Cidades seguras e resilientes? Das metas de desenvolvimento sustentável à mortalidade evitável em pequenos municípios

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.006.0023

Palavras-chave:

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, Territórios Sustentáveis, Violência, Agressão, Acidentes de Transporte

Resumo

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável direciona metas que perpassam o tripé do desenvolvimento sustentável, entre as metas está a redução da violência e o aumento da segurança rodoviária. O presente estudo tem por objetivo analisar o potencial para o alcance das metas de desenvolvimento sustentável da agenda de 2030, a partir do cenário da mortalidade por causas externas evitáveis. Foi realizado um estudo ecológico, com os coeficientes de mortalidade por causas externas, na população jovem dos municípios da 16ª Coordenadoria Regional da Saúde do Rio Grande do Sul, em 2014. Foram utilizados os coeficientes brutos e ajustados pelo método bayesiano empírico local, de mortalidade por causas externas e realizada a distribuição e análise espacial, através do cálculo do Índice de Moran. A correlação de Pearson possibilitou avaliar a relação entre os coeficientes de mortalidade com as variáveis: taxa de analfabetismo na população com idade ≥ 15 anos, percentual de população com idade ≥ 15 anos residente na zona urbana, renda média domiciliar per capita, taxa de desemprego na população com idade ≥ 16 anos e Produto Interno Bruto (PIB) per capita. O teste G foi utilizado para verificar a probabilidade entre o sexo e as variáveis faixa etária, cor e escolaridade das vítimas. As principais causas de mortalidade em jovens foram as agressões (40,3%) e os acidentes de transporte (37,3%). A implantação ou implementação de políticas públicas relacionadas é necessária para o alcance das metas de desenvolvimento sustentável pactuados na agenda de 2030, uma vez que a tendência para a mortalidade por causas evitáveis, como as agressões e os acidentes de trânsito, é superior à mortalidade por doenças crônicas.

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Biografia do Autor

Jéssica Mazutti Penso de Campos, Universidade do Vale do Taquari

Enfermeira (2014), Especialista em Saúde Pública com foco em Estratégia Saúde da Família (2018), Mestra (2016) e doutoranda em Ambiente e Desenvolvimento (previsão de conclusão em 2020b). Atuou como Bolsista de Mestrado (PROSUP/CAPES), pesquisadora colaboradora e enquanto Bolsista de Iniciação Científica (FAPERGS), principalmente no estudo acerca das doenças crônicas, em especial o Diabetes Mellitus. Neste contexto, desenvolveu estudos sobre o papel de polimorfismos genéticos, uso de fitoterápicos e de plantas medicinais hipoglicemiantes, além da utilização da abordagem espaço-temporal em estudos epidemiológicos. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, principalmente nos seguintes temas: avaliação dos serviços de saúde, utilização dos sistema de informação em saúde, políticas públicas de saúde, epidemiologia das condições crônicas de saúde e estatística espacial na identificação de áreas mais vulneráveis às doenças e agravos. Contato: jpenso@univates.br 

Eliane Fraga da Silveira, Universidade Luterana do Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1989), mestrado em Biociências (Zoologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997). Doutorado em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS (2008). Atualmente é professora adjunto da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) (1999-), com dedicação exclusiva, atuando nos cursos de Medicina, Enfermagem, Ciências Biológicas. Tem experiência nas áreas de Ecologia, Bioestatística, Zoologia e Parasitologia, com ênfase em Interação Parasito Hospedeiro, Parasitologia aplicada à área da saúde. Responsável pelo laboratório de Invertebrados do Museu de Ciências da ULBRA (MCNU). Professora permanente do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Humano e Sociedade da Universidade Luterana do Brasil - Ulbra/Canoas

Eduardo Périco, Universidade do Vale do Taquari

Apresenta graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), mestrado em Genética pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990) e doutorado em Ecologia pela Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é professor Titular do Centro Universitário Univates ligado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. É docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD), nos níveis de mestrado e doutorado. Dentro do PPGAD atua em duas áreas, Ecologia e Problemas socioambientais..Em ecologia desenvolve pesquisas relacionadas à ecologia de paisagens, especialmente sobre alterações da paisagens e suas influências sobre a fauna e flora, bem como sobre as causas e efeitos sociais dessas alterações nas populações humanas. Em problemas socioambientais trabalha com a área de determinantes ambientais em saúde, com ênfase em estatística, epidemiologia e análise espaço-temporal de doenças crônicas. Coordena o Laboratório de Ecologia e Evolução, e possui experiência na formação de recursos humanos em todos os níveis acadêmicos, iniciação científica, especialização, mestrado e doutorado.

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Publicado

2020-07-06

Edição

Seção

Geodésia, Cartografia e Sensoriamento Remoto

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