Análise da sustentabilidade no Rio Grande do Sul: uma aplicação espaço-temporal do barômetro da sustentabilidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.001.0038

Palavras-chave:

Indicadores de Sustentabilidade, Índice de Bem-Estar Ambiental, Índice de Bem-Estar Humano, Índice de Moran, Análise espacial

Resumo

O conceito ampliado de sustentabilidade delibera sobre o equilíbrio entre a qualidade ambiental, a prosperidade econômica e a justiça social, visando assegurar a disponibilidade dos recursos naturais renováveis e não renováveis às próximas gerações. O Rio Grande do Sul apresenta limitações relacionadas ao alto percentual de áreas antropizadas, elevado índice de potencial poluidor industrial e integra o bioma menos protegido do País. O Barômetro da Sustentabilidade é um instrumento bidimensional, que mensura o grau de sustentabilidade, através da associação de indicadores ambientais, econômicos e sociais. O objetivo deste estudo foi analisar a sustentabilidade nos municípios e no estado do Rio Grande do Sul, por meio da aplicação do Barômetro da Sustentabilidade, em dois períodos temporais, 2000 e 2016. Foram calculados os indicadores de sustentabilidade e realizada a distribuição e a análise espacial, através do Índice de Moran, a fim de identificar clusters com municípios que necessitam de intervenção eficaz urgente. O Estado foi considerado com grau intermediário de sustentabilidade, nos dois períodos, e em 16 anos houve pequena elevação no indicador, apontando para pouca tendência futura à sustentabilidade. O estudo apresenta as variáveis que mais exerceram pressão negativa, e indicou que o Barômetro da Sustentabilidade foi eficiente para analisar o grau de sustentabilidade nos municípios e no estado do Rio Grande do Sul. A distribuição espacial do grau de sustentabilidade, possibilitou compreender quais são as regiões que necessitam de intervenção urgente, e aquelas que podem ser melhoradas, uma vez que nenhum município foi considerado sustentável.

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Biografia do Autor

Jéssica Mazutti Penso de Campos, Universidade do Vale do Taquari

Enfermeira (2014), Doutora em Ambiente e Desenvolvimento (2020), Especialista em Saúde Pública com foco em Estratégia Saúde da Família (2018). Atuou como Bolsista de Mestrado (modalidade I) e bolsista de doutorado (modalidade II PROSUP/CAPES), pesquisadora colaboradora e Bolsista de Iniciação Científica (FAPERGS), principalmente no estudo acerca da relação entre aspectos ambientais em relação ao processo saúde-doença. Desenvolveu estudos sobre o papel de polimorfismos genéticos, uso de fitoterápicos e de plantas medicinais hipoglicemiantes, além da utilização da abordagem espaço-temporal em estudos epidemiológicos. Atuou como Coordenadora Municipal da Atenção Primária em Saúde, Coordenadora Municipal da Vigilância em Saúde e Enfermeira Responsável Técnica. No controle social, atuou como Presidente do Conselho Municipal de Saúde, e foi membro do Conselho Municipal de Assistência Social. Atualmente é docente de práticas de Enfermagem (UNIVATES), e Enfermeira Supervisora de Estágio Curricular II (CURES/UNIVATES). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, principalmente nos seguintes temas: avaliação dos serviços de saúde, utilização dos sistema de informação em saúde, políticas públicas de saúde, epidemiologia das condições crônicas de saúde e estatística espacial na identificação de áreas mais vulneráveis às doenças e agravos. Contato: jpenso@univates.br

Eliane Fraga da Silveira, Universidade Luterana do Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1989), mestrado em Biociências (Zoologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997). Doutorado em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS (2008). Atualmente é professora adjunto da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) (1999-), com dedicação exclusiva, atuando nos cursos de Medicina, Enfermagem, Ciências Biológicas. Tem experiência nas áreas de Ecologia, Bioestatística, Zoologia e Parasitologia, com ênfase em Interação Parasito Hospedeiro, Parasitologia aplicada à área da saúde. Responsável pelo laboratório de Invertebrados do Museu de Ciências da ULBRA (MCNU). Professora permanente do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Humano e Sociedade da Universidade Luterana do Brasil - Ulbra/Canoas.

Eduardo Périco, Universidade do Vale do Taquari

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), mestrado em Genética pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990) e doutorado em Ecologia pela Universidade de São Paulo (1997). Professor Titular da Universidade do Vale do Taquari, ligado ao Curso de Ciências Biológicas e atuando nos cursos da área da saúde. Sou docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD), nos níveis de mestrado e doutorado. Dentro do PPGAD atuo em duas áreas, Ecologia e Problemas socioambientais. Em ecologia desenvolvo pesquisas relacionadas à ecologia de paisagens, especialmente sobre alterações da paisagens e suas influências sobre a fauna e flora, bem como sobre as causas e efeitos sociais dessas alterações nas populações humanas. Em problemas socioambientais trabalho com determinantes ambientais em saúde, com ênfase em estatística, epidemiologia e análise espaço-temporal de doenças crônicas. Coordeno o Laboratório de Ecologia e Evolução, e possuo experiência na formação de recursos humanos em todos os níveis acadêmicos, iniciação científica, especialização, mestrado e doutorado.

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Publicado

2020-09-15

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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