Uso sustentável da cinza de eucalipto no cultivo de Beta vulgaris

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0021

Palavras-chave:

Beterraba, Biomassa vegetal, Fertilidade, Resíduos

Resumo

A preocupação com a origem e o modo de produção agrícola sustentável tem despertado interesse na realização de pesquisas com produtos oriundos da agroindústria, que gera grande volume de resíduos orgânicos. A cinza produzida pelos processos agroindustriais é um destes resíduos, estimando que sua produção mundial seja de 750 milhões de toneladas por ano e apenas metade deste volume tem reutilização de uma forma sustentável. O objetivo deste trabalho foi analisar a interação da cinza de cavaco de eucalipto em solo argiloso e arenoso através da análise química e avaliar o desenvolvimento da beterraba sob diferentes dosagens de cinza. O delineamento experimental foi realizado em blocos inteiramente casualizados, com arranjo fatorial de 2X6, sendo dois tipos de solo e seis tratamentos, tendo sete repetições cada arranjo. Os atributos físicos e químicos dos dois solos e da cinza de eucalipto foram avaliados. As variáveis analisadas foram números de folhas, diâmetro da raiz, comprimento da raiz, massa verde da parte aérea, massa seca da parte aérea, massa verde da raiz, massa seca da raiz de beterraba. Os resultados foram submetidos a análise de variância (5%) , ao teste de Tukey (5%) e teste de regressão de probabilidade a 5%. A cinza utilizada apresentou quantidade razoável de nitrogênio (N) e cálcio (Ca) e apenas traços de magnésio (Mg), com alta relação Ca/Mg e pH alcalino. Observou-se um aumento nos teores dos nutrientes no solo, assim como reduziu a disponibilidade de alumínio, elevando o pH, deixando os nutrientes essenciais em melhor disponibilidade para serem absorvidos no sistema radicular da planta. Os teores de MO, P, K, Ca, Mg no solo elevaram-se, de acordo com o aumento das doses aplicadas, melhorando o pH, CTC, SB e V%, proporcionando melhor desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea da planta de beterraba. O solo argiloso foi o que demonstrou melhores respostas com a incorporação da cinza vegetal, tanto nas características químicas do solo, quanto no desenvolvimento da beterraba. Os resultados indicaram que a cinza vegetal como corretivo e fertilizante melhora as características químicas do solo. A dose de cinza vegetal que proporcionou melhores características biométricas e acarretou em maior produção de beterraba foi de 28 g/dm3. O fornecimento de cinzas no solo contribuiu para o desenvolvimento destas raízes.

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Biografia do Autor

Gabriela Magdalena Sartorelli da Silva Margonar, Centro de Ensino Superior de Maringá

Possui graduação em Agronomia pelo Centro de Ensino Superior de Maringá (2018) e mestrado em TECNOLOGIAS LIMPAS pelo Centro de Ensino Superior de Maringá (2021). Atualmente é engenheira agronôma da Vert Sollus Soluções em Agronegócio e gerente administrativo/financeiro da Cooperativa dos Agricultores Familiares da Região de Maringá, prestando ainda serviços de assistência técnica e extensão rural aos cooperados. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitotecnia, atuando principalmente em Produção sustentável e Olericultura. Possui ainda experiência em Crédito Rural, Perícias, Gestão de Cooperativas e Consultoria Ambiental.

Edneia Aparecida de Souza Paccola, Centro de Ensino Superior de Maringá

Possui licenciatura e bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Especialização em Didática e Metodologia do Ensino - Universidade Norte do Paraná, UNOPAR. Mestrado e doutorado em Ciências Agrárias pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em fitopatologia, atuou principalmente nos seguintes temas: Colletotrichum sublineolum (antracnose), Lentinula edodes (shiitake), fungos micorrízicos (FMA), microscopia eletrônica de varredura e transmissão e recombinação genética. Atualmente é membro do corpo docente, colegiado e NDE do curso de Agronomia da Universidade Cesumar (Campi Maringá/PR). E membro do corpo docente permanente e do colegiado do Mestrado em Tecnologias Limpas ? Sustentabilidade Ambiental da Universidade Cesumar, além de ser bolsista Produtividade do ICETI - Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação. Líder do grupo de pesquisa em Ecoeficiência Urbana. Trabalha em projetos que envolvem a Ecoeficiência Urbana como práticas de compostagem de resíduos orgânicos e a educação socioambiental para a população, uso de resíduos orgânicos para produção agrícola, estudo sócio ambiental com materiais recicláveis e com a ecoeficiência de recursos hídricos.

Francielli Gasparotto, Centro de Ensino Superior de Maringá

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá (2004), mestrado em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá (2006) e doutorado em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá (2010). Professora Adjunta do Centro Universitário Cesumar (UniCesumar), atuando como professora permanente do curso de Mestrado em Tecnologias Limpas e nos cursos de graduação em Agronomia e Tecnologia em Agronegócios. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, Microbiologia do Solo e Produção Agrícola Sustentável. 

Edison Schmidt Filho, Centro de Ensino Superior de Maringá

Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Paraná (1993), mestrado em Ciências do Solo pela Universidade Federal do Paraná (2001) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal do Paraná (2006). Atualmente é coordenador e professor do curso de Agronomia, atua como membro docente no curso de Mestrado em Tecnologias Limpas (PPGTL), do Centro Universitário de Maringá. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: consultoria educacional, avaliação de reconhecimento de cursos de graduação, conservação do solo, poluição do solo, meio ambiente, planejamento agrícola, readequação de estradas rurais e sistemas de monitoramento e tratamento de dados de emissão de material particulado na atmosfera.

Fabiana Maestá dos Santos, Centro de Ensino Superior de Maringá

Mestre em Tecnologias Limpas pela UNICESUMAR. Especialista em Sistemas de Gestão Integrados pelo SENAC. Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá. Atua como analista de meio ambiente em uma agroindústria. Experiência na área de gestão ambiental do setor sucroalcooleiro e da produção de biodiesel com atividades relacionadas aos processos de licenciamento ambiental junto aos órgãos competentes nas esferas federal, estadual e municipal, gestão de resíduos sólidos industriais e emissões de manifestos de transporte de resíduos (MTR) via SINIR, controle da poluição, tratamento de águas e efluentes industriais, bem como atividades de educação ambiental.

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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