Avaliação de emissões de biogás e geração de energia em aterro sanitário no semiárido brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.003.0016

Palavras-chave:

Resíduos Sólidos Urbanos, Metano, Aproveitamento Energético

Resumo

O biogás gerado pela decomposição anaeróbia da fração orgânica dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), em aterros sanitários, configura-se como uma fonte alternativa de energia que pode ser utilizada na operação desses empreendimentos ou para outras finalidades. O aproveitamento do biogás contribui para minimizar os impactos ambientais adversos ao evitar emissões de gases do efeito estufa à atmosfera. No entanto, a geração dos gases de aterro está condicionada a vários fatores, dentre esses os relacionados às características dos resíduos e aos condicionantes climáticos. A região semiárida brasileira é caracterizada por condições ambientais peculiares, necessitando de estudos específicos para consolidar o conhecimento sobre a temática apresentada, através de uma base de dados mais ampla, que contemple as especificidades locais. Sendo assim, o objetivo deste artigo foi avaliar as emissões de biogás e geração de energia em aterro sanitário no semiárido brasileiro. Nesta pesquisa, essa base de dados foi construída por meio de estudo realizado no Aterro Sanitário em Campina Grande, Paraíba. A metodologia contemplou investigações in situ, relacionando aspectos da qualidade e quantidade do biogás gerado, bem como coleta de resíduos frescos e em estágio mais avançado de biodegradação. Por meio do estudo da biodegradabilidade dos resíduos foi possível obter o potencial de geração de metano e a constante de decaimento para a estimativa das emissões de biogás e geração de energia no aterro analisado. Foram verificadas concentrações máximas de metano, em torno de 55,0%, logo após a execução da camada de cobertura final do aterro. Em termos quantitativos, a vazão média de metano foi de 7,0 Nm³.h-1 por dreno de gás, compatíveis com grandes aterros, a exemplo do Aterro Bandeirantes/SP. As estimativas realizadas neste estudo, mesmo quando considerado um cenário desvaforável de coleta e queima de biogás, apontam para uma potência de projeto de 2,5 MW.

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Biografia do Autor

Maria Josicleide Felipe Guedes, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em Engenharia Civil (2006) e mestrado em Engenharia Civil e Ambiental (2009), ambos pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Atualmente é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (PPGRN/UFCG) e professora assistente da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Recursos Hídricos/Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental/Resíduos Sólidos.

Francisco Gleson dos Santos Moreira, Universidade Federal de Campina Grande

Engenheiro Ambiental graduado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental (PPGECA) da UFCG, com área de concentração em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Foi colaborador do Sistema Integrado de Saneamento Rural da Bacia do Salgado - SISAR BSA, onde atuou no setor técnico. Foi bolsista do programa de mobilidade acadêmica: IFCE Internacional, onde realizou intercâmbio no Instituto Politécnico de Bragança - Portugal, no período de setembro de 2013 a fevereiro de 2014. Foi Estagiário no apoio a Gestão Técnica no Sistema Integrado de Saneamento Rural da Bacia do Salgado - SISAR/BSA de fevereiro a setembro de 2013 e de março a outubro de 2014. Atuou como colaborador em pesquisas de emissões de biogás em lixões na região metropolitana do Cariri sob orientação do Prof. Dr. Perboyre Barbosa Alcântara. Atuou como bolsista de Iniciação Científica em projetos de Divulgação de Física e Astronomia no Cariri Cearense sob orientação do Prof. Dr. Wilami Teixeira da Cruz.

William de Paiva, Universidade Estadual da Paraíba

Possui curso Técnico em Eletrônica pela Escola Técnica Redentorista (1987), graduação em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Estadual da Paraíba (1993), graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (1996), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (2000). Doutorado em Geotecnia pela Universidade Federal de Pernambuco (2009). Especialização em Projetos, Execução e Controle de Estruturas e Fundações pelo Instituto de Pós Graduação e Graduação( 2016), e é professor da Universidade Estadual da Paraíba. Tem experiência na área de Engenharia Civil, atuando principalmente nos seguintes temas: fundações, solos expansivos, instrumentação de campo, Geoestatística e Estatítica aplicada a Engenharia Civil, Resíduos Sólidos Urbanos(RSU) e Resíduos da Construção Civil (RCC). Ministrante de minicursos e palestras sobre Empreendedorismo.

Rosires Catão Curi, Universidade Federal de Campina Grande

Graduação em Engenharia Civil Pela UFPB-Universidade Federal da Paraíba ( C. Grande) (1981), Mestrado em Engenharia Civil [C. Grande] pela UFPB (1986), Especialização em Irrigação e drenagem (1986)(UFPB) e Doutorado em Systems Design Engineering - University of Waterloo (1993), Canadá. Professora Titular da Universidade Federal de Campina Grande, Consultora ad hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico por vários anos. Consultora ad hoc das: Revista Gepros - Gestão da produção e sistemas, AGRIAMBI-Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental e RBRH-Revista Brasileira de Recursos Hídricos. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Modelos Multicriteriais e Multidecisores, Índices e Indicadores e Planejamento Integrado dos Recursos Hídricos, atuando principalmente nos seguintes temas: Resíduos sólidos urbanos, otimização, modelos de otimização e de simulação de sistemas hídricos, operação de reservatórios e de áreas irrigadas. Têm atuado também nas áreas de: Educação na engenharia, Agricultura familiar agroecológica e Responsabilidade social de empresas. Foi Coordenadora e Vice Coordenadora do programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UFCG e editora assistente da Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Atua nos programas de pós-graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UAEC/UFCG e Recursos Naturais do CTRN/UFCG. 

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Publicado

2018-05-23

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