Incidência de animais sinantrópicos nocivos em associação de catadores de materiais recicláveis
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0018Palabras clave:
Catadores de materiais recicláveis, Infecções, Peçonha, SinantrópicosResumen
O ofício dos catadores de materiais recicláveis é descrito como insalubre, e permeada por uma ampla variedade de agravos entre estes o contato com agentes biológicos vetores de doenças a portadores de peçonha. Posto isto, a corrente pesquisa almeja analisar a relação da fauna sinantrópica nociva como ameaça à saúde dos trabalhadores da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Comunidade Nossa Senhora Aparecida (ARENSA). Para esta finalidade o estudo decorreu em três etapas de desenvolvimento, que abrangem: a aplicação de questionários sócio-demográficos, seguido de coletas de espécimes sinantrópicas in situ entre agosto de 2019 a fevereiro de 2020, e por fim, a identificação dos espécimes com auxílio de chaves taxonômicas. O público entrevistado caracterizou-se como uma população vulnerável, compelida ao ofício de catadores de materiais recicláveis como alternativa de subsistência, além disso, segundo os relatos, pode-se constatar que ocorre uma alta exposição dessa aos mais variados agravos de cunho biológico, como os relatos de envenenamento por escorpionismo em acidentes em 21% (3) dos colaboradores. A incidência sinantrópica comprovada por meio de coleta se concentrou em 7 (sete) famílias: Salticidae, Uloboridae, Pholcidae, Theridiidae, Muscidae, Calliphoridae e Blatidae. Destacando-se as famílias Muscidae, Calliphoridae e Blattidae, responsáveis pela disseminação de uma ampla gama de patógenos relacionados a adoecimentos relatados no cotidiano dos colaboradores. Como fatores que influenciam este cenário, ressalta-se a ausência de dedetizações e medidas de controle da fauna sinantrópica ao longo da história da ARENSA, potencializados pela falta de seleção dos resíduos sólidos por parte da fonte geradora. Essas são competências compartilhadas com o a fonte geradora e o Estado através do SUS e da vigilância sanitária.
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