Caracterização biométrica e composicão química do fruto de Caryocar villosum (Aubl.) Pers. nativo da Amazônia

Autores

  • Carla Tatiane Borges Leandro Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Elcio Meira da Fonseca Junior Universidade Federal do Oeste do Pará http://orcid.org/0000-0002-5025-7096
  • Fabrizia Sayuri Otani Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Cristina Aledi Felsemburgh Universidade Federal do Oeste do Pará

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.006.0028

Palavras-chave:

Piquiá, Composição Centesimal, Biometria

Resumo

Caryocar villosum (Aubl.). Pers (Caryocaraceae) é uma espécie da Amazônia de uso múltiplo, seja da madeira, seja dos frutos utilizados na alimentação, seja para obtenção do óleo. Objetivou-se, com este estudo, realizar a caracterização física, avaliar a correlação dos dados e determinar a composição química de frutos de piquiá coletados em Piquiatuba, Floresta Nacional do Tapajós (FLONA), Belterra (PA). Em laboratório, mensurou-se o diâmetro longitudinal (DL), diâmetro transversal (DT), massa fresca (MF) do fruto, da casca, da polpa e do pirênio, rendimento da polpa (%) e composição química (umidade, cinzas, proteínas, carboidratos e lipídeos). Os dados físicos foram analisados por distribuição de frequência e realizada correlação de Pearson (r), enquanto os dados de composição química foram expressos em média ± desvio-padrão. Os frutos apresentaram DL e DT variando, respectivamente, entre 76 a 106mm e 75 a 130mm. A MF dos maiores frutos foi de 758,78g e dos menores 262,45g. Já a MF da casca variou entre 158g a 603g, enquanto a MF dos pirênios com polpa variou entre 61g a 271g. A MF da polpa variou entre 31g e 91g, com maior frequência entre 41 e 51g, enquanto o rendimento da polpa variou entre 8% e 20%. Verificou-se correlação positiva entre o diâmetro longitudinal (DL) e massa fresca (MF) da casca (r = 0,8421 , p<0,05) MF do fruto e diâmetro transversal (DT) (r = 0,7264 , p<0,05) , DT e MF da casca (r = 0,7866 , p<0,05), MF do fruto e MF da casca (r = 0,9169 , p<0,05), MF do pirênio e MF da polpa (r = 0,8626 , p<0,05) e MF do fruto e MF da polpa (r = 0,6717 , p<0,05). Sobre a análise de composição química, verificou-se que o piquiá é rico em lipídeos e carboidratos com, respectivamente, 23,65% e 26,74% de sua composição. Também representa uma boa fonte proteica com 15,69% e elevado grau de umidade com 32,55% de composição da polpa além de resíduo mineral fixo (cinzas) de 1,37%. Com base nos resultados, considera-se que as características físicas dos frutos sugerem variabilidade das plantas de piquiá encontradas na área de coleta e a composição química potencial para aproveitamento da polpa como fonte de calorias, proteínas e minerais.

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Biografia do Autor

Carla Tatiane Borges Leandro, Universidade Federal do Oeste do Pará

Atuante na área de produção agropecuária, com foco em fisiologia vegetal e analise físico-química de alimentos. 

Elcio Meira da Fonseca Junior, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES, 2005), mestrado e doutorado em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV, 2007-2011) e Pós-Doutorado em Microbiologia Agrícola (UFV, 2012). Atualmente é professor adjunto IV na Universidade Federal do Oeste do Pará rministrando disciplinas de Bioquímica, Fisiologia Vegetal e Cultura de Tecidos Vegetais. Tem experiência em Bioquímica, Fisiologia Vegetal e Biotecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas: bioquímica vegetal, estresse oxidativo, enzimologia, germinação de sementes e cultura de tecidos vegetais. 

Fabrizia Sayuri Otani, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006), mestrado em Aquicultura pelo Centro de Aquicultura da Unesp (2009) e doutorado em Aquicultura pelo Centro de Aquicultura da Unesp (2012). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Oeste do Pará. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Aquicultura e Tecnologia de Produtos de Origem Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologia de alimentos, tecnologia de pescado, nutrição e alimentação, peixes ornamentais e controle de qualidade. Também está Coordenadora do Laboratório de Tecnologia de Produtos de Origem Animal (LTPOA) e Diretora de Extensão da Pró-Reitoria da Cultura, Comunidade e Extensão (Procce), da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Cristina Aledi Felsemburgh, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2003), mestrado em Ciências de Florestas Tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2006) e doutorado em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Oeste do Pará. Tem experiência na área de Ecologia e Botânica com ênfase nos aspectos morfoanatomicos e ecofisiológicos. 

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Publicado

2018-07-03