Cultivo de espécies hortícolas para a segurança alimentar e nutricional de famílias assentadas em Terenos (MS), Brasil

Autores

  • Claudineia Oliveira Universidade Federal da Grande Dourados
  • Santino Seabra Júnior Universidade do Estado do Mato Grosso
  • Marney Pascoli Cereda Universidade Católica Dom Bosco
  • Sandra Mara Alves da Silva Neves Universidade do Estado de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.001.0001

Palavras-chave:

Assentamentos, Produção Hortícola, Qualidade de Vida, Autoconsumo

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo investigar o cultivo e consumo das espécies hortícolas e sua importância na segurança alimentar e nutricional das famílias da Comunidade Jacob Fransiosi do Assentamento Emerson Rodrigues em Terenos, Mato Grosso do Sul. A pesquisa exploratória foi quanti-qualitativa, utilizando metodologia de pesquisa-ação, observação e entrevistas. O assentamento é formado por três comunidades, totalizando 136 famílias. Foi implantado no ano de 2005 e é distante aproximadamente 40 km da capital do Estado. A pesquisa foi realizada com 14 famílias, compreendendo 35% das famílias da Comunidade Jacob Fransiosi. Verificou-se a média de 3,8 indivíduos por domicílio, que não se diferenciou da média nacional rural, mas foi maior que a média rural do Centro Oeste. O critério para estabelecer a segurança alimentar e nutricional permitiu avaliar em 50% as famílias que podiam ser consideradas em segurança alimentar, enquanto que 50% enquadravam-se em insegurança alimentar (EM QUAIS CLASSES E/OU NIVEIS?), dos quais 35,8% em insegurança alimentar grave, 7,1% em moderada e 7,1% em insegurança alimentar leve. Entre as famílias que tinham acesso a hortas domésticas observou-se significante consumo de hortícolas, com possibilidade de aumentá-lo, através do consumo de algumas frutas e hortaliças produzidas nos próprios quintais. Concluiu-se como necessário a proposição de políticas públicas que incentivem e subsidiem a produção para o autoconsumo das famílias assentadas na perspectiva de minimizar os problemas relacionados à insegurança alimentar destes sujeitos.

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Biografia do Autor

Claudineia Oliveira, Universidade Federal da Grande Dourados

Possui graduação em agronomia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2010). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agronomia

Santino Seabra Júnior, Universidade do Estado do Mato Grosso

Professor Adjunto nível 5 da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), na área de Olericultura. Atua no curso de Agronomia no campus de Nova Mutum, além de orientar nos mestrados acadêmicos: Ambiente e Sistema de Produção; Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos. Membro da Associação Brasileira de Horticultura, desde 2000, em 2010 atua como representante do Mato Grosso (delegado). Vem atuando em projetos de pesquisas, extensão e interface ensino, pesquisa e extensão. Desenvolve trabalhos relacionados as linhas de pesquisa: Horticultura e sociedade; Manejo e produção de espécies hortícolas (plantio direto de hortaliças; cultivo protegido; hortaliças não convencionais). É Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade de Marília (1999), mestrado (2002) e doutorado (2005) em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Marney Pascoli Cereda, Universidade Católica Dom Bosco

Graduou-se em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1969) onde se especializou em Tecnologia Rural. Realizou todas as etapas da carreira universitária na UNESP. Na Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, foi idealizadora e primeira Diretora de um Centro de Pesquisa especializado em amidos. Por sua atuação em pesquisa no Estado de São Paulo recebeu a Medalha de Mérito da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Atualmente é professor titular da Universidade Católica de Campo Grande, MS, onde é Pesquisadora em Produtividade pelo CNPq. Atua como professor credenciado em 2 Programas de Pós-graduação da Católica: Biotecnologia (nível de Mestrado) desde 2008 e Sustentabilidade Agropecuária, em nível de Mestrado e Doutorado, desde 2012. Realizou diversos estágios de Pós-doutorado na Espanha, França e Inglaterra. Realizaram visitas técnicas na China, Tailândia, Japão, Índia e na maioria dos países da América Central e do Sul. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Agroindústrias, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologia apropriada (sociais), valorização de produção da agricultura familiar, segurança alimentar e alimento seguro. Atua em uso, valorização e tratamento de resíduos. Tem experiência em microbiologia aplicada com ênfase em fermentação alcoólica de carboidratos e microbiologia industrial. Mais recentemente participou de intercambio com a China pelo Programa Santander Universidades onde proferiu aula sobre cogeração de energia por biomassa de cana de açúcar, em Julho de 2015. Em 2016 aprovou como coordenadora o projeto de extensãoValorização da produção da agricultura familiar com a comercialização de frutas desidratadas e barras energéticas a partir de produtos locais e com tecnologias inovadoras e sustentáveis no edital nacional do Santander UNIVERSIDADE SOLIDÁRIA, MODALIDADE ÊNFASE EM GERAÇÃO DE RENDA.

Sandra Mara Alves da Silva Neves, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui licenciatura plena e bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1993), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999) na área de concentração Planejamento Ambiental e doutorado em Ciências (Geografia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) na área de concentração Gestão e Planejamento Ambiental. Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, lotada no Campus Jane Vanini, na cidade de Cáceres/MT e docente permanente nos Programas de pós-graduação stricto sensu em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola e Geografia, ambos da UNEMAT, sediados respectivamente nos Campi de Tangará da Serra e Cáceres. Atua principalmente nos seguintes temas: Geotecnologias aplicadas a detecção de mudanças na cobertura vegetal e uso da terra, Planejamento Ambiental e Paisagem.

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Publicado

2017-08-12

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