Risco de alagamentos influenciados por fatores ambientais em zonas urbanas de Macapá e Santana/AP

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.004.0021

Palavras-chave:

Alagamentos, Risco Preliminar, Planejamento Urbano, Saneamento Básico

Resumo

O sistema de drenagem de bacias hidrográficas urbanas tem sido negligenciado como dimensão do saneamento básico na Amazônia. Apesar de sua notável relevância sanitária, é frequentemente correlacionado com a potencialização de alagamentos, podendo agravar vários indicadores sanitários, ambientais e de saúde pública, especialmente na região do estuário amazônico, quando eventos climáticos extremos de precipitação ocorrem em consonância com elevações máximas das marés. O objetivo da pesquisa é quantificar o risco preliminar de alagamento de setores urbanizados das duas principais cidades do Estado do Amapá, Macapá e Santana. Especificamente, delinear cenários atuais e futuros para gerar subsídios ao planejamento dos sistemas de drenagem urbana e gestão das águas pluviais. Os procedimentos metodológicos foram os seguintes: a) coleta de dados na Coordenadoria Estadual e Municipal de Defesa Civil de Macapá e Santana (CEDEC); b) processamento dos dados, revisão da literatura, definição preliminar de risco e confecção de mapas temáticos utilizando o Sistema de Informação Geográfica QGIS; c) visita de campo para aferição in loco, identificação de impactos secundários em período chuvoso e validação dos dados geográficos disponibilizados pela CEDEC. Os principais resultados foram: mapeamento das zonas de risco preliminar em 28 setores de Macapá, com a seguinte classificação: 4 (14.29%) de baixo, 7 (25.0%) de médio e 17 (60.71%) de alto risco de alagamento. Em Santana foram mapeados 6 setores: 2 (33.33%) de médio e 4 (66.67%) de alto risco de alagamento. Conclui-se que o risco preliminar de alagamento em período chuvoso, associado com aglomerados subnormais no entorno de “áreas de ressaca”, é potencializado pelas elevações de marés de sizígia do rio Amazonas, apresentando similaridades em ambas as cidades frente aos problemas de gestão das águas pluviais. Os mapas de riscos preliminares apresentados podem ser extremamente úteis para políticas públicas e planejamento urbano, pois favorece a análise de contingenciamento e ordenamento territorial.

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Biografia do Autor

Taís Silva Sousa, Universidade Federal do Amapá

Téc. em Meio Ambiente pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA); Bacharel em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP); Mestranda em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá (PPGCA/UNIFAP); Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Atua na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Saneamento Ambiental, Recursos Hídricos e Drenagem. 

Helenilza Ferreira Albuquerque Cunha, Universidade Federal do Amapá

Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal do Pará - UFPA, especialista em Educação Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade de São Paulo - USP, Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Doutora em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo - USP e Pós-doutora em Desenvolvimento Sustentável na University of Miami, Coral Gables, EUA. É Professora Titular no Curso de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP. É docente dos Cursos de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (mestrado e doutorado) e Ciências Ambientais (mestrado) da UNIFAP. Tem experiência nas áreas de Ciências Sociais e Ambientais. Desenvolve pesquisa em impactos socioeconômicos e ambientais, educação ambiental, desenvolvimento sustentável, saneamento.

Alan Cavalcanti da Cunha, Universidade Federal do Amapá

Engenheiro Químico pela Universidade Federal do Pará, especialista em Educação Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade de São Carlos (USP-CRHEA), especialista em Controle da Poluição das Águas em Países Sulamericanos (JICA - Japão), mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo e doutor em Engenharia Civil - Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC-USP). Pós-Doutorado em análise isotópica estável e suas aplicações na quantificação de fluxos hidrológicos entre ecossistemas aquáticos tropicais (Departamento de Biologia da Universidade de Miami (UM/EUA) e Pós-Doutor em Engenharia pela (American World University). Atualmente é Professor Associado III do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Amapá, professor permanente dos Programas de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBio - UNIFAP/IEPA/EMBRAPA-AP/CI), Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) e Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biodiversidade (BIONORTE). Atua nas áreas de Ciências Ambientais: : Água e Energia. Modelagem de Sistemas Ambientais, Hidráulica e Saneamento, Fenômenos de Transporte, Clima e Recursos Hídricos, Limnologia, Estatística Aplicada à Ecologia. 

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Publicado

2021-02-08

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