Indicadores como instrumentos de avaliação de sistemas urbanos sustentáveis no mundo e no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.005.0028

Palavras-chave:

Meio ambiente, Indicadores, Sistemas urbanos, Sustentabilidade, Gestão Ambiental

Resumo

A sustentabilidade dos sistemas urbanos é uma grande preocupação dos gestores em todo o mundo. Especialmente, as cidades em desenvolvimento devem aprimorar as suas práticas de gestão para estabelecer sistemas urbanos sustentáveis.  Para que este tipo de sistema caminhe em direção ao desenvolvimento sustentável é imprescindível definir princípios,  estudar e avaliar a sustentabilidade nos critérios social, econômico e ambiental. Para mensurar a sustentabilidade é necessário utilizar métodos e instrumentos, como indicadores. Estes constituem parâmetros que fornecem informações sobre o estado do ambiente, gerando um valor quantitativo. Neste ínterim, o objetivo da pesquisa foi identificar os princípios, critérios, métodos de avaliação e indicadores de sustentabilidade urbana desenvolvidos e aplicados no mundo e no Brasil para auxiliar aos pesquisadores que trabalham com a gestão de sistemas urbanos. O levantamento documental foi realizado de novembro de 2020 a março de 2021 em periódicos científicos, com publicações entre 2016 a 2020. Foram listados e analisados 187 artigos. Nesse processo, foi imperativo ponderar alguns critérios de exclusão: não utilização de indicadores, foco desviado de sistema urbano e revisão bibliográfica. Ao final, um total de 49 artigos foi considerado para análise qualitativa e quantitativa. De acordo com os dados coletados, verificou-se que a integração do critério social foi o mais comum (33 artigos no total – 82,5%), seguida do critério ambiental (29 artigos no total – 72,5%) e econômico (27 artigos no total – 67,5%). Um total de 17 artigos utilizaram os critérios:  social, econômico e ambiental. Constatou-se que não há consenso sobre esses critérios, porém, identificou-se a interdependência entre eles. A sustentabilidade não é atingida, tratando-se e aplicando-se as dimensões isoladamente. Percebeu-se também que para avaliar a sustentabilidade urbana, a maioria dos artigos utilizou índices (38,8%) e outros métodos, tais como:  Avaliação do Ciclo de Vida, Análise de fluxo de materiais, Análise multicritério e Avaliação baseada em escalas. Portanto, o conjunto de princípios e indicadores de sustentabilidade urbana listado, permite apoiar futuras pesquisas, às comunidades e aos gestores urbanos para diagnosticar problemas e identificar pressões que fornecem informações úteis à intervenção social, econômica e ambiental, e, assim, alcançar a tão almejadas cidades sustentáveis.

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Biografia do Autor

Giselaine Maria Gomes de Medeiros, Instituto Federal de Pernambuco

Graduada em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e mestra em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Federal de Campina Grande (2007). Possui experiência na área de Engenharia Sanitária e Ambiental, com ênfase em Sistemas de Tratamento de Água e Esgoto e Reúso de Águas Residuárias. Professora do Departamento de Infraestrutura e Construção Civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), lecionando as disciplinas Abastecimento de Água, Drenagem Urbana e Fenômenos de Transporte. Atualmente desenvolve pesquisa na área de Recursos Hídricos com ênfase em Gestão de Águas Pluviais Urbanas. 

Ruth Silveira do Nascimento, Universidade Estadual da Paraíba

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (1993), graduação em Licenciatura Plena Em Matemática pela Universidade Estadual da Paraíba (1990), mestrado em Engenharia Civil [C. Grande] pela Universidade Federal da Paraíba (1996) e doutorado em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande (2016). Atualmente é coordenadora de programas e projetos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba e doutor a da Universidade Estadual da Paraíba. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Saneamento, atuando principalmente nos seguintes temas: análise de risco, gestão ambiental, qualidade da água, saneamento ambiental e abastecimento de água.

Mônica Maria Pereira da Silva, Universidade Estadual da Paraíba

Doutora em Recursos Naturais pela UFCG. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo PRODEMA/UFPB. Especialista em Educação Ambiental pela UEPB. Licenciada em Ciências Biológicas pela UEPB. Membro associada da ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental). Fundadora do GGEA/UEPB (Grupo de Extensão e de Pesquisa em Gestão e Educação Ambiental). Trabalhou na educação básica de escolas públicas (concursada) e privadas durante seis anos. Trabalhou na UEPB por 26 anos (concursada), nos níveis de graduação e pós-graduação. Foi colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da UFCG e no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da UFPB. Atualmente, aposentada, é professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da UEPB. Desenvolve pesquisas e orienta dissertações nas áreas de Gestão e Educação Ambiental, Saneamento, Avaliação de Impactos, Tecnologias Sociais e Formação e Mobilização Social. Concede apoio técnico voluntário à ARENSA (Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Comunidade Nossa Senhora de Aparecida), associação resultante de seus trabalhos de extensão. Publicou 215 artigos científicos em eventos nacionais e internacionais. Publicou 52 artigos científicos em revistas científicas na área de Gestão Ambiental, Ciências Ambientais, Engenharia Sanitária e Educação Ambiental. Publicou 24 capítulos de livros e quatro livros completos. É autora do Livro Manual de Educação Ambiental; uma contribuição à formação de Agentes Multiplicadores em Educação Ambiental. Tem 262 orientações concluídas, nas modalidades iniciação científica, conclusão de curso de graduação e de especialização, dissertação de mestrado e tese de doutorado. Participou de coordenação de conferências municipais e estaduais de meio ambiente na Paraíba (2003, 2005, 2008 e 2013) e da elaboração de políticas públicas voltadas ao meio ambiente nos âmbitos municipal, estadual e federal. Compôs a equipe de delegados e delegadas eleitas nas conferências estaduais para representar a Paraíba na Conferência de Educação Ambiental (1997), nas 1ª e 2ª Conferências Nacionais de Meio Ambiente (2003 e 2005). Ministrou mais de 100 cursos de agentes multiplicadores em Educação Ambiental envolvendo mais de 6.000 pessoas em diferentes áreas do conhecimento. Continua na militância em favor da justiça ambiental e social

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Publicado

2021-03-28

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