Análise ambiental de empreendimentos dos catadores de materiais recicláveis em rede, Campina Grande, Paraíba, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.005.0044

Palavras-chave:

Meio ambiente, Resíduos sólidos, Reciclagem

Resumo

Os catadores de materiais recicláveis promovem o retorno da matéria prima ao setor produtivo, buscando na coleta seletiva um modo de aquisição de trabalho e renda, ao passo que contribuem para gestão ambiental, impedindo que os materiais recicláveis sejam descartados erroneamente ou aterrados. O objetivo deste trabalho foi analisar sob a ótica ambiental os benefícios da coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos realizada pelos empreendimentos de catadores de materiais recicláveis. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que envolveu cinco empreendimentos de catadores de materiais recicláveis que atuam na cidade de Campina Grande (100%), estado da Paraíba. A pesquisa ocorreu de 2018 a 2019. Durante o estudo, constatou-se a média mensal de recuperação de 51 toneladas de papel e papelão, 11,2 toneladas de plástico, 3,8 toneladas de metal, 0,17 toneladas de vidro e 0,61 toneladas de outros materiais, perfazendo a média mensal de aproximadamente 67 toneladas de materiais recicláveis destinada ao mercado da reciclagem. Consequentemente, aponta-se a mitigação de diversos impactos negativos sobre a saúde ambiental e humana, como a redução de impactos oriundos da extração, do transporte e beneficiamento da matéria prima e do uso de combustíveis fósseis empregados como matéria prima na indústria. Foram poupados os recursos naturais água, energia, dentre outros. O trabalho que os catadores de materiais recicláveis estão desenvolvendo na gestão de resíduos sólidos urbanos, evita sobremodo, a poluição e a contaminação nos sistemas terrestres, aquáticos, atmosféricos, industriais e urbanos, além de gerar emprego e renda.

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Biografia do Autor

Bárbara Daniele Santos, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (2014), mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade Estadual da Paraíba (2016) e Doutorado em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande (2020). Área de atuação: Ciências Ambientais, Tecnologia Social, Ciência e Tecnologia Ambiental, Gestão de Recursos Naturais. Experiências docentes nas temáticas: ciência e tecnologia, educação ambiental, epidemiologia ambiental, metodologia da pesquisa científica, ciências biológicas.

Rosires Catão Curi, Universidade Federal da Paraíba

Graduação em Engenharia Civil Pela UFPB-Universidade Federal da Paraíba ( C. Grande) (1981), Mestrado em Engenharia Civil [C. Grande] pela UFPB (1986), Especialização em Irrigação e drenagem (1986)(UFPB) e Doutorado em Systems Design Engineering - University of Waterloo (1993), Canadá. Professora Titular da Universidade Federal de Campina Grande, Consultora ad hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico por vários anos. Consultora ad hoc das: Revista Gepros - Gestão da produção e sistemas, AGRIAMBI-Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental e RBRH-Revista Brasileira de Recursos Hídricos. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Modelos Multicriteriais e Multidecisores, Planejamento Integrado dos Recursos Hídricos, atuando principalmente nos seguintes temas: otimização, modelos de otimização e de simulação de sistemas hídricos, operação de reservatórios e de áreas irrigadas. Têm atuado também nas áreas de: Educação na engenharia, Agricultura familiar agroecológica e Responsabilidade social de empresas. Foi Coordenadora e Vice Coordenadora do programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UFCG e editora assistente da Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Atuou no programa de pós-graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UAEC/UFCG. Atua no programa de pós-graduação em Engenharia de Recursos Naturais do CTRN/UFCG.

Monica Maria Pereira da Silva, Universidade Estadual da Paraíba

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (1990); Especialização em Educação Ambiental; Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba (2000) e Doutorado em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande (2008). Professora aposentada da UEPB em 13 de dezembro de 2018. Colaboradora nos Programas de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (UEPB) e Recursos Naturais (UFCG). Sócia da ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) desde 2000. Membro da Câmara Técnica de Resíduos Sólidos da ABES. Desenvolve apoio técnico voluntário à ARENSA (Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Comunidade Nossa Senhora Aparecida). Tem experiência nas áreas de Engenharia Sanitária e Ambiental, Saneamento Ambiental, Ciências Ambientais, Gestão Ambiental, Ecologia e Educação Ambiental. Atua primordialmente nos seguintes temas: formação continuada em Gestão e Educação Ambiental, percepção ambiental, Educação Ambiental, gestão de resíduos sólidos, tecnologias sociais, tratamento aeróbio de resíduos sólidos orgânicos e de lodo de esgotos e formação e mobilização de líderes comunitários e catadores de materiais recicláveis. Militante Ambiental desde 1992, compôs a equipe coordenadora da I, II e III Conferências Estadual de Meio Ambiente Estadual e da I, II, III e IV Conferência Municipal de Meio Ambiente de Campina Grande. Representou a Paraíba na condição de delegada na I Conferência Nacional de Educação Ambiental (1997), nas I e II Conferências Nacionais de Meio Ambiente (2003 e 2005), no II Encontro Nacional de Povos da Floresta (2007), no I Seminário Nacional de Combate à Desertificação (2008). Participou da elaboração de políticas públicas nacionais, estaduais e municipais voltadas à Educação Ambiental e à Gestão de Resíduos Sólidos. Militante nas causas ambientais e de justiça social e ambiental. Acredita na força da Educação Ambiental e da mobilização dos diferentes segmentos da sociedade. Compreende que não há mudança sem participação.

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Publicado

2020-06-05

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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