Compostos bioativos em cultivares de alface produzidas em condições climáticas do sudeste paraense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0040

Palavras-chave:

Lactuca sativa L., Antocianina, Carotenoides

Resumo

Os níveis de substâncias químicas presente em excesso ou escassez podem influenciar no desenvolvimento de culturas hortícolas, além de prejudicar alimentação humana. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi analisar os níveis de compostos bioativos presentes em cultivares de alface produzidas em Paragominas-PA, e com base nisso determinar quais delas apresentaram desenvolvimento satisfatório para região. O trabalho foi desenvolvido em casa de vegetação localizada na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Paragominas-PA, e as amostras analisadas no laboratório ICA da UFRA, campus Belém. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com 10 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram 10 cultivares de alface (Betânia, Giovana, Lirice, Lucy Brown, Luiza, Mônica SF 31, Pira roxa, Regina, Rubinela e Stella-manteiga).  Os parâmetros avaliados foram: níveis de clorofila “a” e “b”, antocianina, carotenoide, nitrato, proteína, amônio livre, sacarose, carboidrato e aminoácidos. Os dados foram submetidos à análise de variância (teste F) e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade, utilizando o programa (software) SISVAR. A cultivar Rubinela apresentou efeito significativo para teores de clorofila a e b. As cultivares Luiza e Pira Roxa apresentaram maiores teores de antocianina. As cultivares Luiza, Lirice e Betânia apresentaram maiores teores de carotenoide. Rubinela e Pira Roxa apresentaram efeito significativo nos teores de nitrato acumulado.  As cultivares Betânia e Stella-manteiga se destacaram quanto a teores de amônio. A cultivar Lucy Brown apresentou maior teor de sacarose, e as cultivares Mônica e Rubinela maiores teores de aminoácidos.  Portanto, as cultivares recomendadas para a região de Paragominas, com base nas condições utilizadas neste experimento, foram as cultivares Luiza, Mônica, Rubinela e Pira Roxa, que apresentaram melhores resultados para a maioria dos parâmetros bioquímicos analisados. Tais cultivares apresentaram níveis satisfatórios para clorofila, carotenoide, antocianina, nitrato, carboidratos, proteínas e aminoácidos. Todas as cultivares analisadas conseguiram se desenvolver nas condições edafoclimáticas de Paragominas-PA, tornando-se viável a produção de alface na região. Atualmente há escassez em estudos com compostos bioativos em cultivares de alface para a região norte, especialmente o Pará, com isso se faz necessário a realização de mais estudos voltados para a área.

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Biografia do Autor

Andreza Sousa Carmo, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, Campus Paragominas-PA (2021). Atualmente Mestranda em Produção Vegetal na Linha de pesquisa: Manejo, Propagação de Plantas e Controle de Qualidade de Sementes e Grãos; e área de atuação: Grandes Culturas, na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF, Campos dos Goytacazes-RJ. 

Fabiana das Chagas Gomes Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia

Engenheira Agrônoma formada pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA - 2021) e Técnico em Meio Ambiente pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA - 2014). Durante o curso tecnológico, obteve experiência em rotina de laboratório e vivenciou práticas junto ao laboratório de microbiologia. Na graduação participou do grupo HORTIZON (Grupo de Pesquisa em Horticultura da Amazônia) onde atuou com extensão e acompanhamento de projetos em áreas rurais. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX) junto ao grupo NEA (Núcleo de Estudos em Agroecologia) com implantação, manutenção e produção de mudas em hortas nas escolas. Foi bolsista também do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - (PIBIC/CNPq) onde realizou práticas de análises fitopatológicas em cultivares de alface e redigiu relatórios técnicos mensais dos resultados das análises. 

Rhaiana Oliveira de Aviz, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduada em Agronomia pela Universidade Federal Rural Da Amazônia (Campus De Paragominas) (2015). Durante a graduação fez parte do Grupo de Pesquisa em Horticultura da Amazônia (HORTIZON), onde foi voluntaria, bolsista PIBIC (CNPQ) no periodo 2017-2018, e Bolsista IC-FAPESPA (2019-2020), atuando principalmente nos seguintes temas: agricultura familiar, substratos alternativos, produção de hortaliças e agroecologia. Cursou mestrado no Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal (UFRPE-UAST) (2020- 2022), atuando na linha de pesquisa Fisiologia e Tecnologia de plantas cultivadas e nativas no semiárido, com ênfase em fixação biológica do nitrogênio. Atualmente cursa doutorado no Programa de Pós Graduação em Agronomia (UFPI-CCA) (2022-ATUAL), atuando na linha de pesquisa Manejo do solo e da água, com ênfase em Microbiologia do solo.

Thaís Vitória dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduanda no curso de Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural da Amazônia-Campus Paragominas-Com ativa participação e bom desenvolvimento pratico e técnico na área de Ciências Agrarias.

Natália Nayale Freitas Barroso, Universidade Federal Rural da Amazônia

Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agronomia.

Felipe Souza Carvalho, Universidade Federal Rural da Amazônia

Engenheiro Agrônomo - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Analista de sementes - LAS UBS/SOJA JUPARANÃ COMERCIAL AGRÍCOLA LTDA.

Cândido Ferreira de Oliveira Neto, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduado em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2005), Mestrado em Agronomia (2008), na área de concentração em Produção Vegetal e Doutorado em Ciências Agrárias, com área de concentração em Agrossistema da Amazônia (2010). Em 2008-2010 atuou como Pesquisador Colaborador da REDE-03-CT-PETRO na área da Tecnologia de Regeneração Artificial em Clareiras Abertas pela extração e Transporte de Petróleo e Gás Natural. Professor Adjunto III da Universidade Federal Rural da Amazônia ocupou os Cargosde Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Cordenador de Iniciação Científica. Professor do Programa de Pós graduação de Ciências Florestais, Biotecnologia e Rede Bionorte. Coordenador do Grupo de Pesquisa Estudos da Biodiversidade de Plantas Superiores (EBPS/UFRA), Bolsista de Produtividade CNPq- 2 e representante da Região Norte da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal. Possui experiência na área de Produção Vegetal, com ênfase em Fisiologia e Bioquímica Vegetal. Trabalha com plantas sob estresses abióticos e bióticos, buscando plantas adaptadas e resistentes aos vários tipos de estresses.

Luciana da Silva Borges, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2006). Mestrado em Agronomia, área de concentração Horticultura pela UNESP-Botucatu (2009). Doutorado em Agronomia (Horticultura) pela UNESP-Botucatu (2012). Realizou estágio de Doutorado sanduíche pela Universidad Politécnica de Cartagena- Espanha e Pela Universitá Degli Studi di Padová - Itália. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Horticultura, em fitotecnia, Pós-colheita de hortaliças e Antioxidante. Experiência em Extensão rural, com atividades voltadas para agricultura familiar. Atualmente é professora Adjunta II na UFRA, CAMPUS Paragominas, junto a disciplina de Olericultura, Floricultura e paisagismo, Pós-colheita de frutas e hortaliças, Horticultura Geral e Culturas industriais I e atua em projetos de pesquisa e de extensão. É membro do Núcleo de Estudos em Agroecologia (UFRA - Campus Paragominas E Tomé Açu): pesquisa e ação em prol da sustentabilidade dos Agroecossistemas Amazônicos (NEA). É Líder do GRUPO DE PESQUISA EM HORTICULTURA DA AMAZÔNIA (HORTIZON), cadastrado no diretório de grupo do CNPq desde de 2014. 

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Publicado

2021-12-18

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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