Interferência do alumínio no crescimento radicular, absorção e acúmulo de fósforo em plantas de paricá

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.001.0001

Palavras-chave:

Fitotoxidez de alumínio, Schizolobium amazonicum, Análise de espectrometria, Raiz

Resumo

A espécie Schizolobium amazonicum Huber ex. Ducke (paricá), é uma espécie nativa plantada para a produção de madeira em larga escala. O bom desenvolvimento da espécie depende de fatores como a tolerância a níveis de alguns elementos tóxicos para as plantas, como o alumínio (Al3+), e de nutriente em concentrações adequadas, como o fósforo (P). Desta forma, o objetivo do estudo foi analisar o efeito do alumínio na absorção e translocação de fósforo e a presença desses elementos nas raízes de mudas de Schizolobium amazonicum Huber ex. Ducke cultivadas em solução nutritiva. O estudo foi realizado em casa de vegetação do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia (Belém/PA). Os tratamentos consistiram em duas concentrações de alumínio: 0 e 20 mg L-1, aplicados na solução nutritiva, composta por: 97 mgL-1 H2PO-4. Foi determinado o acúmulo de fósforo (P) e alumínio (Al) nas raízes e na parte aérea das plantas para se avaliar a influência da fitotoxidez nas plantas. Além disso, foram realizadas análises quali-quantitativas dos dois elementos nos tecidos radiculares, onde foi observada a presença e a porcentagem dos elementos na epiderme, no córtex e no cilindro central, através de análises de espectrometria de energia dispersiva (EDS).  Os dados de matéria seca, acúmulo de fósforo e alumínio foram submetidos ao teste de T a 1% de probabilidade no programa Bioestat 5.0. Também foram calculadas estatísticas descritivas (médias e porcentagens) para as variáveis da análise de espectrometria. As plantas tratadas com Al apresentaram baixa produção de matéria seca na parte aérea, enquanto na raiz observou-se grandes ganhos de matéria. O P e o Al tenderam a se acumular nas raízes, sendo pouco translocados para a parte aérea. O alumínio prejudicou a translocação de fósforo para a parte aérea das plantas de paricá. O P estava em maior quantidade no córtex e o alumínio na epiderme das raízes.

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Biografia do Autor

Vanessa Leao Peleja, Universidade Federal do Oeste do Pará

Engenheira Florestal, com Mestrado em agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia e doutoranda da Universidade Federal do Oeste do Pará. Experiência na área de germinação de sementes, produção de mudas, fenologia de plantas, adubação, avaliação de impacto ambiental, entre outras. Atua nas áreas de nutrição mineral de plantas, bioquímica, fisiologia vegetal, manejo do solo, planejamento ambiental. 

Fernanda llkiu Borges de Souza, Embrapa Amazônia Oriental

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1997), mestrado em Ciências Biológicas com área de concentração Botânica e doutorado em Biologia Vegetal e Recursos Naturais, com atuação em morfoanatomia vegetal, pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2000 e 2005). Atualmente é pesquisadora na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Amazônia Oriental. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em anatomia e morfologia vegetal de plantas medicinais. Atua em: prospecção de plantas medicinais, aromáticas, condimentares e ornamentais. 

Anna Karyne Costa Rego, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2013) e mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2016). Foi professora na Faculdade Master de Parauapebas - FAMAP, onde ministrou as disciplinas de metodologia científica e botânica. Foi professora substituta na Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, campus Parauapebas, onde ministrou as disciplinas de economia da produção agroflorestal, economia da produção, economia regional e do agronegócio, introdução à economia, economia, política e legislação agrária e desenvolvimento agrário na Amazônia. Atualmente está a frente da empresa Base Agroflorestal, onde coordena projetos de implantação de Sistemas Agroflorestais - SAFs na mesorregião do sudeste paraense. É doutoranda em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia e integra o banco de avaliadores (BASIs) do INEP no regulatório de reconhecimento de cursos de graduação. 

Mario Lopes da Silva Júnior, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1991), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1995) e doutorado em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2007). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal Rural da Amazônia, tutor do PET Solos, orientador da graduação e pós-graduação. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Adubação, Nutrição mineral de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: Amazônia, biomassa microbiana, Latossolo, Matéria orgânica do solo, relação solo-planta de espécies amazônicas.

Ana Catarina Siqueira Furtado, Universidade Federal Rural da Amazônia

Engenheira Florestal graduada pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Trabalhou como bolsista do Instituto tecnológico VALE no projeto CANGA para análises anatômicas e teor de metais pesados em espécies ocorrentes em afloramentos ferruginosos da região de Carajás-PA. Trabalhou como bolsista do projeto de cooperação técnica do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) com a Embrapa Amazônia Oriental para estudos de identificação de espécies e composição florística da região Norte do Brasil. Trabalhou como bolsista do CNPQ pelo projeto PIAVE (Análise comparativa de áreas de floresta restaurada e em processo natural de sucessão) no laboratório de Botânica da Embrapa Amazônia Oriental. Tem experiência nas áreas de anatomia da madeira, histoquímica vegetal de angiospermas, identificação botânica, recursos genéticos em espécies tropicais, recuperação de áreas degradadas, restauração florestal no bioma amazônico e ecologia florestal. 

Cristina Aledi Felsemburgh, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2003), mestrado em Ciências de Florestas Tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2006) e doutorado em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Oeste do Pará e membro do Colegiado de Engenharia Florestal. Tem experiência na área de Ecologia Aplicada com ênfase nos aspectos morfoanatomicos e ecofisiológicos.

Edgard Siza Tribuzy, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Amazonas(1995), mestrado em Agronomia (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Lavras(1998) e doutorado em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo(2005). Atualmente é Revisor de periódico da Revista Árvore (0100-6762), Revisor de periódico da Acta Amazonica e Professor associado da Universidade Federal do Oeste do Pará. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Fisiologia Vegetal. Atuando principalmente nos seguintes temas:Amazônia central, dossel (botânica), Temperatura, Floresta tropical, Gás carbônico e fotossíntese.

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Publicado

2020-01-06

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