Perfil epidemiológico da sífilis gestacional no estado de Minas Gerais entre 2009 e 2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2021.001.0007

Palavras-chave:

Sífilis gestacional, Progressão, Epidemiologia, Saúde pública, Infecções sexualmente transmissíveis

Resumo

A sífilis é um grave problema de saúde pública que apresentou uma grande progressão de casos em Minas Gerais até o ano de 2018. É principalmente transmitida pelas relações sexuais sem proteção, por isso é considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível. Além disso, apresenta formas de transmissão por transfusões sanguíneas, congênita e por meio da amamentação. A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode atingir as pessoas em todas as idades; contudo, apresenta consequências especialmente perigosas no recém-nascido, pela infecção vertical, como alta morbimortalidade, natimorto, aborto espontâneo, prematuridade, baixo peso ao nascer, sequelas neurológicas e óbito neonatal. Portanto, a Sífilis Gestacional (SG) é um problema que merece constante atualização. Assim, este artigo objetiva analisar os números referentes aos casos confirmados de sífilis em gestantes no território mineiro no período de 2009 ao primeiro semestre de 2019. Trata-se de um estudo quantitativo, feito a partir da extração de informações disponíveis no site do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, acerca dos diagnósticos de SG em Minas Gerais no período de 2009 ao primeiro semestre de 2019. As variáveis analisadas foram o número de diagnósticos da SG por idade gestacional (primeiro, segundo ou terceiro trimestre), faixa etária (10 a 40 anos ou mais), escolaridade (entre analfabeto e superior completo), raça ou cor (branca, preta, amarela, parda ou indígena), classificação clínica (primária, secundária, terciária ou latente) e esquema de tratamento (Penicilina, outro esquema ou não realizado).  Portanto, após a análise dos dados obtidos evidenciou-se que o diagnóstico dessa doença em gestantes foi cerca de 18,9% do valor total de casos no território do estado mineiro no primeiro semestre de 2019. O valor total de casos diagnosticados nessa classe de pacientes foi de 20.348 entre 2009 e 2019, sendo a prevalência no terceiro trimestre de gestação, 39,41%. Além disso, entre os anos de 2009 e 2018 os casos diagnosticados de SG aumentaram 1.485%, sendo o maior valor de 58,3% (2011 para 2012) e o menor 8% (2015 para 2016), além disso, de 2017 para 2018 o aumento foi de 32,2% e no primeiro semestre de 2019 o valor já passava de 38% do número contabilizado no ano anterior (4.851). Os dados mostraram que os casos diagnosticados no início da gravidez têm aumentado e que não se pode relacionar a baixa escolaridade à infecção por SG em Minas.

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Biografia do Autor

Marcos Lorran Paranhos Leão, Universidade de Pernambuco

Discente de Medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Santo Amaro - Recife. Já foi monitor do curso de Libras: Ciranda Auditiva (2018) e, atualmente, é monitor da disciplina de Histologia pelo Instituto de Ciências Biológicas - ICB (UPE). Além disso, participa do projeto de extensão Prevenção e Qualidade de Vida: Saúde Óssea e Auditiva e de um grupo de pesquisas vinculado ao mesmo instituto (ICB-UPE). 

Luiz Fillype Gomes Ferreira, Universidade de Pernambuco

Acadêmico do 10º período de Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM-UPE). Monitor da disciplina de Processos Patológicos Gerais (PPG) do Instituto de Ciências Biológicas da UPE, entre os anos de 2017 e 2018. Membro da Liga de Oncologia de Pernambuco (LOPE), entre os anos 2017 e 2018.

Iasmyn Paranhos de Oliveira, Universidade de Federal de Juiz de Fora

Formação do Ensino Médio: Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais; Atualmente estudante de Odontologia na Universidade Federal de Juiz de Fora, campus Governador Valadares

Louise Moreira Vieira, Universidade de Vassouras

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Colégio Nossa Senhora das Merces(2018). Tem experiência na área de Medicina.

Iago José Cunha Silva, Universidade de Pernambuco

Formou-se no Ensino Médio pela Escola Estadual Narciso de Queirós (E.E.N.Q). Atualmente cursa Medicina na Universidade de Pernambuco

Virgínia Alves de Oliveira, Universidade de Pernambuco

Graduanda de Medicina pela Universidade de Pernambuco - Campus Santo Amaro, Recife. Atualmente, moitora da disciplina de Anatomia pelo Institúto de Ciências Biológicas - ICB. 

Cinoelia Leal de Souza, Centro Universitário Guanambi

Enfermeira graduada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/2011). Especialista em Urgência e Emergência (UNIGRAD/2013). Mestra em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PRODEMA) pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC/2014). Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB/2019). Docente dos cursos de graduação em: Enfermagem, Medicina, Biomedicina, Educação Física e Nutrição no Centro Universitário de Guanambi (UNIFG). Líder do Grupo de Pesquisa: Saúde e Meio Ambiente, vinculado ao CNPq, (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/1118698668238245), Centro Universitário - UNIFG. Membro efetivo do Colegiado de Enfermagem do Centro Universitário UNIFG. Membro efetivo do Núcleo Docente Estruturante (NDE) de Enfermagem do Centro Universitário UNIFG. Disciplinas ministradas: Metodologia da Pesquisa Científica, Vigilância em Saúde, Administração e Gestão em Saúde, Saúde do Adulto em Clínica Médica e Clínica Cirúrgica, Semiologia e Semiotécnica, Saúde Ambiental e Infecção Hospitalar. MyResearcherID https://publons.com/researcher/3827204/cinoelia-lela-de-souza/ Google Scholar https://scholar.google.com.br/citations?user=8T1hapwAAAAJ&hl=pt-BR.

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Publicado

2020-09-21

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