Situação atual da tuberculose no estado de Pernambuco, Brasil: perfil epidemiológico dos afetados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2021.001.0006

Palavras-chave:

Tuberculose, Epidemiologia, Saúde Pública, Doenças Transmissíveis, Infectologia

Resumo

A tuberculose é uma doença infecciosa transmitida pelo ar causada por organismos do complexo Mycobacterium tuberculosis. Embora primariamente um patógeno pulmonar, esse agente infeccioso pode causar doenças em quase todas as partes do corpo, alterando a morfologia e função de tecidos e órgãos hospedeiros. Essa doença é a principal causa de morte por uma infecção em adultos no mundo. O Brasil apresentou mais de 91 mil casos de tuberculose em 2019, desses, cerca de 24,8 mil foram diagnosticados na região Nordeste e, desse valor, 24,8% correspondem ao estado de Pernambuco. Assim, devido ao caráter plural da infecção pelo Mycobacterium e ao elevado número de casos relatados em Pernambuco, no ano de 2019, é importante que o perfil epidemiológico da tuberculose, nesse estado, seja traçado. Assim, este visa analisar os últimos dados públicos dos casos diagnosticados de tuberculose e traçar um perfil epidemiológico da doença no estado de Pernambuco, Brasil. Trata-se de uma pesquisa quantitativa e descritiva, feita a partir da retirada de informações do site oficial do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN, acerca dos diagnósticos de tuberculose (TB) em Pernambuco (PE), Brasil. Após a análise dos dados, se evidenciou que o sexo masculino é prevalente, com 70,3% das notificações. Levando em conta a faixa etária, a TB é prevalente de 20 a 29 anos (25,4%) e menor de 1 a 5 anos (0,7%). Com relação à escolaridade, a enfermidade aparece mais em pessoas de 5° a 8° série incompleta (14,1%) e menor naquelas que têm ensino superior incompleto (1,2%). Já, com relação à raça, prevalece mais em pardos (59%) e menos em indígenas (0,4%). Levantando o tipo de entrada, prevaleceu o de número de casos novos (74,9%). Quando não se apresenta no pulmão, a doença é, prioritariamente, ganglionar periférica (5,4%). A TB apresenta diagnóstico laboratorial em 55,1%. A baciloscopia de segundo e sexto mês são negativas em 20,5% e 12,1% dos casos, respectivamente. O índice de coinfecção com o Vírus da Imunodeficiência Humana é de 11,1%. Por fim, a situação de encerramento é, majoritariamente, a cura (34,9%). É necessário destacar que este estudo se limitou a analisar os dados disponíveis no site do SINAN, e, algumas dessas informações apresentaram grande número de dados ignorados/brancos, não aplicados ou não realizados podendo causar um déficit nas análises. 

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Biografia do Autor

Marcos Lorran Paranhos Leão, Universidade de Pernambuco

Discente de Medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Santo Amaro - Recife. Já foi monitor do curso de Libras: Ciranda Auditiva (2018) e, atualmente, é monitor da disciplina de Histologia pelo Instituto de Ciências Biológicas - ICB (UPE). Além disso, participa do projeto de extensão Prevenção e Qualidade de Vida: Saúde Óssea e Auditiva e de um grupo de pesquisas vinculado ao mesmo instituto (ICB-UPE). 

Lucas Delboni Soares, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Bruno Sutani Barros Cardoso, Universidade de Pernambuco

Cursa graduação em medicina na Universidade de Pernambuco. Nesta, pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM), desempenha a função de monitor na disciplina de Atenção Primária à Saúde II. Desde o ano de 2020, integra a Liga Acadêmica de Geriatria da Universidade de Pernambuco (LAGEUPE), ocupando, na atual gestão, o cargo de vice-presidente. No que tange a atuação em projetos de extensão universitária, no presente momento, pela Universidade de Pernambuco, participa do "Música nas Enfermarias", "Teleidoso" e "Exposição de Histologia"; e, nos anos de 2016 e 2017, na Universidade Federal Fluminense, foi professor de química geral, físico-química e química orgânica no projeto denominado "Pré-Universitário Social" (PUSo UFF/VR). 

Amanda Carla Corrêa Viana, Universidade de Pernambuco

Acadêmica do 4º período do Bacharelado em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM/UPE). Atuou no ano de 2019 como extensionista dos projetos Música nas Enfermarias, Memória Viva e (Re)Inventando Sons. Atualmente é monitora de Histologia pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco (ICB/UPE), integrante da Liga Acadêmica de Mastologia da Universidade de Pernambuco (LAMUPE) e do projeto Oficina da Mama. Também é bolsista de Iniciação Científica pela Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) período 2020-2021, atuando com enfoque nos temas: Avaliação Nutricional e Obesidade Sarcopênica na população idosa. 

Luan Nilton da Silva, Universidade de Pernambuco

Acadêmico de Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (UPE). Atua como monitor da disciplina de Histologia (ICB/UPE) e como pesquisador no projeto Avaliação epidemiológica, clínica e laboratorial da Esporotricose no Hospital Universitário Oswaldo Cruz aprovado no Programa de Iniciação Científica (FCM/UPE) 2019-2020. Participante dos projetos de extensão A Morte Como Companheira no Cotidiano de Estudantes da Área da Sáude (FCM/UPE), Exposição Anatômica (ICB/UPE) e da Liga Acadêmica de Dermatologia da Universidade de Pernambuco (FCM/UPE). Possui interesse nas áreas de Dermatologia, Micologia e Patologia.

Túlio Máximo Salomé, Universidade Federal da Grande Dourados

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais - Ipatinga(2019). Tem experiência na área de Medicina.

Vitória Maria Santos Silva, Universidade Federal da Grande Dourados

Possui ensino-medio-segundo-graupelo COLEGIO ESTADUAL DA POLICIA MILITAR HUGO DE CARVALHO RAMOS(2018).

Marília Maria Alves Gomes, Universidade Federal da Grande Dourados

Estudante de Medicina da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados),19 anos .

Lucas Goulart Magalhães, Universidade de Pernambuco

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Colégio da Polícia Militar do Estado de Goiás(2015). Tem experiência na área de Medicina.

Joyce Carneiro Albuquerque, Centro Universitário Christus

Possui graduação em BACHARELADO EM FARMÁCIA pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA (2019). Atualmente é Farmacêutica bioquímica no Hospital da UNIMED em Sobral, foi responsável técnica em síntese de hormônios, urocultura, citologia e realização de testes laboratoriais no Laboratório Clínico de Sobral. Além do acompanhamento das fases pré-analítica, analítica e pós-analítica em virtude da prevenção de erros, acreditação, segurança ao paciente e aperfeiçoamento profissional.

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Publicado

2020-09-21

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