidades de conservação não impediram que condutas ilícitas ocasionassem danos a tais espaços. O estudo objetivou a proposição de parâmetros preventivos para controle de infrações ambientais em áreas protegidas análogas, através da identificação do perfil genérico desses espaços protegidos, caracterização das infrações ambientais, e, da identificação dos parâmetros de prevenção à infrações ambientais. A pesquisa possui natureza descritiva, quanto aos seus objetivos, e, documental em relação aos procedimentos metodológicos utilizados, abrangendo cinco Unidades de Conservação federais do Município Amazônico de Guajará-Mirim. O estudo evidenciou que: a irregularidade dos aspectos fundiários constitui fator de conflitos em três áreas analisadas, influenciando diretamente nas pressões e ameaças das unidades de conservação; não há demarcação dos limites físicos nos espaços territoriais especialmente protegidos da amostra; 60% da amostra possui emergências ambientais, totalizando 15.586 hectares de queimadas e 281 hectares de desmatamento; há insuficiência de recursos humanos, pois a gestão das unidades de conservação é realizada em 80% da amostra por uma única pessoa, responsáveis por realizar as ações críticas de proteção e prevenção de atividades ilegais na área protegida; foram lavrados 21 autos de infrações ambientais, motivados por ações planejadas, denúncias e planos de fiscalização estabelecidos; nos registros pesquisados, inexiste autos de infração em três das cinco unidades de conservação da amostra, predominando ilícitos relacionados à fauna; e, quanto a autoria, o gênero masculino predominou em 81% dos registros. Verificou-se três parâmetros de prevenção à infrações ambientais: ações de fiscalização ao capital natural em áreas protegidas; regularização fundiária, enquanto instrumento de justiça ambiental; e educação ambiental enquanto modo de percepção da infração ambiental através da compreensão situacional. Concluiu-se que somente a implantação das unidades de conservação não legitima a preservação ambiental. Prevenção a danos ambientais são e serão, sempre, a forma mais eficaz de controlar os impactos negativos ao ambiente.

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Biografia do Autor

Cíntia Rosina Flores, Universidade do Vale do Taquari

Possui Doutorado em Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES), Mestrado em Engenharia: Energia, Ambiente e Materiais pela Universidade Luterana do Brasil - ULBRA (2011), Especialização em Docência Universitária pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (2003) e graduação em Direito pelo Instituto Luterano de Ensino Superior de Ji-Paraná ILES/ULBRA (2001). Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal de Rondônia - UNIR.

Odorico Konrad, Montanuniversität Leoben

Possui doutorado em Engenharia Ambiental e Sanitária - Montanuniversitat Leoben Austria (2002), graduação em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992). Atualmente é professor/pesquisador da UNIVATES. Tem experiência na área de Engenharia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: biogás, biorreatores, energias renováveis, resíduos sólidos, meio ambiente, saneamento.

Josmar Almeida Flores, Universidade do Vale do Taquari

Graduado em Ciências Contábeis pela Associação de Ensino Superior da Amazônia Faro (2003), Pós-Graduado Lato Sensu em Direito Tributário pelo Universidade Luterana do Brasil - ULBRA, Pós-Graduado Stricto Sensu (Mestrado) em Engenharia - Energia, Ambiente e Materiais, pela Universidade Luterana do Brasil -ULBRA, cursando Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado) em Ambiente e Desenvolvimento na Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES. Atualmente é Professor da Universidade Federal de Rondônia - UNIR.

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Publicado

2017-09-14

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