Stress hídrico determina a dieta de Tetragonopterus argenteus (CUVIER, 1816) no Pantanal Norte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.004.0016

Palavras-chave:

Ecologia trófica, Ictiofauna, Variação sazonal

Resumo

O entendimento da dieta alimentar de peixes é uma importante ferramenta na obtenção de informações sobre a estrutura das comunidades aquáticas e interações biológicas, principalmente no que se refere à qualidade ambiental. Entretanto, no Pantanal, o pulso de inundação acarreta uma transformação ambiental que promove uma dinâmica na dieta de várias espécies de peixes, e aquelas espécies-base de cadeia alimentar podem sofrer uma pressão ainda maior devido a amplitude hídrica e disponibilidade dos recursos alimentares. Assim, neste trabalho, foi realizada a descrição dos recursos alimentares explorados por Tetragonopterus argenteus no Rio Paraguai, Pantanal Norte, Cáceres (MT), nos períodos de enchente (2012), cheia, vazante e estiagem (2013). Os espécimes foram coletados e levados para o laboratório de Ictiologia da UNEMAT, onde foi realizado a pesagem, evisceração, e caracterização dieta baseada na frequência de ocorrência (% Fi), proporção volumétrica (% Vi), combinados ao Índice Alimentar (IAi %), bem como através do diagrama de Costello e curva de rarefação. A alimentação de T. argenteus variou durante os períodos do ciclo hidrológico com itens como macroinvertebrados, material vegetal e resto de peixes. T. argenteus pode ser classificado como herbívoro oportunista e que ocorre uma influência do pulso de inundação na dieta, alterando a disponibilidade dos itens alimentares no decorrer do ciclo hidrológico, bem como a possível interferência das cevas no hábito alimentar de espécies usadas como iscas pela população local.

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Biografia do Autor

Claumir Cesar Muniz, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (1996), especialização em Educação Ambiental para Conservação do Pantanal, também pela Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT (2001), mestrado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal de Mato Grosso (2005) e Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar (2010). Pós Doutorado em Ecologia Aquática e Biologia Animal pela Radboud University, Netherlands. Professor Adjunto da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT e pesquisador do Centro de Pesquisa em Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal - CELBE_UNEMAT nas seguintes áreas: ictiofauna, limnologia e conservação da biodiversidade. Atualmente exerce a função de Diretor de Gestão de Pesquisa junto a Pró Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação na UNEMAT. Faz parte do Corpo docente no Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA-UNEMAT) e Mestrado Profissional em Rede em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (PROFAGUA).Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (1996), especialização em Educação Ambiental para Conservação do Pantanal, também pela Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT (2001), mestrado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal de Mato Grosso (2005) e Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar (2010). Pós Doutorado em Ecologia Aquática e Biologia Animal pela Radboud University, Netherlands. Professor Adjunto da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT e pesquisador do Centro de Pesquisa em Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal - CELBE_UNEMAT nas seguintes áreas: ictiofauna, limnologia e conservação da biodiversidade. Atualmente exerce a função de Diretor de Gestão de Pesquisa junto a Pró Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação na UNEMAT,. Faz parte do Corpo docente no Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA-UNEMAT) e Mestrado Profissional em Rede em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (PROFAGUA).

Alani Coelho Flamini, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2013), bacharelado em Farmácia pela Faculdade do Pantanal (2017) e pós graduação em Metodologia do Ensino de Biologia e Química pela Universidade Candido Mendes (2016).

Daniel Zanella Kantek, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (2002), mestrado em Genética pela Universidade Federal do Paraná (2005) e doutorado pela Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência na área de citogenética de peixes/animal, atuando principalmente nos seguintes temas: astyanax, citogenética,rio Iguaçu, rio Piumhi, triploidia e siluriformes. Desde 2007 é Analista Ambiental (Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, atuando na Gestão de Unidades de Conservação, lotado na Estação Ecológica de Taiamã/MT, bioma Pantanal. Desenvolve também projetos de pesquisa com aves aquáticas, peixes e onças-pintadas da região da Estação.

Wilkinson Lopes Lázaro, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduado em Ciências Biológicas e Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Doutor em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é pesquisador do Centro de Estudos em Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal da Universidade do Estado de Mato grosso. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: biogeoquímica de poluentes metálicos e organo-metálicos em ambientes aquáticos, uso de traçadores em estudos de processos de produção de MeHg em áreas alagadas, limnologia, ecologia de algas perifíticas, ecologia de macrófitas aquáticas, ecologia de comunidades icticas, estatística bayesiana/popperiana, desenho amostral, programação em R e Matlab. Membro do Grupo Conceitos Ecológicos e Etnológicos Aplicados a Conservação da Água e da Biodiversidade do Pantanal. 

Acisa Raimunda de Souza, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Ciências Biológicas e mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Ecologia, com macrofauna fitófila. 

Ernandes Sobreira Oliveira Junior, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciencias Biologicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2007). É mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal de Mato Grosso (2010). É doutor pela Radboud University / Nijmegen - Holanda (2018) avaliando o efeito de modificadores ecossistêmicos nos fluxos dos gases do efeito estufa. Tem experiência na área de Ecologia e Limnologia, atuando principalmente nos seguintes temas:Gases do Efeito estufa, Pantanal, Ambientes aquáticos e Conservação da Biodiversidade. 

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Publicado

2019-09-04

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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