Resíduos sólidos orgânicos domésticos como substrato potencial para produção de biogás

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0022

Palavras-chave:

RSOD, Digestão Anaeróbia, Energia Renovável, Metano

Resumo

O processo de digestão anaeróbia é uma alternativa de tratamento de materiais orgânicos e produção de energia renovável. A qualidade do biogás é dependente do tipo de substrato inoculado em reatores anaeróbios. Resíduos sólidos orgânicos domésticos apresentam quantidade de matéria orgânica volátil satisfatória para a produção de biogás. Foram identificados junto às empresas de coleta, os roteiros dos caminhões que fazem a coleta de lixo em Maceió. Selecionados os bairros e os caminhões que fazem o roteiro e a coleta de resíduos destes bairros, foi dado início ao levantamento de dados de gravimetria no aterro sanitário.  Identificar o potencial de produção de biogás deste resíduo é necessário para buscar outra logística de destinação e reduzir a disposição em aterro sanitário. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial bioquímico de biogás (PBB) e metano (PBM) dos resíduos sólidos orgânicos de origem doméstica (resíduos novos-RN), proveniente do aterro sanitário de Maceió, Alagoas. O ensaio de digestão anaeróbia foi realizado no Sistema Automatizado de Medição de Biogás (SAMB) no Centro de Pesquisa em Energia e Tecnologias Sustentáveis – CPETS/TECNOVATES - Univates/RS. O teste de PBB e PBM foi realizado pelo método padrão de fermentação, descrito na normativa alemã VDI 4630. Foram inoculadas uma triplicata de inóculo como branco (IN), uma triplicata com celulose microcristalina como amostra padrão (CM) e a triplicata com o resíduo sólido orgânico doméstico como substrato (RSOD). A qualidade do biogás foi avaliada por sensor específico de medição de metano e por cromatografia gasosa. O resultado do ensaio de digestão anaeróbia mostra que o RSOD apresenta PBB de 817,70 ± 13,43 m³. tonSV-1 com alto teor de metano (percentual máximo de metano de 75,15 %). Além disso, o período incubação do substrato foi de 17 dias, isso mostra a facilidade dos microrganismos assimilarem este substrato. Considerando os resultados obtidos, destaca-se que o RSOD apresenta potencial energético para uso como substrato em biodigestores anaeróbios.

 

 

 

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Biografia do Autor

Claudionor de Oliveira Silva, Universidade do Vale do Taquari

Doutorando do Curso de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES/RS, Mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL, Especialização em Recursos Hídricos-UFSC/UFAL, graduação em geografia e Gestão Ambiental. É pesquisador dos Grupos de Pesquisas em Geografia - GRUPEGE - Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL e Biogás: Estudos de diferentes Substratos - Universidade do Vale do Taquari-UNIVATES. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Tratamento de Resíduos Sólidos, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestão de resíduos Sólidos, Biogás, lixão, aterro sanitário, consórcio intermunicipal, geografia e meio ambiente, impactos ambientais, recuperação de lixões, cemitérios e necrochorume. 

Odorico Konrad, Universidade do Vale do Taquari

Professor no Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) e coordenador do Centro de Pesquisa em Energias e Tecnologias Sustentáveis (CPETS/TECNOVATES) - Universidade do Vale do Taquari - Univates.

Nélia Henriques Callado, Universidade Federal de Alagoas

Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Alagoas (Engenharias e Mestrado) lecionando as disciplinas de Controle Ambiental, Tratameno de água de abastecimento, e Qualidade da água. É pesquisadora do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Alagoas (CTEC/UFAL), desenvolve, ha mais de 15 anos, projetos em rede com outras Universidades Federais. 

Munique Marder, Universidade do Vale do Taquari

Mestranda no Programa de Pós-Graduação Mestrado em Biotecnologia e analista no Centro de Pesquisa em Energias e Tecnologias Sustentáveis (CPETS/TECNOVATES) - Universidade do Vale do Taquari – Univates.

Liz Geise Santos de Araujo, Universidade Federal de Pernambuco

Mestranda em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente é Assessora Técnica da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (SLUM), atuando principalmente na área de gestão de resíduos sólidos. Possui graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL - 2015), tendo participação em projetos nas áreas de Saneamento e Recursos Hídricos. 

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Publicado

2020-02-27

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