Coleta, processamento, comercialização e sustentabilidade da produção extrativista da região sudoeste Mato Grossense, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2016.003.0005Palavras-chave:
Cerrado, Produção Extrativista., Diversidade, Produção ExtrativistaResumo
RESUMO: O extrativismo vegetal é uma atividade realizada desde os primórdios da civilização, praticada pelos povos nativos que habitavam o território brasileiro há mais de quinhentos anos, na atualidade, vários agricultores familiares de assentamentos e comunidades rurais desenvolvem a prática do extrativismo. Este trabalho visa investigar a produção extrativista, com abordagem sobre coleta, processamento, comercialização e sustentabilidade do extrativismo desenvolvido pelos agricultores familiares da região Sudoeste Mato-grossense, contidos na bacia do Alto Paraguai. O estudo de campo foi conduzido entre março e julho de 2012. Foram identificados a atividade extrativista de frutos do Cerrado em três assentamentos: a) Bom Jardim/Furna São José, b) Corixo, e c) Margarida Alves, o que encaminhou a definição do universo de pesquisa a corresponder a 100%. As informações foram coletadas através de entrevistas semiestruturadas, posteriormente foram elaboradas cartas-imagem dos assentamentos, com destaque para as áreas de coleta via Geotecnologias. Conclui-se que a produção extrativista na área de estudo é praticada por trinta famílias que coletam cumbaru (Dipteryx alata), pequi (Caryocar brasiliense) e babaçu (Attalea speciosa), para alimentação e para complementar a renda via comercialização de subprodutos dos frutos nos próprios assentamentos e via mercado institucional (políticas públicas). Os agricultores familiares praticam um extrativismo sustentável, pois retiram em média de 14% a 34% dos frutos do ambiente, deixando o restante para a alimentação da fauna silvestre; utilizam práticas sustentáveis, com destaque para produção de mudas para enriquecer as áreas de coleta, contribuindo para a regeneração de novas espécies e o crescimento populacional das fruteiras nativas da região.
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