A relação entre a geração de resíduos sólidos domiciliares e os estratos socioeconômicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.004.0030

Palavras-chave:

Resíduos Sólidos Domiciliares, Análise Gravimétrica, Estrato socioeconômico

Resumo

Este estudo se propõe a analisar a composição e a quantidade de resíduos sólidos domiciliares gerados em Juazeiro do Norte, Ceará, no nordeste brasileiro, relacionando-se a geração de resíduos com o estrato socioeconômico do bairro gerador. Para tanto, foram realizadas 727 coletas de resíduos domiciliares, gerados em seis bairros e em três períodos distintos no ano de 2016. Foram coletados 1.271,08 kg de resíduos. Houve uma predominância de resíduos orgânicos, atingindo uma média percentual de 58,51%, seguida de materiais com potencial reciclável (com média de 17,02%). A respeito dos materiais recicláveis, a maior geração foi identificada no bairro de estrato socioeconômico A2, em função do padrão de consumo de alimentos mais processados, indicando maior geração de resíduos de embalagens. A geração per capita diária de resíduos (kg/habitante/dia) resultou em uma média de 0,47 kg/hab/dia. Observou-se que a geração per capita de resíduos sólidos domiciliares apresentou uma relação positiva de acordo com o nível de renda do bairro gerador, porém diminuiu quando atingiu o nível mais elevado de rendimentos, guardando semelhança empírica com a hipótese da Curva Ambiental de Kuznets. Salienta-se que a estratificação em perfis socioeconômicos é importante para investigar os padrões de geração de resíduos domésticos nos centros urbanos e contribui com informações mais assertivas para o gerenciamento dos resíduos sólidos.

 

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Biografia do Autor

Anny Kariny Feitosa, Instituto Federal do Ceará

Doutoranda em Ambiente e Desenvolvimento pela UNIVATES. Mestre em Economia pela UFCE. Docente no Instituto Federal do Ceará - IFCE.

Júlia Elisabete Barden, Universidade do Vale do Taquari

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade de Santa Cruz do Sul (1995), mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999) e doutorado em Economia com ênfase em Economia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009). Atualmente é professora e pesquisadora da Universidade do Vale do Taquari - Univates onde ocupa as seguintes funções: docente do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento - PPGAD e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - PPGBiotec e exerce a função de Pró-Reitora de Desenvolvimento Institucional - PRODESI. Atua como avaliadora do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) para cursos de graduação. Revisora de periódicos da área das ciências sociais aplicadas. Atua principalmente nos temas relacionados ao desenvolvimento, com ênfase no desenvolvimento humano e no desenvolvimento local; e indicadores de sustentabilidade. 

Odorico Konrad, Universidade do Vale do Taquari

Possui doutorado em Engenharia Ambiental e Sanitária - Montanuniversitat Leoben Austria (2002), graduação em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992). Atualmente é professor/pesquisador da UNIVATES. Tem experiência na área de Engenharia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: biogás, biorreatores, energias renováveis, resíduos sólidos, meio ambiente, saneamento.

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Publicado

2018-05-23

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