Diagnósticos e intervenções de enfermagem para pacientes hemodialisados com diagnóstico positivo para parasitas intestinais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2020.003.0005

Palavras-chave:

Diálise renal, Parasitas intestinais, Diagnóstico de Enfermagem, Doença renal

Resumo

Pacientes portadores de insuficiência renal crônica apresentam alta sintomotalogia na presença de enteroparasitas, o que leva a uma piora do estado de saúde desses indivíduos. Por isso, é imprescindível a identificação e caracterização dessas infecções parasitárias, sobretudo o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes. Considerando a importância dos diagnósticos de enfermagem para melhor direcionamento de cuidados que levam a melhora do estado de saúde do pacientes e considerando ainda que a presença de parasitas intestinais nestes, leva a um agravo dos sintomas e consequentemente piora o quadro de saúde e qualidade de vida, o presente estudo teve por objetivo traçar os principais diagnósticos de enfermagem (DE) e intervenções de enfermagem para pacientes hemodialisados com diagnóstico positivo e sintomáticos para parasitas intestinais. Trata-se de um estudo transversal, com amostra não probabilística, sendo a população formada por 53 indivíduos portadores de insuficiência renal crônica sob tratamento de hemodiálise, residentes no município de Cáceres/MT. Para análise descritiva foi utilizado frequência e o teste qui-quadrado de Pearson e para descrever os diagnósticos de enfermagem foi utilizado a taxonomia de Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I e para as intervenções de enfermagem a taxonomia de Classificação das Intervenções de Enfermagem – NIC. Todos os 53 participantes, apresentaram presença de pelo menos um sintoma, sendo os mais relatados: plenitude pós-prandial (58,5%), adinamia (58,5%), flatulência (50,9%), dor abdominal (39,6%), prurido e distensão abdominal (34%) e náuseas (24,5%). Para a sintomatologia referida pelos pacientes, foram detectados 11 DE classificados de acordo com a sua relevância: Motilidade gastrintestinal disfuncional; Mobilidade física prejudicada; Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais; Dor aguda; Integridade da pele prejudicada; Náusea; Diarreia; Conforto prejudicado; Risco de desequilíbrio eletrolítico; Risco de infecção e Risco de choque. O DE deve ser realizado de maneira correta e com muita atenção, afim evitar perdas e negligências de informações importantes, que podem prejudicar o cuidado com o indivíduo. Por isso, a importância do processo de enfermagem aos pacientes hemodialisados com enteroparasitoses, pois resulta em uma melhor visualização da situação de saúde do indivíduo, se atentando para achados clínicos apresentados e realizando pedido de exame de fezes de rotina, para que assim possa reconhecer situações sugestiva de enteroparasitoses e poder intervir o mais rápido possível.

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Biografia do Autor

Amaly Vidal Aziz, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT e Membro da Equipe do Projeto RCP - Enfermagem Suporte Básico de Vida: Construindo saberes para salvar vidas na comunidade (2019-atual).

Rafael Teshima de Alencar, Universidade do Estado de Mato Grosso

Bacharel em Enfermagem pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) no ano de 2019 e delegado de conferência municipal de saúde de Cáceres (2019), especialização em Auditoria no Setor de Enfermagem em andamento (FAVENI).

Shaiana Vilella Hartwing, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2007). Especialista em Urgência e Emergência em Enfermagem pelo Institucional Mato Grosso de Pós-Graduação (2008) e Nefrologia em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (2012). Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2017). Doutora em Ciências Ambientais na Universidade do Estado de Mato Grosso (2019), com pesquisa sobre a pressão arterial dos pacientes em hemodiálise e as variações meteorológicas. Tem experiência na área de enfermagem (assistencial e gestão) em nefrologia, em unidade de terapia intensiva e centro cirúrgico. Atualmente atua como docente do ensino superior em enfermagem na UNEMAT

Antonio Francisco Malheiros, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT (1992) e mestre em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA (2000). Doutor em Parasitologia pelo Programa Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (2012). Professor Adjunto da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, vinculado a Faculdade de Ciências Agrárias e Biológicas, atuando nas disciplinas de Parasitologia e Parasitologia Humana, respectivamente, nos cursos de Biologia e Enfermagem. Docente permanente do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências Ambientais da UNEMAT. Tem experiência na área da Parasitologia, atuando principalmente nas ações de vigilância em saúde; eco-epidemiologia dos agentes parasitários oriundos de seres humanos, animais domésticos e silvestres; diagnóstico coprológico de enteroparasitas (Helmintos e Protozoários); caracterização molecular de enteroprotozários (Blastocystis spp., Entamoeba spp., Giardia intestinalis entre outros); saúde pública; educação, saúde e meio ambiente; educação e saúde indígena.

Bianca Teshima de Alencar, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT (2013), Mestra em Ciências Ambientais- UNEMAT na linha de saúde, com ênfase em parasitologia humana (2018). Docente na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), atuante na disciplina de assistência de enfermagem em saúde do Adulto, enquadramento professor auxiliar. Experiência profissional nos setores de: Hemodiálise, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, G.O, Ambulatório.

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Publicado

2020-07-09

Edição

Seção

Enfermagem em Doenças Infecciosas

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