Produção de biogás obtida por dejetos suínos com suplementação de glicerol e óleo vegetal residual

Autores

  • Regina Céli Kreusch Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Camila Hasan Universidade do Vale do Taquari http://orcid.org/0000-0002-0101-4039
  • Fernanda Mallmann Universidade do Vale do Taquari
  • Gabriel Meneghetti Faé Gomes Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Munique Marder Universidade do Vale do Taquari
  • Odorico Konrad Universidade do Vale do Taquari http://orcid.org/0000-0002-6968-7969

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.003.0020

Palavras-chave:

Energia Renovável, Digestão Anaeróbia, Metano

Resumo

A codigestão anaeróbia de resíduos, com foco na produção de biogás para fins de aproveitamento energético é uma forma de promover o uso de uma fonte renovável e acessível de energia. O biogás obtido a partir da degradação de dejetos suínos, juntamente com resíduos da produção de biodiesel (glicerol) e óleo vegetal residual mostra-se como opção para gerar energia limpa e diversificar a matriz energética. Neste trabalho avaliou-se, em escala laboratorial, a geração de biogás obtida por dejetos suínos suplementados com glicerol e óleo residual, visando o incremento nos volumes de biogás produzidos. No experimento foram utilizados 18 reatores, dos quais nove foram submetidos a temperatura de 37°C (mesofílica) e nove foram postos em condições termofílicas (55°C), durante 32 dias de avaliação. Os reatores, em ambas as condições de temperatura, foram divididos em três triplicatas: controle (apenas dejetos suínos), dejeto suíno suplementado com glicerol (3%) e dejeto suíno suplementado com óleo vegetal (3%). Em condições mesofílicas, os resultados apresentaram rendimentos satisfatórios em termos de geração de biogás com relevante teor de metano. As adições de glicerol e óleo vegetal refletiram no incremento da quantidade de biogás produzida quando comparadas com a triplicata controle, sendo que os volumes finais de biogás produzidos pelas amostras controle, glicerol e óleo residual foram de 13.485 mL (com 69,3% CH4), 26.356 mL (com 66,9% CH4) e 35.194 mL e (com 69,0% CH4), respectivamente. Os reatores submetidos a condições termofílicas apresentaram valores reduzidos de biogás e metano, indicando uma possível inibição dos microrganismos.

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Biografia do Autor

Regina Céli Kreusch, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Engenheira Química - Unisinos 2017/1. Atuando como Analista de Qualidade na Empresa Herocsul Alimentos Ltda. Cursando inglês e espanhol na escola de idiomas CCAA. Tem interesse em atuação na área de Engenharia Química. Experiências anteriores: Analista Administrativo e Assistente de Qualidade e Meio Ambiente - Empresa Artecola Química S/A e Estágio na Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) no setor de Novos Negócios e Setor de Planejamento.

Camila Hasan, Universidade do Vale do Taquari

Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD/UNIVATES), na linha de pesquisa em Tecnologia e Ambiente. Graduada em Engenharia Ambiental pela UNIVATES. Desenvolve pesquisas no Laboratório de Biorreatores - Tecnovates, na área de Energias Renováveis, com foco na geração de biogás para aproveitamento energético, produzido através do processo de biodigestão anaeróbia de biomassas de diferentes origens, com potencial de uso em biodigestão. Atuou com gestão e educação ambiental, extensão rural e educação infantil. 

Gabriel Meneghetti Faé Gomes, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Possui graduação em Engenharia Química pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2003), Especialização em Processos Contaminantes e Defesa do Meio Ambiente pela Universidade Politécnica de Madri, Mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006) e Doutorado em Engenharia de Minas, Metalurgia e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2013). Atualmente é professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e atua fora da universidade nas áreas de combustão, resíduos sólidos, reciclagem de matais não ferrosos e uso de carvão mineral e biomassa em processo térmicos. Tem atuação na área de otimização de processos industriais a partir do estudo dos resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas geradas e experiência na combustão de carvão mineral em leito fluidizado, aproveitamento térmico de resíduos sólidos também em leito fluidizado, controle de emissões atmosférica, pirólise de biomassa e reaproveitamento de resíduos sólidos industriais. 

Munique Marder, Universidade do Vale do Taquari

Mestranda no Programa de Pós Graduação em Biotecnologia na Universidade do Vale do Taquari (Univates), possui graduação em Engenharia Ambiental pela Univates (2016). Atualmente é Assistente de laboratório no Laboratório de Biorreatores do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari - Tecnovates. Tem experiência na área de engenharia sanitária, com ênfase em resíduos sólidos, domésticos e industriais, atuando principalmente nos seguintes temas: energia renovável, digestão anaeróbia, biogás, metano, sistemas fotovoltaicos e biomassas residuais.

Odorico Konrad, Universidade do Vale do Taquari

Possui doutorado em Engenharia Ambiental e Sanitária - Montanuniversitat Leoben Austria (2002), graduação em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992). Atualmente é professor/pesquisador da UNIVATES. Tem experiência na área de Engenharia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: biogás, biorreatores, energias renováveis, resíduos sólidos, meio ambiente, saneamento.

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Publicado

2018-05-23

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