Influência do inóculo na co-digestão anaeróbia de resíduos alimentares e grama
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.001.0014Palavras-chave:
inóculo, co-digestão anaeróbia, biogás, resíduos alimentares, gramaResumo
O inóculo configura-se como importante parâmetro no desempenho da digestão anaeróbia, uma vez que fornece a comunidade microbiana necessária ao início do processo de conversão e estabilização da matéria orgânica, contribuindo para o equilíbrio de outros parâmetros essenciais ao funcionamento da digestão, a exemplo do pH. Dado as vantagens da utilização de um sistema com alto teor de sólidos e a lacuna existente na literatura sobre a relação substrato/inóculo para tais sistemas, a presente pesquisa teve como objetivo verificar a influência da quantidade de inóculo na digestão anaeróbia de resíduos alimentares e grama com alto teor de sólidos. Para tal, quantificou-se a produção acumulada de biogás, redução de sólidos voláteis e pH da massa digerida. A influência do teor de inóculo foi verificada por meio da variação de 100 para 200 ml, mantidas as mesmas proporções de grama e resíduos alimentares. O ensaio de digestão foi conduzido tomando como base as normas alemãs VDI 4630 e DIN 38 414 (S8), e os resultados analisados através de teste de hipótese para duas amostras. Verificou-se uma redução de sólidos voláteis de 14% a mais para a triplicata com 200 ml, bem como uma produção de biogás e pH, cerca de 3,4 e 2,6 vezes maior, se comparado à de 100 ml. Com 5% de significância concluiu-se que o aumento da quantidade de inóculo contribui para o aumento médio da geração de biogás. Infere-se, neste contexto, que o volume de 100 ml não foi eficiente para fornecer a quantidade de microrganismos suficientes para superar a produção de ácidos orgânicos voláteis, que ocorre em maior quantidade após o primeiro dia de incubação. Deste modo, depreende-se que a quantidade de inóculo possui um papel relevante na geração de biogás, que vai além do controle do pH.
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