Variação espaço-temporal de insetos com fase imatura no solo do Cerrado Nordeste do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.006.0003

Palavras-chave:

Habitat, Sazonalidade, Macrofauna do solo

Resumo

Os insetos holomoetábolos utilizam múltiplos substratos para oviposição, colocando seus ovos em frutos, sementes e tecidos animais, com muitas espécies depositando-os diretamente no solo. O objetivo deste estudo foi identificar as famílias de insetos alados com fase imatura no solo e verificar o efeito da sazonalidade climática nesta guidla guilda de insetos em diferentes condições de cobertura do solo em uma área de Cerrado Setentrional do Brasil. Os insetos adultos foram amostrados em quatro ambientes: I – mata de capoeira com serapilheira, II – mata de capoeira sem serapilheira, III – mata de galeria com serapilheira e IV – mata de galeria sem serapilheiral. Em cada ambiente de amostragem foram instaladas 6 armadilhas de emergência, equistantes 5 m uma da outra. As armadilhas permaneceram em campo durante 20 meses, ocupando cinco pontos diferentes nas transecções de 150 m plotadas em cada local de amostragem. A coleta dos insetos recém emergidos foi realizada semanalmente, com auxílio de um tubo de sucção, e identificadas em nível de familia. Os solos dos locais de amostragem foram caracterizados química e fisicamente, bem como os fatores climáticos (umidade e temperatura). Neste estudo amostrou-se um amplo número de famílias de insetos com fase imatura em solos de uma região que compõe três grandes biomas brasileiros: o Cerrado, a Caatinga e a Amazônia. O número de famílias de insetos amostradas foi afetado pela sazonalidade climática, mas não foi afetado pela variação espacial. Os índices de diversidade registrados neste estudo foram elevados, com maiores valores registrados nos locais de amostragem onde a camada de serapilheira foi preservada, evidenciando o papel da serapilheira e da matéria orgânica do solo na preservação e manutenção da diversidade biológica do solo.

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Biografia do Autor

Edison Fernandes da Silva, Universidade Federal do Maranhão

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1998), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal do Ceará (2002) e doutorado em Agronomia (Ciência do solo) pela Universidade Estadual Paulista - Jaboticabal, SP (2014). É professor Adjunto do Curso de Ciências Biológicas Universidade Federal do Maranhão em Chapadinha, atuando na área de Entomologia com ênfase em formigas residentes no solo e com apropriação de conceitos científicos na na área de Educação.

Francinaldo Soares Silva, Universidade Federal do Maranhão

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão/UFMA (1997). Mestrado em Patologia Humana pelo Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz (CPqGM), Universidade Federal da Bahia/UFBA (2002). Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia pelo programa BIONORTE/UFAM (2016). Chefe do Laboratório de Entomologia Médica (LEME) do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA/UFMA). Professor de Histologia Animal e Embriologia Comparada nos cursos de Biologia e Zootecnia (CCAA/UFMA). Professor de Biologia Celular no curso de Biologia (CCAA/UFMA). Professor permanente nos programas de pós-graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC/UFMA) e Ciências Ambientais (PPGCAM/UFMA). Tem experiência em Entomologia Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: biologia, ecologia e controle de insetos vetores (Psychodidae, Ceratopogonidae, Culicidae) e biologia e ecologia de besouros vesicantes (Coleoptera), como o potó (família Staphylinidae, gênero Paederus). Tem projetos atuais versando sobre métodos e técnicas de coleta de insetos vetores. É inventor de armadilhas para a coleta de insetos, como a Armadilha Silva (Silva Trap) para mosquitos, principalmente anofelinos, e a Armadilha Silva de Sucção (Suction Silva Trap) para flebotomíneos e outros pequenos insetos.

Luana Nascimento Silva, Universidade Federal do Maranhão

Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro de Ciências Agrarias e Ambientais, Campus IV UFMA.

Charlyan de Sousa Lima, Universidade Federal do Maranhão

Doutor em Ciências: Ambiente e Desenvolvimento pela Univates (RS-Brasil). Mestre em Ciência Animal pela UFMA, Especialista em: (1) Educação Especial/Inclusiva pela UEMA; (2) Psicopedagogia pela FATEH; (3) Metodologia de Ensino de Ciências Biológicas pela UNIASSELVI; e, (4) Libras - Língua Brasileira de Sinais pela UNIASSELVI. Graduado em: (1) Biologia pela UEMA; (2) Zootecnia pela UFMA; (3) Pedagogia pela FAM; e, (4) Teologia pela FACETEN. Foi estudante do doutoramento en Investigación Agraria e Forestal (2015-2016) pela Universidade da Coruña (UDC), Espanha. Pesquisador dos grupos de pesquisa: (1) Educação, Cultura, Sociedade e Políticas Públicas - Universidade Federal do Maranhão-UFMA/Cnpq; e, (2) Interdisciplinar de estudos e pesquisas em gestão na organização (não) escolar na Amazônia - Universidade Federal de Rondônia-UNIR/Cnpq; e, (3) Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração de Cacoal - Universidade Federal de Rondônia-UNIR/Cnpq. Membro do grupo de pesquisa Ecologia da Paisagem da Universidade do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul/Cnpq. Pesquisador dos Laboratórios de: (1) Ecologia e Evolução - Univates; e (2) Artrópodes do Solo - CCAA/UFMA. Membro do Conselho Editorial das Revistas: (1) Journal of Nutritional Dietetics & Probiotics - JNDPS, (2) Journal of Environment - SCIREA e (3) Journal of Education - SCIREA. Professor Temporário do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Maranhão e Professor Efetivo da Secretaria de Educação do Governo do Estado do Maranhão. Autor de trabalhos científicos nas áreas da ecologia, entomologia, educação, saúde, direito e zootecnia. Contato: charlyan.lima@universo.univates.br

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Publicado

2021-05-28