Contexto epidemiológico da leptospirose em Pernambuco: análise de uma década

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2022.003.0039

Palabras clave:

Saúde pública, Leptospirose, Epidemiologia, Doenças Negligenciadas

Resumen

A leptospirose é uma infecção bacteriana, reconhecida como a zoonose mais difundida do mundo. É dito que a incidência dessa enfermidade é subestimada e está aumentando. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) tradicional. Essa doença apresenta-se clinicamente com febre e de maneira aguda, além de ser adquirida, normalmente, após contato com animais infectados ou com a urina contaminada. Em humanos, a leptospirose apresenta uma alta mortalidade e pode causar uma variedade muito grande de sintomas com danos em muitos sistemas corporais. O Brasil apresentou mais de 3,4 mil casos dessa doença em 2019, desse valor, 576 foram na região nordeste. Pernambuco (PE) está entre os cinco estados com maior número de casos (6,5% do valor nacional). A análise do registro de casos confirmados da leptospirose em PE nos últimos 10 anos, mostra que houve uma redução (18%) do número de notificações. Assim, devido a importância dessa doença e das notificações de infecção é importante que análises sejam feitas. Este trabalho objetiva analisar os dados disponíveis acerca das notificações de leptospirose no estado de PE nos últimos dez anos disponíveis (2010 - 2019). Trata-se de uma pesquisa exploratória, quantitativa e de caráter descritivo, feita a partir da extração de informações acerca dos diagnósticos de leptospirose, disponíveis no site do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Analisando-se as variáveis, é evidente que a população mais afetada são as pessoas entre 20-39 anos (40,04%), com escolaridade de 5° a 8° série incompleta (13,4%) e raça ou cor pardo (56,4%). Já, com relação à doença, a evolução clínica é, predominantemente, a cura (83,1%) e acontece prioritariamente em Recife (68%). O número de notificações da infecção decresceu em PE no período analisado, o que pode estar relacionado a um controle da doença e dos meios de transmissão ou a uma possível subnotificação e marginalização da enfermidade.

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Biografía del autor/a

Luiz Fillype Gomes Ferreira, Universidade de Pernambuco

Acadêmico do 10º período de Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM-UPE). Monitor da disciplina de Processos Patológicos Gerais (PPG) do Instituto de Ciências Biológicas da UPE, entre os anos de 2017 e 2018. Membro da Liga de Oncologia de Pernambuco (LOPE), entre os anos 2017 e 2018.

Marcos Lorran Paranhos Leão, Universidade de Pernambuco

Discente de Medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Santo Amaro - Recife. Participa do "Grupo de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Saúde Coletiva (GEPISC)" e do "Grupo de estudos de Saúde materno-infantil: um olhar multidisciplinar". Apresenta linhas de pesquisa em Saúde Coletiva, Economia da Saúde, Planejamento e Gestão dos Serviços e Sistema de Saúde, Aspectos Morfofuncionais das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e Preconceito. 

Manuela de Fátima Araújo Cunha, Universidade de Pernambuco

Acadêmica de Medicina na Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco/UPE. Monitora da disciplina de embriologia desde 2017.2 pelo instituto de Ciências Biológicas (ICB). Participa da extensão: Exposição de Embriologia Humana para o Ensino Médio. 

Pedro Henrique de Oliveira Branco, Universidade de Pernambuco

Discente de Medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Santo Amaro - Recife. Atualmente participa do projeto de extensão Prevenção e Qualidade de Vida: Saúde Óssea e Auditiva.

Iago José Cunha Silva, Universidade de Pernambuco

Discente de Medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Santo Amaro - Recife. Participa dos projetos de extensão "Prevenção e Qualidade de Vida: Saúde Óssea e Auditiva" e do "Grupo de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Saúde Coletiva (GEPISC)". Apresenta linhas de pesquisa em Saúde Coletiva e Economia da Saúde. É bolsista PIBIC-CNPQ. Além de ser membro da Liga Acadêmica de Urologia da UPE. 

