Estudo do uso de conchas de sururu (Mytella falcata) no controle de pH da manipueira em reator anaerobio UASB

Autores

  • Claudionor de Oliveira Silva Universidade Estadual de Alagoas
  • Alenilda Oliveira da Silva Instituto Federal de Alagoas
  • Débora Átila dos Santos Timoteo Universidade Federal de Alagoas
  • Marília Batista dos Santos Instituto Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2179-6858.2013.002.0007

Palavras-chave:

Reator Anaeróbio, Conchas de Sururu, Manipueira

Resumo

Durante o processamento da prensagem das raízes de mandioca são gerados vários resíduos, dentre eles destaca-se a manipueira, efluente este que contêm alta carga de poluição devido o volume e teor de matéria orgânica. Esse resíduo quando descartado de forma inadequada pode causar uma série de impactos ao meio ambiente, tais como, a contaminação do solo e lençol freático, além de causar danos à saúde pública. Uma alternativa para sanar o impacto gerado é a biodigestão anaeróbia, usando conchas de sururu para estabilizar a acidez da mesma, tornando o pH propício para o crescimento de micro-organismos metanogênicos, e com isso ocorra a substituição de reagentes químicos como solução de NaOH pelas conchas no processo. Assim, o trabalho teve como objetivo principal avaliar o estudo do uso de conchas de sururu (Mytella falcata) no controle do pH da manipueira em reator anaeróbio UASB. O projeto foi desenvolvido durante 91 dias. O tratamento anaeróbio da manipueira foi realizado com separação de fases, na alimentação do reator, a fase acidogênica ocorreu no período de 24 horas e de 72 horas para fase metanogênica. Utilizou-se 262 ml de efluente, o qual era diluído em água completando um total de 5,262 litros, quantidade diária de abastecimento do reator metanogênico. O processo de alimentação do reator foi contínuo e operado de forma ascendente, com tempo de retenção hidráulica (TRH) de três dias, durante todo o experimento. Durante o experimento foram coletadas amostras nos pontos: entrada do sistema de sururu (ESS), saída do sistema de sururu (SSS)e saída do reator metanogênico (SRM), sendo avaliados os parâmetros: pH e sólidos totais (ST). Os resultados demonstraram que o sistema de conchas teve um bom funcionamento, mostrando estabilidade do pH a partir da primeira semana de operação, a qual apresentou uma média de pH entre 6,44 e 6,63 na SSS, e de 6,75 e 7,23 na SRM, além de uma redução global de 47,87% de ST. Portanto, o tratamento com as conchas apresentou um resultado promissor para o controle do pH da manipueira substituindo o uso de reagentes químicos, tais como o NaOH.

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Biografia do Autor

Claudionor de Oliveira Silva, Universidade Estadual de Alagoas

Possui graduação em geografia - AEB - AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM - PE (2001), Graduado em Gestão Ambiental - Estácio (2014),Especialização em Recursos Hídricos - Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC (2007), Especialização em Programação do Ensino de História pela Universidade de Pernambuco-UPE(2003), e Mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal de Alagoas (2009). Atualmente é professor substituto da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em TRATAMENTO E GESTÃO DE RESÍDUOS, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestão de resíduos Sólidos, lixão, aterro sanitário, consórcio intermunicipal, geografia e meio ambiente, impactos ambientais, recuperação de lixões, cemitérios e necrochorume.

Alenilda Oliveira da Silva, Instituto Federal de Alagoas

Graduação em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Alagoas, Campus Marechal Deodoro - AL

Débora Átila dos Santos Timoteo, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Alagoas.

Marília Batista dos Santos, Instituto Federal de Alagoas

Possui graduação em Tecnólogo em Gestão Ambiental (2013). Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Ciências Ambientais.

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Publicado

2014-01-31

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