Modelagem de lixiviados e compostos gerados em sistema de drenagem de aterro controlado de Macapá/Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.008.0045

Palavras-chave:

Lixiviado, Arranjos de drenagem, Simulação, Geração de compostos

Resumo

No Brasil os aterros sanitários (LF) apresentam um significativo e histórico déficit de implementação. Recentemente, por imposição legal, os projetos de LF têm sido exigidos para superar o grave cenário da disposição inadequada de resíduos sólidos nos municípios. Na Amazônia brasileira são ainda raros os estudos de concepção e operação com base em análise de variáveis físicas, químicas e biológicas relevantes. Contudo, apesar da escassez de dados sobre LF na Amazônia, os recentes avanços científicos em modelagem e simulação computacional podem ser úteis para abordar o problema sob novas perspectivas, a partir da análise e otimização de processos aplicáveis em projetos (Vp) e operação de LF. No presente estudo foram analisados os lixiviados do LF no Município de Macapá/Brasil, usando múltiplos modelos e análise de sistemas (MODUELO). Foram realizadas análises sistemáticas dos parâmetros relevantes de projeto e operação do Aterro Controlado (LFC) por meio de balanços de massa e energia usando dados locais e parâmetros comuns aplicados em casos similares da literatura. Na segunda etapa, testamos estatisticamente três cenários simulados sobre o complexo sistema de fluxos de lixiviados Qg e seus potenciais impactos no LF e no seu entorno. Assim, três diferentes arranjos de tubulações de referência foram utilizados em Vp para avaliar repostas dos seus respectivos volumes de lixiviados (Qg) e concentrações de compostos físico-químicos e biológicos (p<0.05). Os resultados comparativos de Qg não foram significativos para os diferentes arranjos geométricos de tubos propostos sob influência hidrológica de um ano climático típico (p>0.05), sugerindo elevada similaridade de Qg nos referidos cenários. Assim, confirmou-se a hipótese de independência do arranjo geométrico das tubulações sobre Qg e concentração de compostos produzidos. Concluímos que o método de simulação proposto pode ser recomendado para análises similares, sugerindo que múltiplos cenários são extremamente replicáveis em concepção de projetos atuais e futuros na Amazônia.

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Biografia do Autor

Carlos Armando Reyes Flores, Universidade Federal do Amapá

Engenheiro Florestal e Ambiental - Universidad Nacional Del Centro Del Peru (2016). Posui graduação em Ciências Florestais e do Ambiente - Universidad Nacional Del Centro Del Peru (2016). Mestre em Ciências Ambientais. Especialista como Engenhiero de Segurança Mineira e Industrial, Supervisor em meio ambiente, Avaliação de Impacto Ambiental. Atualmente é aluno de Doutorado em Biodiversidade Tropical na Universidade Federal do Amapá. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Ciências Ambientais, atuando principalmente nos seguintes temas: diversidad biologica, ambiental, gestão ambiental, resíduos sólidos, informática e segurança no trabalho.

Alan Cavalcanti da Cunha, Universidade Federal do Amapá

Engenheiro Químico pela Universidade Federal do Pará, especialista em Educação Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade de São Carlos (USP-CRHEA), especialista em Controle da Poluição das Águas em Países Sulamericanos (JICA - Japão), mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo e doutor em Engenharia Civil - Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC-USP). Pós-Doutorado em análise isotópica estável e suas aplicações na quantificação de fluxos hidrológicos entre ecossistemas aquáticos tropicais (Departamento de Biologia da Universidade de Miami (UM/EUA) e Pós-Doutor em Engenharia pela (American World University). Atualmente é Professor Associado III do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Amapá, professor permanente dos Programas de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBio - UNIFAP/IEPA/EMBRAPA-AP/CI), Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) e Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biodiversidade (BIONORTE). Atua nas áreas de Ciências Ambientais: : Água e Energia. Modelagem de Sistemas Ambientais, Hidráulica e Saneamento, Fenômenos de Transporte, Clima e Recursos Hídricos, Limnologia, Estatística Aplicada à Ecologia.

Helenilza Ferreira Albuquerque Cunha, Universidade Federal do Amapá

Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal do Pará - UFPA, especialista em Educação Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade de São Paulo - USP, Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Doutora em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo - USP e Pós-doutora em Desenvolvimento Sustentável na University of Miami, Coral Gables, EUA. É Professora Titular no Curso de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP. É docente dos Cursos de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (mestrado e doutorado) e Ciências Ambientais (mestrado) da UNIFAP. Tem experiência nas áreas de Ciências Sociais e Ambientais. Desenvolve pesquisa em impactos socioeconômicos e ambientais, educação ambiental, desenvolvimento sustentável, saneamento.

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Publicado

2021-08-22

Edição

Seção

Tecnologia, Modelagem e Geoprocessamento

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