Atividade fungitóxica de extratos de Piper sp. contra os fungos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.003.0005

Palavras-chave:

Atividade Fungitóxica, Fitopatógenos, Extratos

Resumo

A busca por mecanismos que podem ajudar no controle de fitopatógenos tem sido recorrente, tendo como fonte a diversidade biológica, dada à sua variabilidade, fornecendo compostos com ação farmacológica diversa, tal qual no combate de microrganismos. Estudos relatam o uso de extratos contra os fungos fitopatogênicos com o objetivo de manter um equilíbrio destes patógenos, por estes causarem grandes danos em diversas culturas agrícolas. Por tanto este trabalho tem como objetivo testar extratos de Piper sp. contra os fungos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii, patógenos de extrema importância na cultura do feijoeiro. Desta forma, foram coletadas na casa de vegetação da Embrapa Rondônia, talos e folhas de Piper sp. e, após sua maceração, em solução extratora tampão PBS 0,1 M obteve-se os extratos, na proporção 1:10 (p/v, g/mL). Os extratos foram adicionados ao meio BDA semi-sólido na proporção 1/100 (V/V) sendo em seguida homogeneizados e vertidos em placas de petri. No centro das placas, discos de micélio dos patógenos foram depositados, sendo vedadas e incubadas em câmara B.O.D. por até 96h, sob condições controladas de temperatura e fotoperíodo de 12h. A atividade antifúngica dos extratos também foi avaliada em experimento in vivo, conduzido em casa de vegetação. Para tanto, plântulas de feijoeiro foram inoculadas com os patógenos e testadas com diferentes concentrações dos extratos de Piper sp. Foram avaliadas 6 concentrações, com 5 repetições por tratamento. Como controles foram usados tampão PBS 0,1 M e os fungicidas Amistar e Vitavax, conforme recomendação do fabricante. As avaliações foram realizadas diariamente, a partir do segundo dia de incubação, nas quais foram feitas as medições do halo de crescimento dos fungos, por meio de um paquímetro, até que a medição das placas que continham o grupo controle com PBS atingissem a borda das mesmas. Dos extratos testados, o extrato de talo promoveu inibição do crescimento de R. solani estatisticamente superior ao efeito do fungicida comercial, enquanto que contra S. rolfsii, embora o extrato tenha sido eficiente, o efeito foi inferior ao do fungicida testado. Este trabalho permite inferir que extratos de Piper sp. apresentaram atividades significativas contra os fungos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii. Novos testes serão realizados para verificar sua eficiência in vivo (campo).

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Biografia do Autor

Cleberson de Freitas Fernandes, Universidade Federal do Ceará

possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará (1995), mestrado em Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará (1998) e doutorado em Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará (2004) e pelo Institute of Phytopathology and Applied Zoology, Giessen, Alemanha, dentro do Programa DAAD/CAPES/CNPq. Pesquisador A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa. Atua como Docente e Orientador no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - PPG-Bionorte e no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia de Recursos Naturais da Universidade Federal do Ceará (UFC). Tem experiência na área de Bioquímica Vegetal e Fitopatologia, com ênfase em respostas de defesa ao ataque de patógenos, atuando principalmente nos seguintes temas: mecanismo de defesa de plantas, estresse oxidativo, proteínas vegetais de defesa, análises microscópicas e moleculares da interação planta-patógeno. Atua também na identificação e caracterização de compostos bioativos para o controle de patógenos de interesse agropecuário.

José Roberto Vieira Junior, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF (2001) e doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal de Viçosa (2005). Em 2006, atuou como pesquisador-Bolsista de Desenvolvimento Científico Regional, na Universidade Estadual do Norte Fluminense- UENF. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Controle biológico e alternativo de doenças de plantas, epidemiologia e controle de doenças de plantas, microbiologia agrícola. Atualmente, é pesquisador na área de fitopatologia, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, no Centro de Pesquisas Agroflorestais de Rondônia e, desde a fundação em 2013, é membro do programa de pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal de Rondônia. 

Taciára Letícia Oliveira Mendes, Faculdades Integradas Aparício Carvalho

Graduada em Agronomia em Dezembro de 2016, na Faculdades Integradas Aparício Carvalho - FIMCA. Estagiou no Laboratório de Fitopatologia, em 2016, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa RO

Tamiris Chaves Freire, Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação em Agronomia pelas Faculdades Integradas Aparício Carvalho (2013). Bolsista no laboratório de fitopatologia desde 2012. Mestra em ciências ambientais pela UNIR/EMBRAPA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela REDE Bionorte. Tem experiência na área de fitopatologia, atuando principalmente com: Rhizoctonia solani; Phaseolus vulgaris; Coffea canephora; Nematoides-das-galhas e Hemileia vastatrix. Participação em projetos de pesquisa: Prospecção e validação de substâncias bioativas como estratégia de controle para fitopatógenos (2013 - 2016). Bolsista FUNAPE no projeto "Novas estratégias químicas no controle de Meloidogyne em cafeeiro" (2016). Habilitada em emissão de CFO/CFOC.

Simone Carvalho Sangi, Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação (Bacharelado e Licenciatura) em Ciências Biológicas pela Faculdade São Lucas (2014). Mestra em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Rondônia UNIR (2018). Integrante (Estagiária) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA RO).

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Publicado

2018-05-23

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