Estudo sobre o uso de resíduos queratinosos como biofertilizante
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.007.0010Palavras-chave:
Cultivo de alface, Gestão de resíduos, Pelo de cachorroResumo
Atualmente, observa-se um aumento expressivo no número de animais de estimação nas famílias e esse fato tem demandado maiores cuidados com esses animais, acarretando no aumento das atividades dos pet shops, que oferecem entre seus serviços, os cuidados com higiene, como a tosa, contudo, este procedimento gera grande quantidade de pelos. Os pelos são classificados como resíduos queratinosos e podem, quando descartados de forma incorreta, poluir o meio ambiente. Por isso, pesquisadores investigam formas de destinação destes resíduos como compor rações animais ou seu uso como biofertilizante. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o uso de substratos elaborados com diferentes quantidades de pelos de cães e em diferentes tempos de degradação no cultivo de alface americana. O experimento foi implantado em um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x3 (3 composições de substratos x três tempos de decomposição do pelo de cão), com 10 repetições por tratamento, onde cada repetição foi constituída por uma unidade de 1 kg contendo uma planta de alface americana cultivar Grandes Lagos, totalizando 90 unidades experimentais. A composição dos substratos empregados foi: substrato composto por 80% de solo + 20% de pelo, 90% de solo + 10% de pelo e testemunha, contendo 100% de solo, e o tempo de degradação foi de 90, 120 e 150 dias. Foram avaliados o número de folhas, o diâmetro da parte aérea, a altura da parte aérea, a massa fresca da parte aérea, o comprimento de raiz e a massa fresca da raiz. O uso de substratos contendo pelos de cachorros incorporados em diferentes quantidades e com tempos diferentes de degradação prejudicou (p<0,05) o desempenho agronômico da alface americana, a massa fresca da parte aérea e o comprimento e a massa fresca da raiz. Sugere-se que mais pesquisas sejam conduzidas, pautadas em maior tempo de degradação e/ou o uso de técnicas de hidrólise prévia da queratina presente no pelo, a fim de viabilizar o uso desse resíduo como biofertilizante.
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