Macrofauna edáfica e sua relação com sazonalidade em sistema de uso do solo, bioma cerrado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0001

Palavras-chave:

Fitofisionomias, Habitat, Invertebrados, Paisagem

Resumo

A macrofauna edáfica pode ser encontrada em ambientes naturais e antrópicos, tornando-se um indicador da biodiversidade do solo e da intensidade das atividades biológicas. Objetivou-se identificar os principais grupos taxonômicos da macrofauna edáfica e sua relação com a sazonalidade, em ambientes sistema de uso do solo do bioma Cerrado. A pesquisa foi realizada nos ambientes: Cerradão (CER), Mata dos Cocais (MDC), Corte e Queima (CEQ), Eucalipto (EUC) e Pastagem (PAS) em Chapadinha, Brasil. Os invertebrados foram coletados no período chuvoso (PC) e no período seco (PS), e identificados a nível de ordem e/ou família. Encontrou-se 1129 indivíduos no período chuvoso, distribuídos em 14 grupos taxonômicos; e no período seco, 1020 indivíduos em 11 grupos taxonômicos. Formicidae foi o que apresentou maior número de indivíduos nos dois períodos. No período chuvoso ocorreu maior número de grupos taxonômicos e de indivíduos. A riqueza de organismos não variou significativamente entre os ambientes e entre os períodos de amostragem, e a abundância demonstrou diferenças entre o CER e EUC, tanto no período chuvoso quanto no seco. Observou-se que o número de táxons identificados nos cinco ambientes foi maior na MDC e EUC (período chuvoso), EUC e CEQ (período seco). Com relação a composição da macrofauna edáfica, a PERMANOVA indicou significância para os fatores, ambiente e sazonalidade, bem como a interação entre ambos, evidenciando variações temporais diferenciadas nos pontos amostrados. O escalonamento multidimensional não-métrico dos ambientes nos períodos sazonais para 'CEQ-Seco' e 'MDC-Seco', demostrou diferenças em relação aos demais ambientes. Conclui-se que nos ambientes naturais (CER e MDC) e antropizados (CEQ, EUC e PAS) do bioma Cerrado, a macrofauna edáfica sofre alteração na distribuição de táxons influenciada pelo efeito de sazonalidade que contribui para a cobertura vegetal do solo, aumentando a serapilheira e criando novos habitats para os organismos edáficos. O grupo Formicidae foi o mais expressivo nos dois períodos sazonais, e sua distribuição foi mais representativa no período seco, por ser mais tolerante as elevadas temperaturas.

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Biografia do Autor

Charlyan de Sousa Lima, Universidade do Vale do Taquari

Doutorando em Ciências: Ambiente e Desenvolvimento (área de concentração: Espaço, Ambiente e Sociedade) pela Universidade do Vale do Taquari- Univates, Rio Grande do Sul, Brasil. Mestre em Ciência Animal pela Universidade Federal do Maranhão. Especialista em Educação Especial/Inclusiva pela Universidade Estadual do Maranhão. Especialista em Psicopedagogia pela Faculdade de Teologia Hokemãh. Graduado em: Ciências Licenciatura Habilitação em Biologia pela Universidade Estadual do Maranhão; Bacharelado em Zootecnia pela Universidade Federal do Maranhão; Licenciatura Plena em Pedagogia pela Faculdade de Educação Montenegro; Bacharelado em Teologia pela Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil. Foi estudante do Doutorado em Investigación Agraria e Forestal (2015-2016) pela Universidade da Coruña, UDC, Espanha. Pesquisador do grupo de pesquisa em Educação, Cultura, Sociedade e Políticas Públicas (UFMA). Pesquisador do Grupo interdisciplinar de estudos e pesquisas em gestão na organização (não) escolar na Amazônia (GIEPGOEA) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração de Cacoal (GEPAC), ambos da Universidade Federal da Rondônia. Pesquisador do Laboratório de Ecologia e Evolução (UNIVATES-RS) e do Laboratório de Artrópodes do Solo (CCAA/UFMA). Professor Temporário da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Professor Efetivo da Secretaria de Educação do Governo do Estado do Maranhão (SEDUC-MA). Membro do Conselho Editoral das Revistas Cientificas: Journal of Nutritional Dietetics & Probiotics (JNDPS), SCIREA Journal of Environment e SCIREA Journal of Education. Atualmente participa de pesquisas nas áreas de ecologia, mirmecologia, educação, nutrição animal e saúde pública.

Marina Schmidt Dalzochio, Universidade do Vale do Taquari

É bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2006) e Licencianda em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI (2019), mestre em Entomologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal da Grande Dourados (2009) e Doutora em Biologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2014). Entre 2014 e 2016, atuou como supervisora do Convênio de Combate à Dengue, entre a Universidade Feevale e a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo-RS. Neste, foi responsável por atividades de educação ambiental para saúde em parceria com as escolas de ensino básico do município. Foi bolsista de pós-doutorado na Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES), pelo projeto Pesquisador Visitante Especial, Ciências Sem Fronteiras do CAPES (2016-2018) e pesquisadora PNPD- Capes do PPG em Ambiente e Desenvolvimento da UNIVATES (2018). Atuou como docente da Universidade do Vale do Taquari, curso de Ciências Biológicas, no ano de 2018, ministrando as disciplinas de Zoologia de Cordados, Educação Ambiental, Biologia Celular e Anatomia e Fisiologia Animal e Humana (EAD). Tem experiência na área de Educação, Zoologia, Entomologia, Conservação de Ecossistemas aquáticos, Controle de pragas, Educação Ambiental, Ecologia e Bioestatística. 

Edison Fernandes da Silva, Universidade Federal do Maranhão

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1998), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal do Ceará (2002) e doutorado em Agronomia (Ciência do solo) pela Universidade Estadual Paulista - Jaboticabal, SP (2014). É professor Adjunto do Curso de Ciências Biológicas Universidade Federal do Maranhão em Chapadinha, atuando na área de Entomologia com ênfase em formigas residentes no solo.

Eduardo Périco, Universidade do Vale do Taquari

Apresenta graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), mestrado em Genética pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990) e doutorado em Ecologia pela Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é professor Titular do Centro Universitário Univates ligado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. É docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD), nos níveis de mestrado e doutorado. Dentro do PPGAD atua em duas áreas, Ecologia e Problemas socioambientais..Em ecologia desenvolve pesquisas relacionadas à ecologia de paisagens, especialmente sobre alterações da paisagens e suas influências sobre a fauna e flora, bem como sobre as causas e efeitos sociais dessas alterações nas populações humanas. Em problemas socioambientais trabalha com a área de determinantes ambientais em saúde, com ênfase em estatística, epidemiologia e análise espaço-temporal de doenças crônicas. Coordena o Laboratório de Ecologia e Evolução, e possui experiência na formação de recursos humanos em todos os níveis acadêmicos, iniciação científica, especialização, mestrado e doutorado. 

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Publicado

2020-02-27

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