Prevalência de parasitas intestinais em escolares provenientes de dois municípios da Bahia, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2020.003.0002

Palavras-chave:

Parasitas Intestinais, Crianças, Escolares, Poliparasitismo

Resumo

As parasitoses intestinais causadas por helmintos e protozoários acometem várias pessoas, as mais infectadas são as crianças em idade escolar contribuindo para o agravamento dos problemas de saúde pública, principalmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi diagnosticar parasitas intestinais provenientes de crianças de 05 a 15 anos de idade provenientes das cidades de Salvador e Paulo Afonso, Bahia - Brasil. O estudo foi realizado no período de fevereiro de 2013 a dezembro de 2014. Foram coletadas 139 amostras fecais de escolares oriundos de Salvador e 106 amostras fecais de Paulo Afonso totalizando 245 amostras. O método de sedimentação espontânea foi utilizado para os exames das amostras fecais. Os resultados dos exames revelaram que dentre os parasitas intestinais os mais frequentes nas amostras das crianças foram os protozoários Endolimax nana com 19,38%, seguido de Entamoeba coli com 10,2% e Blastocystis spp. que apresentou 8,6% do total das amostras coletadas e analisadas. No município de Paulo Afonso os protozoários Endolimax nana (12,69%), Blastocystis spp. e Giardia lamblia ambas com (10,31%) e Entamoeba coli (7,14%) foram os mais prevalentes. Os helmintos diagnosticados no município de Salvador foram Ascaris lumbricoides (9,13%), Trichuris trichiura (3,76%) e Ancilostomídeo (2,15%), já no município de Paulo Afonso os achados foram Ascaris lumbricoides (6,3%), Ancilostomídeo e Hymenolepis nana com (1,58%) e Trichuris trichiura (0,79%). Quanto a múltiplas infecções por parasitos observou-se os seguintes percentuais: monoparasitadas 31,65% oriundos de Salvador e 31,14% de Paulo Afonso; poliparasitadas com 23,05% de Salvador e Paulo Afonso com 16,98%. Em relação a frequência de enteroparasitoses por faixa etária, no município de Salvador constatou-se mais ocorrente na faixa etária de 9–11 anos com 39,04% e no município de Paulo Afonso com a faixa etária 5–7 anos com 42,85%. Em relação a frequência de parasitoses por sexo, o feminino foi o mais infectado com 28,06% na cidade de Salvador e com 25,47% em Paulo Afonso e também com o maior percentual de poliparasitismo por sexo com 53,12% em Salvador em Paulo Afonso feminino e masculino ambos com 50%. Conclui-se que nas amostras estudadas foram encontradas uma parcela considerável de crianças infectadas. Os dados sugerem a realização de pesquisas mais aprofundadas e exames de fezes de rotina com faixa etária que corresponde as crianças de 5 a 13 anos nas cidades pesquisadas, pelo alto índice de infecções neste seguimento bem como indica possíveis problemas socioeconômicos na região estudada.

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Biografia do Autor

Marilene Aparecida Moreira, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Bacharel em Enfermagem pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2017/2) ,Pós Graduada em Saúde Coletiva e da Família (2018) e Mestranda em Ciências Ambientais - PPGCA /UNEMAT- Cáceres /MT (Título da pesquisa: Fatores determinantes de saúde: CONDIÇÕES SOCIOAMBIENTAIS DE CRIANÇAS COM ANEMIA FERROPRIVA ASSOCIADA ÀS GEOHELMINTOSES ATENDIDAS NOS LABORATÓRIOS DO SUS NO MUNICÍPIO DE CÁCERES-MT 

Yasmin Fernanda Nunes Viana, Universidade do Estado de Mato Grosso

Licenciatura Plena em Ciências Biológicas - Universidade do Estado de Mato Grosso / UNEMAT

Gilliard Lima Lima, Universidade do Estado de Mato Grosso

Enfermeiro Mestre em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, Especialista em Saúde do Trabalhador e Enfermagem do Trabalho pela Faculdade do Pantanal. Tem experiência na área de Urgência e Emergência, Gerenciamento de Atendimento Home Care, Gerontologia, Educação Permanente, elaboração de Manuais de normas e rotinas, Construção de Procedimento Operacional Padrão e palestras com temas em saúde pública. Participou de pesquisa com abordagem quantitativa e de análise clínica sobre a geohelmintíase no Brasil e atualmente desenvolve pesquisa quantitativa sobre Saúde Mental.

Tatiane Amorim de Matos, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestranda do Programa de pós graduação de Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Cuiabá (2001) e graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2014) . Fisioterapeuta da Prefeitura Municipal de Cáceres (2009) atuando na área de neuropediatria e traumatologia e docente do curso de medicina da Universidade do Estado de Mato Grosso.

Bianca Teshima de Alencar, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT (2013), Mestra em Ciências Ambientais- UNEMAT na linha de saúde, com ênfase em parasitologia humana (2018). Docente na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), atuante na disciplina de assistência de enfermagem em saúde do Adulto, enquadramento professor auxiliar. Experiência profissional nos setores de: Hemodiálise, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, G.O, Ambulatório. 

Aireno de Souza Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso

Atualmente é professor da Universidade do Estado de Mato Grosso e enfermeiro PAM - Secretaria Municipal de Saúde de Cáceres. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem em Saúde Coletiva

Antonio Francisco Malheiros, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT (1992) e mestre em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA (2000). Doutor em Parasitologia pelo Programa Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (2012). Professor Adjunto da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, vinculado a Faculdade de Ciências Agrárias e Biológicas, atuando nas disciplinas de Parasitologia e Parasitologia Humana, respectivamente, nos cursos de Biologia e Enfermagem. Docente permanente do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências Ambientais da UNEMAT. Tem experiência na área da Parasitologia, atuando principalmente nas ações de vigilância em saúde; eco-epidemiologia dos agentes parasitários oriundos de seres humanos, animais domésticos e silvestres; diagnóstico coprológico de enteroparasitas (Helmintos e Protozoários); caracterização molecular de enteroprotozários (Blastocystis spp., Entamoeba spp., Giardia intestinalis entre outros); saúde pública; educação, saúde e meio ambiente; educação e saúde indígena.

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Publicado

2020-07-09

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