Avaliação do efeito da sazonalidade na qualidade da água superficial no rio Guamá, Belém, PA

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0043

Palabras clave:

Sazonalidade, rio Guamá, Qualidade da água, IET, Precipitação

Resumen

A água, como solvente universal, tem funções fundamentais como diluir e transportar materiais. Nesse sentido, a questão da urbanização tem modificado as condições da qualidade da água superficial. A cidade de Belém está entre os piores índices de saneamento básico nacional agravando as problemáticas nos seus cursos hídricos. Com isso, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da sazonalidade das chuvas na qualidade do rio Guamá, importante para o sistema de abastecimento público da cidade. O estudo foi realizado na sub-bacia do baixo Guamá, trecho Belém, em que se percebe interferência da urbanização e turismo. Coletaram-se amostras de água do rio em oito pontos distintos no mês de outubro, menos chuvoso, e dezembro, mais chuvoso. De acordo com a estatística descritiva, os parâmetros pH, fósforo total (PT) e turbidez mostraram-se na maioria dos pontos em desconformidade com a legislação. Na estatística multivariada observou-se o agrupamento de dois grupos distintos em ambos períodos sazonais, o grupo “A” teve característica de um ambiente aquático poluído pela proximidade à área urbana e no grupo “B” ainda não é expressiva a interferência antrópica. A precipitação teve influência sobre os parâmetros sólidos totais (ST), clorofila a (CLa), PT e oxigênio dissolvido (OD). Para IET obteve-se os níveis mesotrófico, eutrófico e supereutrófico para o período de menor precipitação e o nível ultraoligotrófico para o de maior precipitação. Os parâmetros pH e turbidez são características intrínseca ao tipo de água branca do rio Guamá e não necessariamente sua desconformidade com a legislação nacional mostra-se uma qualidade ruim. Já o comportamento de PT indica uma possível contaminação por fontes pontuais no período menos chuvoso por esgoto doméstico. O teste de Mann-Whitney se mostrou importante para comparar os dois períodos resultando na diferença significativa para CLa, PT, ST e OD. Portanto, pontos amostrais mais próximos a área urbana estão com maior comprometimento da qualidade da água, visto as inúmeras interferências antrópicas no ambiente. Outro ponto, considerado turístico, com presença de restaurantes, hotelaria e residências locais, é observado o comprometimento da qualidade da água, uma vez que a área demanda também de boas condições sanitárias. Por fim, os pontos mais afastados da urbanização caracterizaram-se pela preservação hídrica.

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Biografía del autor/a

Gysele Maria Morais Costa, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Naturais com habilitação em Química pela Universidade do Estado do Pará (UEPA - 2018). Especialista em Análise Ambiental pela Universidade Federal do Pará (UFPA - 2019). Mestre em Ciências Ambientais (UEPA) e Doutoranda em Ciências Ambientais (UFPA). Pesquisa com foco na qualidade da água, estuários, eutrofização, ensino de química e história da química.

Hebe Morganne Campos Ribeiro, Universidade do Estado do Pará

Hebe Morganne Campos Ribeiro é Química e atua na área de Qualidade de Águas, investigando parâmetros físicos, químicos e hidrobiológicos. Possui mestrado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (1992) e doutorado em Engenharia Elétrica Com Ênfase Em Hidrelétricas pela Universidade Federal do Pará (2008). É professora Titular da Universidade do Estado do Pará, professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará desde 2011 e professora permanente do Programa de Pós-Graduação a nível de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia desde 2020.Atualmente é coordenadora do laboratório de hidrocarboneto da Universidade do Estado do Pará e Professora Titular da UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Análise de Traços e Química Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, água, contaminantes, monitoramento e qualidade. 

Danielle Nazaré Salgado Mamede Pantoja, Universidade do Estado do Pará

Possui graduação em BIOMEDICINA pela Universidade Federal do Pará (2004). Atualmente é biomédica no Laboratório Central do Estado do Pará, chefe da seção de microbiologia da Divisão de Análises de Produtos e Meio Ambiente , Auditora Interna da Qualidade e responsável pelo setor de Microbiologia da Água - Laboratório Central do Estado do Pará. Mestre em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará na área de Qualidade, Manejo e Conservação de recursos hídricos. Doutoranda em Ciências Ambientais na área de recursos hídricos.Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em análise microbiológica na área de microbiologia ambiental e de produtos.

Altem Nascimento Pontes, Universidade do Estado do Pará

Licenciado em Física pela Universidade Federal do Pará (1991); Bacharel em Física pela Universidade Federal do Pará (1994); Mestre em Geofísica pela Universidade Federal do Pará (1995) e Doutor em Ciências, na modalidade Física, pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal do Pará e Professor Adjunto IV da Universidade do Estado do Pará. Sua linha de pesquisa é Estudos e Pesquisas Interdisciplinares que envolvam Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação, Cultura, Saúde e/ou Meio Ambiente. Outra linha de pesquisa de interesse é a Modelagem Ambiental e Ecológica de Ecossistemas Amazônicos.

Eliane de Castro Coutinho, Universidade do Estado do Pará

Possui Doutorado em Ciências Ambientais, na área de Física do Clima, pela Universidade Federal do Pará / Museo Emílio Goeldi / Empresa Brasileira de Agropecuária (2016), Mestrado em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (1999), Especialização em Meteorologia Tropical pela Universidade Federal do Pará e em Educação em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e Graduação em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (1993). Atualmente é professora assistente IV, com tempo integral e dedicação exclusiva da Universidade do Estado do Pará. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: ondas de leste, poluição atmosférica, conforto térmico, planejamento urbano, agrometeorologia e recursos hídricos. Atualmente é Diretora do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia da UEPA, Vice-Coordenadora do Mestrado em Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia, Coordenador do Curso de Especialização em Gestão Pública e Coordenadora do Curso de Especialização em Gestão e Direito Ambiental.

Adriana Oliveira Bordalo, Universidade do Estado do Pará

Graduada em Química Industrial pela Universidade Federal do Pará (1996), Mestra em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (2000) e Doutora em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (2020). Atualmente é funcionária concursada da Universidade do Estado do Pará-UEPA com o cargo de Técnico em Química Industrial Nivel Superior, trabalhando no Laboratório de Águas - LABÁGUA/PCT-GUAMÀ. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Geoquímica Isotópica, Oceanografia Química, caracterização Química de água e efluentes, adicionalmente atuou na área de Controle de Qualidade em Alimentos. Mãe de dois filhos, esteve em licença maternidade de setembro de 2009 à abril de 2010.

Rafael Ribeiro Meireles, Universidade do Estado do Pará

Graduado em Engenharia Ambiental. Monitor na Universidade do Estado do Pará nos anos de 2019 e 2018. Estagiário na empresa de consultoria ambiental Sustentar Engenharia e Meio Ambiente, no ano de 2018. Bolsista do projeto "Tratamento de esgoto e proteção dos recursos hídricos" do Banco da Amazônia, no ano de 2018. Voluntário da ENACTUS, no ano de 2017.

Publicado

2021-12-18

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