Michele Aita Chaves, Universidade de Pernambuco

Possui ensino médio (segundo-grau) completo pelo Colégio Estadual Pio Lantéri (2014). No ano corrente (2019), cursa medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) unidade Recife - Santo Amaro. Possui experiência em estágio na Estratégia de Saúde da Família (Medicina de Família e Comunidade); além de já ter sido monitora do curso de Libras: Ciranda Auditiva (2019) e, atualmente, é monitora da disciplina de Histologia pelo Instituto de Ciências Biológicas - ICB (UPE) e aluna e bolsista de iniciação científica (PIBIC) atuando no Laboratório de Biotecnologia Aplicada a Doenças Infecto-Parasitárias (UPE).

Livia Sonale da Rocha Pantoja Enes, Universidade de Pernambuco

Graduanda em Medicina na Universidade de Pernambuco. Fez intercâmbio em 2016.2 para o Canadá através do Programa Ganhe o Mundo Esportivo do Governo do Estado de Pernambuco e estudou na Académie Linguistique Internacionale (ALI) em Montreal, por cerca de 2 meses. Atualmente é monitora acadêmica da disciplina de Anatomia Humana Geral da Universidade de Pernambuco. Tem interesse em Medicina de Emergência e do Trauma. 

João Pedro Cavalcante Gomes Paranhos, Universidade de Pernambuco

Graduando em Medicina pela Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Santo Amaro - Recife. É integrante da Liga Acadêmica de Mastologia da Universidade de Pernambuco (LAMUPE), além de já ter sido monitor da disciplina de Histologia pelo Instituto de Ciências Biológicas - ICB (UPE) e monitor do curso de Libras: Ciranda Auditiva (2019). Atualmente é bolsista no programa de iniciação científica PFA-UPE. 

Lorena Alves da Mata Ribeiro, Universidade de Pernambuco

Discente do curso de Medicina pela Universidade de Pernambuco. Aluna pesquisadora no Ambulatório de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca do PROCAPE-UPE. Vinculada ao ensaio clínico Coração Bem Cuidado, estudo nacional randomizado multicêntrico voltado para promoção de educação e autocuidado em pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica. Vinculada ao ensaio clínico PARACHUTE: Estudo multicêntrico, prospectivo, randomizado, aberto, com desfecho cego para avaliar a eficácia e segurança do sacubitril/valsartana em comparação com o enalapril sobre morbidade, mortalidade e variação de NT-proBNP em pacientes com cardiomiopatia chagásica crônica. 

Igor Domenici Araujo Lanna, Universidade de Pernambuco

Acadêmico de Medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Santo Amaro - Recife. Atua como voluntário da Comissão de Saúde na ONG Samaritanos, na cidade do Recife. É bolsista FACEPE pela linha de pesquisa sobre População em Situação de Rua (PSR). Atualmente, participa do projeto de extensão GEMMOR: Estudo sobre a morte e o morrer e é coordenador do comitê local da Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA Brazil - UPE).

Marianne Regina Araújo Sabino, Universidade de Pernambuco

Médica formada pela Universidade de Pernambuco, especialista em Medicina de Família e Comunidade pela Faculdade de Ciências Médicas/UPE, com experiência em Atenção Básica e atendimento e acompanhamento de pessoas trans, trabalhando na Superintendência do Complexo Hospitalar da UPE e mestranda do Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde na mesma instituição. Professora auxiliar da Faculdade de Ciências Médicas da UPE desde julho 2014, atuando nos módulos de Atenção Centrada na Pessoa 1 e 2 (7ª e 8ª períodos). Supervisora do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade da FCM/UPE. Coordena, desde junho/2019, a Comissão de Residência Médica (COREME) da FCM/UPE, que agrega 30 Programas de Residência, com cerca de 232 residentes. Com experiência em Educação à Distância, com especialização pela UFCSPA/UNASUS, participação de cursos como tutora (ABEM, HAOC/PROADI/SUS, UFCSPA/UNASUS). 

Publicado

2023-01-04

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