Crescimento e acúmulo de biomassa de Luehea divaricata Mart. & Zucc. submetida ao sombreamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0020

Palavras-chave:

Massa seca, Luz, Clima

Resumo

Pertencente à família Malvaceae, Luehea divaricata Mart. & Zucc, é importante para serviços ecológicos de recuperação de áreas alteradas e para extração de madeira. O objetivo deste trabalho foi entender o efeito de diferentes níveis de sombreamento no desenvolvimento de plantas de Luehea divaricata e qual ambiente de luz propicia melhores condições de crescimento e desenvolvimento para a espécie. Foram aplicados quatro tratamentos: 0% (pleno sol), 30%, 50% e 70% de sombreamento. Determinou-se: crescimento em altura (h), diâmetro (d), número de folhas (NF), brotos (NB, ramificações), área foliar (AF), área foliar específica (AFE), massa seca de folhas (MSF), de caule (MSC), raiz (MSR), massa seca total (MST), e volume da raiz (Volr). As avaliações deram-se por um período de 11 meses, determinando-se as massas e Volr, ao fim do experimento. O tratamento mais sombreado teve as maiores taxas de crescimento em h, enquanto o tratamento a pleno sol, o maior crescimento em d. Em NB os tratamentos à pleno sol e 30% se destacaram, enquanto os 50% e 70% de sombreamento apresentaram as menores médias. AF obteve melhor desempenho nos tratamentos extremos (à pleno sol e o mais sombreado). Para AFE, verificou-se que no tratamento a pleno sol, os valores foram menores que aqueles obtidos nos tratamentos sombreados. As plantas à pleno sol tiveram a MSF superior à dos tratamentos sombreados, enquanto MSC foi maior para os tratamentos a pleno sol e 70%. Ocorreu maior acúmulo de biomassa total em plantas expostas em ambientes com maior luminosidade, diferindo-se dos tratamentos sombreados que apresentaram as menores médias. Plantas de L. divaricata expostas a maior luminosidade tendem a apresentar mais ramificações, e o oposto ocorre em plantas que crescem em ambientes mais sombreados, que formam menos ramificações e investem seu crescimento em altura na haste principal. Assim, a recomendação do cultivo de plantas dessa espécie depende do objetivo a qual a espécie será destinada. Se para recuperação de áreas alteradas, pode-se fazer o cultivo delas em casa de vegetação em ambientes à pleno sol; e no campo, sugere-se o plantio direto, por suportar ambientes expostos a alta luminosidade. Se o objetivo for para fins de produção de madeira, recomenda-se o cultivo da espécie em casa de vegetação em ambientes com 70% de sombreamento, e quando transplantadas para o campo, sugere-se o plantio intercalados com espécies que propicie condições de sombreamento para o estabelecimento dela.

 

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Biografia do Autor

Aldeize Santos Tribuzy, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Graduada em Engenharia Florestal, pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), com desenvolvimento de estudos ecofisiológicos em espécies florestais. Também graduada em Física (Licenciatura) - Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Mestre em Engenharia Florestal - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com desenvolvimento de pesquisa na linha: crescimento e produção florestal, com ênfase em Morfofisiologia de espécies florestais crescendo sob diferentes níveis de luminosidade. Doutorado em Clima e Ambiente pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA / UEA, com desenvolvimento de estudos no dossel superior de uma floresta de terra firme na Amazônia Central, nos períodos sazonais amazônicos, onde verificou-se a influencia do clima nas características morfoanatômicas foliares, bem como, na atividade da herbivoria de invertebrados, com a quantificação de massa e área foliar perdida por ação da herbivoria.

Luciane Almeri Tabaldi, Universidade Federal de Santa Maria

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria (2000), mestrado em Ciências Biológicas (Bioquímica Toxicológica) pela Universidade Federal de Santa Maria (2003) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (2008). Foi professora substituta do Departamento de Biologia, da Universidade Federal de Santa Maria durante os anos de 2003-2004 e 2006-2008, e Bolsista DCR CNPq/FUNDECT na Universidade Federal da Grande Dourados. Atualmente é professora associada I no Departamento de Biologia da Universidade Federal de Santa Maria. Orienta nos Programas de Pós-Graduação em Agrobiologia e Engenharia Florestal da UFSM. Tem experiência na área de Bioquímica, Fisiologia Vegetal e Plantas Medicinais, com ênfase em toxicidade do alumínio e metais pesados, enzimologia toxicológica e estresse oxidativo, atuando principalmente nos seguintes temas: toxicidade de metais, resistência de plantas a metais tóxicos, estresse oxidativo, amenizadores da toxicidade de metais, enzimologia, plantas medicinais e espécies florestais. Mãe da Maria Eduarda (Licença maternidade de Junho/2015 à Novembro/2015).

Edgard Siza Tribuzy, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Amazonas(1995), mestrado em Agronomia (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Lavras(1998), doutorado em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo(2005) e pós-doutorado pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura(2016). Atualmente é Revisor de periódico da Revista Árvore (0100-6762), Revisor de periódico da Acta Amazonica, Professor associado IV da Universidade Federal do Oeste do Pará e da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Fisiologia Vegetal. Atuando principalmente nos seguintes temas:Amazônia central, dossel (botânica), Temperatura, Floresta tropical, Gás carbônico e fotossíntese.

José Carlos Rodrigues Soares, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Doutorando em Ciências de Florestas Tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA. Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Mestre em Ciências Florestais e Ambientais pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Possui experiência em pesquisas, atuando principalmente nos seguintes temas: Ecofisiologia Vegetal, ecologia florestal, anatomia vegetal ecológica, recursos florestais e conservação da biodiversidade.

César Augusto Guimarães Finger, Universidade Federal de Santa Maria

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (1979), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1982) e doutorado em Doktoratstudium der Bodenkultur - Universität für Bodenkultur (1991). Atualmente é professor titular da Universidade Federal de Santa Maria exercendo atividades de ensino e pesquisa na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Biometria, Crescimento e Produção Florestal, Estruturação da Produção Florestal. Exerceu a Coordenação do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal, por mais de dez anos, em períodos diversos. A partir de janeiro de 2014 à maio de 2018 foi assessor do reitor da Universidade Federal de Santa Maria para Assuntos Internacionais, dirigindo a Secretaria de Assuntos Internacionais. Aposentou-se em fevereiro de 2018 e desde então exerce a docência e orientação em mestrado e doutorado no Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal da UFSM como professor voluntário. Entre abril de 2019 a março de 2020 foi Professor Visitante Senior no Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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