Doenças sistêmicas e interdisciplinaridade: a importância do diálogo entre o cirurgião dentista e o médico no tratamento e prognóstico de pessoas com enfermidades sistêmicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2021.002.0014

Palavras-chave:

Odontólogos, Médicos, Assistência Integral à Saúde, Equipe de Assistência ao Paciente, Doenças Periodontais

Resumo

Nas últimas décadas, tem ficado mais evidente a associação entre doenças sistêmicas e alterações orais. Portanto, é imprescindível que haja comunicação constante entre profissionais médicos e odontólogos, visando um atendimento integral e humanizado e, assim, melhor prognóstico e qualidade de vida do paciente. Com isso, o objetivo deste trabalho é elucidar a importância da abordagem interprofissional entre esses profissionais, com enfoque no tratamento de pessoas com histórico de doenças sistêmicas, como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e cardiopatias. Sendo assim, foi realizada uma revisão da literatura, com artigos em português e espanhol, entre os anos de 2016 e 2020. Constatou-se que, na DM, é possível observar associação com alterações na cavidade oral como doença periodontal (DP), alteração do paladar, candidíase oral, xerostomia e halitose. Adicionalmente, constatou-se forte evidência tanto entre a DP e DM quanto com a HAS/cardiopatias apresentando uma interação benéfica a ambas as patologias. Enquanto, por um lado, a hiperglicemia pode predispor o surgimento e agravamento da DP, esta, por outro, possui influência na piora do controle glicêmico. O processo inflamatório sistêmico promovido pela DP mostrou-se associado ao desenvolvimento ou agravamento de doenças cardiovasculares e pacientes que não respondem ao tratamento periodontal, possuem alto risco de doença cardiovascular.

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Biografia do Autor

Iasmyn Paranhos de Oliveira, Universidade de Federal de Juiz de Fora

Formação do Ensino Médio: Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais; Atualmente estudante de Odontologia na Universidade Federal de Juiz de Fora, campus Governador Valadares

Marcos Lorran Paranhos Leão, Universidade de Pernambuco

Discente de Medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Santo Amaro - Recife. Participa dos projetos de extensão "Prevenção e Qualidade de Vida: Saúde Óssea e Auditiva" e "Projeto Urologia na Comunidade (PUC)"; do "Grupo de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Saúde Coletiva (GEPISC)"; do "Grupo de Pesquisa em Sistema Urogenital" e do "Grupo de estudos de Saúde materno-infantil: um olhar multidisciplinar". Apresenta linhas de pesquisa em Saúde Coletiva, Economia da Saúde, Planejamento e Gestão dos Serviços e Sistema de Saúde, Alterações Anatômicas da Genitália Externa Masculina e Aspectos Morfofuncionais das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Além de ser membro da Liga Acadêmica de Urologia da UPE. 

Carlos Eduardo Pinto de Alcântara, Universidade de Federal de Juiz de Fora

Professor Adjunto do Departamento de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares. Possui graduação (2009) e mestrado (2012) em Odontologia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM (Diamantina - MG) e Doutorado em Estomatologia na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Atua principalmente nos seguintes temas: cicatrização alveolar, terapêutica medicamentosa em odontologia, anestesiologia e cirurgia bucal. 

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Publicado

2021-03-08

Edição

Seção

Patologia Clinica e Laboratorial

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