Pegada hídrica como medida sustentável na produção de Metarhizium Anisopliae (Metsch.) Sorok para a canavicultura

Autores

  • Thiziane Helen Lorenzon Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Luiz Carlos Machado Filho Universidade Candido Mendes
  • Sandra Mara Alves da Silva Neves Universidade do Estado de Mato Grosso/Professora adjunta do curso de Geografia
  • Rogério Pontes Xavier Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.001.0008

Palavras-chave:

Cana-de-Açúcar, Pegada Hídrica Azul, Recursos Naturais, Reuso de Água, Sustentabilidade

Resumo

Em tempos de busca pela sustentabilidade hídrica faz-se essencial o desenvolvimento de técnicas e aplicações de métodos de reuso de água em sistemas produtivos. O consumo de água em áreas de suporte da cadeia produtiva da cana-de-açúcar é fator fundamental no desperdício hídrico, cujos estudos de potencialização da pegada hídrica são incipientes. Objetivou-se aplicar um sistema de reuso de água no processo de produção do fungo Metarhizium anisopliae, visando à otimização da pegada hídrica no controle biológico da cigarrinha no cultivo da cana-de-açúcar. O estudo deu-se em laboratório de produção de fungos de uma usina sucroenergética situada no município de Nova Olímpia, estado de Mato Grosso. Quantificou-se o consumo de água e seu desperdício relacionado a cada atividade, através de testes expeditos. A implantação do reuso de água no sistema de destilação, principal agente do desperdício, reduziu o consumo em 51,21%. O processo produtivo colaborou com cerca de 97% da oferta de água de reuso mensal. Esse valor poderia suprir de maneira individual toda a necessidade mensal de água do laboratório (37.980 litros). Embora não opere em circuito fechado, se testes de potabilidade fossem adotados, o sistema poderia ser modificado para este fim, tornando-o sustentável. A adoção de medidas de reuso de água, portanto, apresentou-se como uma técnica eficiente à conservação da água e a consequente melhoria da pegada hídrica azul como forma de medida de sustentabilidade ambiental.

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Biografia do Autor

Thiziane Helen Lorenzon, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Grande Dourados (2008), mestre em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2016). Atualmente, Professora Interina da Faculdade de Ciências Biológicas, Agrárias, da Saúde e Engenharia Civil - FACABES, da Universidade do Estado de Mato Grosso. Experiência na área de Gestão de Recursos Naturais, com ênfase em manejo de bacia hidrográfica, atuando nos seguintes temas: Qualidade de Água, Conservação de Ecossistemas Aquáticos e Monitoramento Ecotoxicológico. Membro dos Projetos de Pesquisa em Sensoriamento Remoto, Ensino e Pesquisa em Geografia (SERPEGEO/UNEMAT) e em Realidades socioculturais, econômicas, politicas e ambientais dos agricultores familiares da região sudoeste mato-grossense de planejamento (SERPEGEO/UNEMAT). Membro do Grupo de Pesquisa em Ciências Exatas, Agrárias e Ambientais, da Universidade do Estado de Mato Grosso (GPCEAA/UNEMAT).

Luiz Carlos Machado Filho, Universidade Candido Mendes

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade de Cuiabá (2011), formação técnica em Meio Ambiente pela Universidade Federal Fluminense (2007) e pós-graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade Cândido Mendes (2015). Atualmente é Analista da Usinas Itamarati empresa do setor sucroenergético brasileiro. Experiência na área de Meio Ambiente, com ênfase em controle de poluição e reabilitação ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: gerenciamento de resíduos, tratamento de efluentes, controle de emissões atmosféricas, preservação de recursos naturais, recuperação de áreas degradadas e contaminadas.

Sandra Mara Alves da Silva Neves, Universidade do Estado de Mato Grosso/Professora adjunta do curso de Geografia

Professora adjunta do curso de Geografia da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, lotada no Campus Jane Vanini, na cidade de Cáceres/MT e docente permanente nos Programas de pós-graduação stricto sensu em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola e Geografia, ambos da UNEMAT, sediados respectivamente nos Campi de Tangará da Serra e Cáceres.

Rogério Pontes Xavier, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2000), mestrado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2002) e doutorado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006).

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Publicado

2017-08-12

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