Doença do novo coronavírus e repercussões materno-fetais infecção por sars-cov-2 da gravidez ao puerpério

Resumo

O vírus SARS-CoV-2 acumula mais de 397 milhões de casos e quase 5,8 milhões de mortes em todo o mundo. É um agente transmitido por gotículas de secreções infectadas. Durante a gravidez, uma variedade de circunstâncias pode afetar a saúde materna, o desenvolvimento fetal e a saúde neonatal e o ambiente ao qual a gestante está exposta pode deixar uma marca permanente na fisiologia do bebê. Assim, existe uma necessidade real de atenção especial na relação das gestantes com a infecção pelo SARS-CoV-2. Por isso, se torna importante levantar quais os novos achados relacionando a COVID-19 em todo o período da gestação ao puerpério, passando pelo parto e a amamentação. O objetivo deste trabalho foi analisar a literatura já existente a fim de levantar os conhecimentos da relação da COVID-19 com todo o período que envolve a gestação. Trata-se de um trabalho qualitativo, básico, exploratório e de procedimento bibliográfico integrativo. A busca foi realizada nos repositórios: Pubmed, Bireme, Lilacs e Scielo utilizando os descritores: Infection, COVID-19 e New born, em inglês, português e espanhol, publicados em 2020 e 2021. A literatura (24 artigos) mostrou que há conflito entre vários dados. A gravidez e os períodos neonatais são considerados de alto risco para a infecção por SARS-CoV-2. O mecanismo da infecção neonatal não é claro, existindo casos de transmissão transplacentária, infectados ao nascer, por contato direto e que não se infectaram. Com relação à evolução e prognóstico da doença, quando sintomáticos, os bebês apresentam predominantemente disfunções respiratórias. Não há consenso se o aleitamento materno deve ser feito de modo direto ou indireto e se o bebê deve ser imediatamente separado da mãe positivada. Considera-se que há, muita informação inconclusiva acerca dos assuntos analisados e que muito ainda deve ser feito para se construir uma evidência científica forte sobre o assunto.