Coleta, processamento, comercialização e sustentabilidade da produção extrativista da região sudoeste Mato Grossense, Brasil

Autores

  • Maurício Ferreira Mendes Universidade Federal de Goiás
  • Sandra Mara Alves da Silva Neves Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Marcela de Almeida Silva Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Sophia Leitão Pastorello de Paiva Universidade Federal de Mato Grosso
  • Jesã Pereira Kreitlow Universidade do Estado de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2016.003.0005

Palavras-chave:

Cerrado, Produção Extrativista., Diversidade, Produção Extrativista

Resumo

RESUMO: O extrativismo vegetal é uma atividade realizada desde os primórdios da civilização, praticada pelos povos nativos que habitavam o território brasileiro há mais de quinhentos anos, na atualidade, vários agricultores familiares de assentamentos e comunidades rurais desenvolvem a prática do extrativismo. Este trabalho visa investigar a produção extrativista, com abordagem sobre coleta, processamento, comercialização e sustentabilidade do extrativismo desenvolvido pelos agricultores familiares da região Sudoeste Mato-grossense, contidos na bacia do Alto Paraguai. O estudo de campo foi conduzido entre março e julho de 2012. Foram identificados a atividade extrativista de frutos do Cerrado em três assentamentos: a) Bom Jardim/Furna São José, b) Corixo, e c) Margarida Alves, o que encaminhou a definição do universo de pesquisa a corresponder a 100%. As informações foram coletadas através de entrevistas semiestruturadas, posteriormente foram elaboradas cartas-imagem dos assentamentos, com destaque para as áreas de coleta via Geotecnologias. Conclui-se que a produção extrativista na área de estudo é praticada por trinta famílias que coletam cumbaru (Dipteryx alata), pequi (Caryocar brasiliense) e babaçu (Attalea speciosa), para alimentação e para complementar a renda via comercialização de subprodutos dos frutos nos próprios assentamentos e via mercado institucional (políticas públicas). Os agricultores familiares praticam um extrativismo sustentável, pois retiram em média de 14% a 34% dos frutos do ambiente, deixando o restante para a alimentação da fauna silvestre; utilizam práticas sustentáveis, com destaque para produção de mudas para enriquecer as áreas de coleta, contribuindo para a regeneração de novas espécies e o crescimento populacional das fruteiras nativas da região.

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Biografia do Autor

Maurício Ferreira Mendes, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Geografia e Biologia pela UNEMAT, mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola pela UNEMAT e doutorado em Geografia pela UFG/IESA.

Sandra Mara Alves da Silva Neves, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui licenciatura plena e bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1993), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999) na área de concentração Planejamento Ambiental e doutorado em Ciências (Geografia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) na área de concentração Gestão e Planejamento Ambiental. Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, lotada no Campus Jane Vanini, na cidade de Cáceres/MT e docente permanente nos Programas de pós-graduação stricto sensu em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola e Geografia, ambos da UNEMAT, sediados respectivamente nos Campi de Tangará da Serra e Cáceres. Atua principalmente nos seguintes temas: Geotecnologias aplicadas a detecção de mudanças na cobertura vegetal e uso da terra, Planejamento Ambiental e Paisagem.

Marcela de Almeida Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestra em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola pela Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário de Tangará da Serra (2014). Turismóloga formada pela Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus Jane Vanini de Cáceres (2011). Membro do grupo de pesquisa - Sensoriamento Remoto, Pesquisa e Ensino de Geografia - SERPEGEO. Foi Assessora Territorial para a Gestão Social junto ao projeto de extensão: Núcleo de extensão em desenvolvimento Territorial da Grande Cáceres: uma estratégia de desenvolvimento sustentável por meio de ações que fortaleçam a produção agroecológica, agroindustrialização, comercialização e a atuação das mulheres (CNPq/MDA/SPM-PR Nº 11/2014), no período de 2015 a 2016. Atua nas seguintes áreas: Agricultura Familiar; políticas publicas; Desenvolvimento local; Territórios rurais; Turismo de Base Comunitária, Turismo Rural, Reprodução social.

Sophia Leitão Pastorello de Paiva, Universidade Federal de Mato Grosso

Técnica em Agropecuária pelo Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologias de Cáceres - MT, graduanda de Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso.

Jesã Pereira Kreitlow, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduado em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e membro do Grupo de Pesquisas SERPEGEO/UNEMAT. Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola, Universidade do Estado de Mato Grosso/UNEMAT, Tangará da Serra, MT. Atua principalmente nos seguintes temas: Geotecnologias, Bacia Hidrográfica, Sensoriamento Remoto, Ensino de Geografia, Zoneamento Ambiental e Meio Ambiente.

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Publicado

2016-11-30

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