Impactos hidroclimáticos de curto prazo no padrão hidrodinâmico de Rio de Estuário Amazônico, Amapá (AP), Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.001.0014

Palavras-chave:

Fenômeno El Niño, Análise estatística pareada, Séries hidrodinâmicas, Balanço hídrico

Resumo

O objetivo do trabalho foi analisar o padrão da precipitação, da vazão e do nível de marés semidiurnas na Bacia Hidrográfica do Rio Matapi em 2015, quando ocorreu o mais intenso fenômeno El Niño dos últimos 100 anos. Para tanto, foram quantificados os índices pluviométricos da área da bacia, monitorada a vazão em uma seção do manancial com um Accustic Doppler Profiller e acompanhada a variação do nível da coluna d’água com um sensor de pressão durante ciclos completos de marés semidiurnas ocorridos nos meses de abril, junho, setembro, outubro e dezembro/2015. Os dados climáticos foram estatisticamente testados para a série temporal de precipitação 1961-2010, bem como comparados com os da literatura. Os resultados confirmaram 2015 como um ano climatologicamente atípico, promovendo descargas líquidas significativamente reduzidas em relação às séries disponíveis (Friedman: α<0,05). Especificamente, o padrão hidrodinâmico foi representado por curvas de histerese bem correlacionadas (0,76≤R2≤0,82), que indicam a diferença entre o comportamento dos fluxos de enchente e vazante das marés. Conclui-se que a variação da precipitação resultou da influência do fenômeno El Niño sobre o padrão hidrodinâmico do rio Matapi em 2015 (p<0,05), sendo de relevante interesse científico seu monitoramento para fins de gestão hídrica, principalmente em tempos de aquecimento global.

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Biografia do Autor

José da Costa Felix Neto, Universidade Federal do Amapá

Graduado em Bacharelado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Amapá (2012-2016). Cursou 2 semestres do curso de Engenharia Ambiental na Universidade Estadual do Amapá (2011). Estágio voluntário no Instituto de Estudos e Pesquisas Científicas do Amapá (IEPA), no Departamento de Geoquímica de Água e Sedimento (DGAS) sob orientação do Dr. Luís Takiyama (2013-2014). Iniciação Científica no laboratório de Química, Saneamento e Modelagem Ambiental na Universidade Federal do Amapá, sob orientação do professor Dr. Alan Cunha. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em hidrologia.

Luany Jaine de Araújo Souza, Universidade Federal do Amapá

Mestre em Biodiversidade Tropical pela Universidade Federal do Amapá. Atuou como professora substituta no IFAP - Campus Laranjal do Jari 03/2018-03/2020. Atuou no Projeto de Pesquisa Cartas SAO, do Ministério do Meio Ambiente em parceria com o IEPA. Formada em Ciências Biológicas pela Faculdade de Macapá - FAMA. Estagiou no Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, na área de Botânica com a orientação do pesquisador Marcelo Carim, realizando a micropropagação de orquídeas no laboratório de Biotecnologia. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geociências.

Carlos Henrique Medeiros de Abreu, Universidade Estadual do Amapá

Possui graduação em Fisica Lp pela Universidade Estadual do Ceará (2009) e pós-graduação em Docência no Ensino Superior pela faculdade META. Mestrado em Biodiversidade Tropical- PPGBIO-UNIFAP. Tem experiência na área de Física, modelagem computacional de corpos hídricos atuando principalmente no ensino superior e na gestão e conservação de corpos hídricos.

Viníciu Fagundes Bárbara, Instituto Federal de Goiás

Técnico em Edificações pela antiga Escola Técnica Federal de Goiás (ETFG), atual Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFGoiás). Graduado em Engenharia Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS). Mestre em Engenharia do Meio Ambiente pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Doutor em Ciências Ambientais pela UFG. Atualmente, é Professor Efetivo dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária e Técnico em Controle Ambiental do IFGoiás e Perito Ambiental do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Foi coordenador do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do campus Goiânia do IFG de agosto/2015 a outubro/2018. É membro-fundador do Grupo de Pesquisas em Engenharia Ambiental e Sanitária (GPEAS), do IFG, e integra a equipe do Grupo de Pesquisas em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). 

Helenilza Ferreira Albuquerque Cunha, Universidade Federal do Amapá

Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal do Pará - UFPA, especialista em Educação Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade de São Paulo - USP, Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Doutora em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo - USP e Pós-doutora em Desenvolvimento Sustentável na University of Miami, Coral Gables, Estados Unidos. É Professora Titular no Curso de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP. É docente dos Cursos de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (mestrado e doutorado) e Ciências Ambientais (mestrado) da UNIFAP. Tem experiência nas áreas de Ciências Sociais e Ambientais. Desenvolve pesquisa em impactos socioeconômicos e ambientais, educação ambiental, desenvolvimento sustentável, saneamento.

Marcos Tavares Dias, Universidade Federal do Amapá

Biólogo, iniciou a carreira científica em 1990 no Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto (SP) na área Imunologia Básica e Aplicada, possui Mestrado (2000) e Doutorado (2003) em Aquicultura Continental pelo Centro de Aquicultura da Unesp (CAUNESP). Atualmente, é Pesquisador A na Embrapa Amapá atuando na Área de Sanidade Aquícola. É Docente Permanente e orientador de Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) e Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (PPG-BIONORTE) na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Tem experiência em Aquicultura e Pesca, direcionado a Sanidade, Parasitologia e Fisiologia de Animais Aquáticos, com ênfase em Peixes. Foi Bolsista de Desenvolvimento Científico Regional/DCR do CNPq/FAPEAM e Professor na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), período de 2004 a 2008. Publicou mais de 250 artigos científicos, publicou 4 livros e diversos capítulos de livros, orientou diversas Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado, além de trabalhos de Iniciação Científica e Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação, Editor Associado dos periódicos Acta Amazonica e Pesquisa Veterinária Brasileira, revisor de mais de 40 periódicos nacionais e internacional. Pesquisador de Produtividade em Pesquisa 1 D CNPq. Membro do Comitê de Assessoramento do CNPq- Aquicultura e Recursos Pesqueiros no período de 2019 a 2022.

Alan Cavalcanti da Cunha, Universidade Federal do Amapá

Engenheiro Químico pela Universidade Federal do Pará, especialista em Educação Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade de São Carlos (USP-CRHEA), especialista em Controle da Poluição das Águas em Países Sulamericanos (JICA - Japão), mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo e doutor em Engenharia Civil - Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC-USP). Pós-Doutorado em análise isotópica estável e suas aplicações na quantificação de fluxos hidrológicos entre ecossistemas aquáticos tropicais (Departamento de Biologia da Universidade de Miami (UM/EUA) e Pós-Doutor em Engenharia pela (American World University). Atualmente é Professor Associado III do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Amapá, professor permanente dos Programas de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBio - UNIFAP/IEPA/EMBRAPA-AP/CI) e Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA). Atua nas áreas de Ciências Ambientais: : Água e Energia. Modelagem de Sistemas Ambientais, Hidráulica e Saneamento, Fenômenos de Transporte, Clima e Recursos Hídricos, Limnologia, Estatística Aplicada à Ecologia. 

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Publicado

2020-09-15

Edição

Seção

Meteorologia, Climatologia e Mudanças Climáticas

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