Análise do uso da terra e da estrutura da paisagem do município de Porto Esperidião/MT

Autores

  • Divino Alves Cebalho Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Miriam Raquel da Silva Miranda Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Tamires da Silva Machado Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Sandra Mara Alves da Silva Neves Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Ronaldo José Neves Universidade do Estado de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.001.0016

Palavras-chave:

Conservação Ambiental, Biogeografia, Agricultura, Pecuária, Geotecnologias

Resumo

No estado de Mato Grosso as divisões territoriais não foram constituídas a partir de um planejamento ambiental e espacial, desconsiderando as diferenças regionais e as peculiaridades das diversas microrregiões. A paisagem foi sendo alterada no decorrer dos anos, na medida em que a atividade econômica demandava a expansão de área para o seu desenvolvimento. Diante do exposto objetivou-se realizar a análise espaço-temporal da estrutura da paisagem do município de Porto Esperidião-MT, na perspectiva da geração de informações que contribuam no planejamento e na gestão ambiental municipal. O trabalho foi executado através das seguintes etapas: levantamentos de bases cartográficas nos projetos Radambrasil (1982) e Probio (1997); registro de imagens, recorte, segmentação, classificação digital de imagens orbitais, quantificação dos dados e elaboração dos mapas temáticos. Os resultados mostram alterações em todas as classes de vegetação durante os últimos 29 anos (1982-2011), ocorrendo diminuição de 54,77% da vegetação nativa e aumento de 54,22% de uso da terra, principalmente vinculado as pastagens para pecuária bovina. Relativo à estrutura da paisagem municipal constatou-se no período analisado que o uso antrópico contribuiu para a fragmentação da vegetação natural, sendo a matriz em 1982 constituída pela vegetação e em 2002 e 2011 pela pastagem. Concluiu-se que no período investigado entre os anos de 1982 e 2011 a vegetação natural de Porto Esperidião foi suprimida principalmente em função do desenvolvimento da atividade agropecuária, acarretando diminuição na vegetação dos biomas presentes e aumento no número de fragmentos, consequentemente reduzindo a biodiversidade de fauna e flora e impactando a conservação ambiental.

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Biografia do Autor

Divino Alves Cebalho, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Geografia pela Universidade do Estado de Mato Grosso(2013).

Miriam Raquel da Silva Miranda, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Licenciatura em Geografia pela Universidade do Estado de Mato Grosso, Mestre em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola é membro do Grupo de Pesquisa SERPEGEO e Laboratório de Geotecnologias - UNEMAT, possui experiência na área de Sensoriamento Remoto e Sistema de Informação Geográfica - SIG.

Tamires da Silva Machado, Universidade do Estado de Mato Grosso

Formada em Agronomia pela Universidade do Estado de Mato Grosso, atua nas áreas de sensoriamento remoto, pluviometria, geotecnologias, índice de vegetação e sistema de produção. Membro do Grupo de Pesquisa SerpeGeo/UNEMAT - Sensoriamento Remoto, Pesquisa e Ensino de Geografia desde 2012. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola (PPGASP).

Sandra Mara Alves da Silva Neves, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui licenciatura plena e bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1993), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999) na área de concentração Planejamento Ambiental e doutorado em Ciências (Geografia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) na área de concentração Gestão e Planejamento Ambiental. Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, lotada no Campus Jane Vanini, na cidade de Cáceres/MT e docente permanente nos Programas de pós-graduação stricto sensu em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola e Geografia, ambos da UNEMAT, sediados respectivamente nos Campi de Tangará da Serra e Cáceres. Atua principalmente nos seguintes temas: Geotecnologias aplicadas a detecção de mudanças na cobertura vegetal e uso da terra, Planejamento Ambiental e Paisagem

Ronaldo José Neves, Universidade do Estado de Mato Grosso

Concluiu sua graduação em Licenciatura Plena e Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 1993, o mestrado em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá em 2002 e o doutorado em Ciências (Geografia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2008. Era professor adjunto (Doutor) no curso de graduação em Geografia da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT - Campus Cáceres), e nos Programas de Pós-graduação stricto sensu em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola (Campus de Tangará da Serra) e Geografia (Campus Cáceres). Possuía experiência na área de Geografia e Interdisciplinar. Atuava nos seguintes temas: Ensino de Geografia, Cartografia para escolares e Geotecnologias aplicada aos estudos geográficos e interdisciplinares. Embora o professor tenha falecido em março de 2016 há produções em que contribuiu aguardando publicação e por esse motivo somente esse item de seu currículo será atualizado, em sinal de respeito a sua atuação profissional.

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Publicado

2017-08-12

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