Arquitetura de ninhos de Dinoponera gigantea Perty, 1833, (Hymenoptera:Formicidae) no Cerrado Norte Nordeste do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.008.0003

Palavras-chave:

Nidificação, Solo, Ponerinae

Resumo

As formigas constroem ninhos em diferentes substratos, acima do solo ocupam tronco de árvores, ocupando-os interna e externamente. No solo as formigas constroem ninhos com uma amplitute de variação estrutural e arquitetônica. A diversidade estrutural e arquitetônica dos ninhos de formigas nos solos é resultante da manifestação de fatores íntrinsecos (tamanho da colônia, ritmo de atividade interna do formigueiro, dentre outros) e de fatores extrínsecos como sazonalidade pretende descrever a arquitetura de ninhos de Dinoponera gigantea, Perty, 1833, em duas ordens de solo em área de Cerrado do Nordeste do Brasil. Foram selecionados 12 formigueiros de Dinoponera gigantea, Perry,1833, seis um Latossolo Amarelo e seis em um Neossolo Flúvico.  Os ninhos selecionados foram moldados com cimento e em seguida escavados para obtenção das medidas de diâmetro do orifício de entradas dos ninhos, da profundidade dos formigueiros, das medidas de altura, largura e comprimento das câmaras e galerias. Os ninhos moldados no Neossolo Flúvico têm profundidades que variam de 14,5 cm a 43 cm, com média de 9 câmaras e volume médio de 322,61 cm³, todos com 2 a 3 aberturas de acesso. Os ninhos moldados no Latossolo Amarelo a profundidade variou entre 29 cm e 62 cm e apresentou um número médio de 9 câmaras, com volume médio total de 103,01 cm³, e com 2 aberturas de acesso de entrada e saída de formato elipsoide de diâmetros entre 2 cm a 3 cm. A análise dos dados mostrou que os ninhos de D. gigantea dos solos estudados são estatisticamente semelhantes. No entanto, foi é possível observar que os ninhos encontrados no Latossolo são mais profundos e apresenta um padrão com maior regularaidade geométrica, enquanto os ninhos encontrados no Neossolo Flúvico são menos profundos e com menor regularidade geométrica. As diferenças de design e de profundidade dos ninhos de D. gigantea nesses dois solos estão relacionadas às condições de cobertura vegetal, de temperatura e dos índices de estabilidade e agregados desses dois solos.

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Biografia do Autor

Edison Fernandes da Silva, Universidade Federal do Maranhão

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1998), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal do Ceará (2002) e doutorado em Agronomia (Ciência do solo) pela Universidade Estadual Paulista - Jaboticabal, SP (2014). É professor Adjunto do Curso de Ciências Biológicas Universidade Federal do Maranhão em Chapadinha, atuando na área de Entomologia com ênfase em formigas residentes no solo e com apropriação de conceitos científicos na na área de Educação. 

Thamyris Borges Romão, Universidade Federal do Maranhão

Possui graduação em ciencias biologicas pela Universidade Federal do Maranhão(2014), graduação em PEDAGOGIA pela FACULDADES-INTEGRADAS DE CRUZEIRO(2015), especialização em Ensino de Genética pela Universidade Estadual do Maranhão(2016) e especialização em GESTÃO INTERDISCIPLINAR DO MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL pelo INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO(2015).

Railda Silva Gomes, Universidade Federal do Maranhão

Graduanda do Curso de Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão, Campus de Ciências Agrárias e Ambientais-CCAA. Desenvolve pesquisa no Laboratório de Artrópodes do Solo, sob a orientação do Prof. Dr. Edison Fernandes da Silva. Desenvolve pesquisa com artrópodes do solo com ênfase na zoologia da espécie Dinoponera gigantea; relações ecológicas (inquilinismo) e comportamento da espécie. 

Gilcyvan Costa de Sousa, Universidade Federal do Maranhão

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Centro de Ensino Dr. Paulo Ramos(2018). Tem experiência na área de Zoologia. 

Charlyan de Sousa Lima, Universidade Federal do Maranhão

Doutor em Ciências: Ambiente e Desenvolvimento pela Univates (RS-Brasil). Mestre em Ciência Animal pela UFMA, Especialista em: (1) Educação Especial/Inclusiva pela UEMA; (2) Psicopedagogia pela FATEH; (3) Metodologia de Ensino de Ciências Biológicas pela UNIASSELVI; e, (4) Libras - Língua Brasileira de Sinais pela UNIASSELVI. Graduado em: (1) Biologia pela UEMA; (2) Zootecnia pela UFMA; (3) Pedagogia pela FAM; e, (4) Teologia pela FACETEN. Foi estudante do doutoramento en Investigación Agraria e Forestal (2015-2016) pela Universidade da Coruña (UDC), Espanha. Pesquisador dos grupos de pesquisa: (1) Educação, Cultura, Sociedade e Políticas Públicas - Universidade Federal do Maranhão-UFMA/Cnpq; e, (2) Interdisciplinar de estudos e pesquisas em gestão na organização (não) escolar na Amazônia - Universidade Federal de Rondônia-UNIR/Cnpq; e, (3) Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração de Cacoal - Universidade Federal de Rondônia-UNIR/Cnpq. Membro do grupo de pesquisa Ecologia da Paisagem da Universidade do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul/Cnpq. Pesquisador dos Laboratórios de: (1) Ecologia e Evolução - Univates; e (2) Artrópodes do Solo - CCAA/UFMA. Membro do Conselho Editorial das Revistas: (1) Journal of Nutritional Dietetics & Probiotics - JNDPS, (2) Journal of Environment - SCIREA e (3) Journal of Education - SCIREA. Editor Chefe da Editora Alfa Ciência. Atuou como Professor Substituto da Universidade Federal do Maranhão, Campus de São Bernardo. Atualmente é Professor do curso de Enfermagem da Faculdade Santa Luzia, Professor Temporário do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Maranhão (Programa Ensinar) e Professor Efetivo da Secretaria de Educação do Governo do Estado do Maranhão. Experiência em docência do ensino superior, orientação de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), editoração e publicação de e-books. Autor de trabalhos científicos nas áreas da ecologia, entomologia, educação, saúde, direito e zootecnia. Contato: charlyan.lima@universo.univates.br

Ana Yoshi Harada, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Licenciatura Plena Em Ciências Biológicas pela Universidad e Federal do Pará (1975), mestrado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1982) e doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pela Universidade Federal do Paraná (1988). Especialização em Biologia pela Secretaria de Estado de Educação, SEDUC/MEC (1976) e Especialização em Sistemática Zoológica pelo CNPq (1982). Atuou com pesquisadora no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1979 a 1996). Atua como é pesquisadora titular III no Museu Paraense Emílio Goeldi, desde 1996, onde Coordenou o Curso de posgraduacao em Zoologia (UFPA/MPEG), foi curadora da Coleção de Invertebrados do MPEG. Atualmente, Coordenadora do Programa de Estudos Costeiros (PEC/MPEG), colaboradora do Programa de Posgraduacao em Agronomia (PPGAGRO) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Entomologia, atuando principalmente nos seguintes temas: amazonia, Formicidae, Taxonomia, sistemática, ecologia, zoologia e diversidade.

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Publicado

2021-08-22

Edição

v. 12 n. 8 (2021): Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais - Ago 2021

Seção

Ciências do Solo

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