Ouriço da castanha do Pará (Bertholettia excelsa): caracterização e seus possíveis usos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.004.0015

Palavras-chave:

Resíduos agroindustriais, Castanha-do-Pará, Adsorção

Resumo

A manipulação de materiais provenientes da indústria agrícola gera no decorrer da produção, grandes quantidades de resíduos orgânicos da agricultura e indústria, causando várias questões no ambiente resultante da concentração e descarte em áreas indevidas. A diversidade biológica da flora na floresta amazônica é de grande proporção, sendo eles os vegetais e seus respectivos frutos, podendo assim destacar-se a castanha-do-Pará que é retirada da planta com família lecythidaceae, com espécie bertholettia excelsa e seus frutos contendo sementes. A grande maioria da colheita brasileira de castanha-do-Pará é designada à utilização natural, entretanto quando são desaprovadas pelo mercado internacional por demonstrar-se danificadas ou fragmentadas, estas não são consumidas. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar o ouriço da castanha-do-Pará através de técnicas analíticas, estrutural e de caracterização química, a fim de propor possíveis usos para esse material e seus subprodutos gerados na extração e no seu processamento agroindustrial. Para realizar a caracterização do resíduo da castanha-do-Pará foram utilizadas técnicas de infravermelho (IV) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Os resultados da análise do IV apresentaram bandas que confirmam que o resíduo estudado possui em sua composição os principais constituintes da biomassa vegetal: celulose, hemicelulose e lignina, sendo considerado como resíduo lignocelulósico. As imagens obtidas na análise de MEV revelaram uma superfície fibrosa e irregular. Foram evidenciadas grandes perspectivas para a utilização do fruto, tanto em processos de adsorção utilizando o material como carvão ativado, carvão vegetal e biofertilizante.

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Biografia do Autor

Francisco Bento dos Santos, Universidade de Fortaleza

Possui graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário Unifanor Wyden (2019). Cursando Especialização em Projeto e Gestão de Resíduos Sólidos – Pós | Unifor – Previsão de término – Jul/2022. Auxiliar de Operações – Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia - Asmoc.

Carla Bastos Vidal, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Doutorado em Engenharia Civil (Recursos Hídricos) pela Universidade Federal do Ceará, Brasil(2015)
Professor adjunto A da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil.

Ari Clecius Alves de Lima, Universidade Federal do Ceará

Doutorado em Engenharia Civil (Recursos Hídricos) pela Universidade Federal do Ceará, Brasil(2015)
Coordenador do Laboratório de Resíduos Sólido da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará, Brasil.

Eduardo Antonio Maia Lins , Instituto Federal de Pernambuco

O pesquisador possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco (2000). Especialista em Gestão Ambiental pela Universidade de Pernambuco (2012), tendo obtido os títulos de Mestre (2003) e Doutor (2011) nos anos anteriores pela Universidade Federal de Pernambuco onde se especializou em Geotecnia Ambiental. Atualmente é Professor do Instituto Federal de Pernambuco (Campus Recife), onde coordena o Grupo de Poluição e Contaminação Ambiental do IFPE, lotado no departamento de Saneamento. Também leciona na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) no departamento de Engenharia Ambiental, Química, Ciências Biológicas e Civil, onde também é coordenador do Curso de Especialização "Gestão e Controle de Áreas Contaminadas por Resíduos Sólidos". Professor permanente do Mestrado do Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP) na área de gestão de resíduos sólidos e contaminação ambiental. Perito Ambiental na área de Contaminação e Remediação de áreas contaminadas por resíduos sólidos.

Publicado

2022-07-02

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