Movimentos socioespaciais: um estudo dos trabalhadores sazonais do município de São José da Laje, Alagoas

Autores

  • Socorro da Silva Onório Universidade Estadual de Alagoas
  • Claudionor de Oliveira Silva Universidade Estadual de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2179-6858.2012.001.0003

Palavras-chave:

Movimentos Socioespaciais, Desterritorialização, Trabalho Migrante

Resumo

Pretendendo-se compreender as transformações socioeconômicas, políticas e culturais que ocorrem no espaço geográfico e que levariam ao deslocamento da população em vastas porções do território brasileiro, é que convém analisar devidamente quais as forças atuantes e que contribuíram para desencadear o processo de migração em São José da Laje, bem como as transformações históricas e estruturais que dela fazem parte. Partindo desse pressuposto, optou-se por discutir os fluxos migratórios atentando para a mobilidade do trabalho fatigante dos boias-frias, o qual será condição sine qua non das discussões aqui referenciadas. É lícito lembrar que estes trabalhadores são as vítimas mais evidentes do processo de desterritorialização, sendo, porém, elementos constituintes da riqueza dos grandes monopólios da cana-de-açúcar, atividade, sobretudo capitalista. É com base nestes preceitos que o trabalho teve por objetivo principal averiguar as relações de poder que se estabelecem através dos fluxos migratórios e as novas territorialidades, identificando também os fatores que impulsionam o movimento da população e os impactos socioculturais causados por esses processos. O trabalho é parte de uma pesquisa exploratória e a metodologia aplicada teve enfoque sócio históricos, estruturais e dialéticos na qual foi levado em consideração à fala e a vivência sociocultural do trabalhador migrante. A pesquisa in lócus demonstrou que o movimento sócio espaciais dos trabalhadores sazonais, tem de certo modo causado uma perda significativa de população. Detectou-se que a cada ano tem sido bastante expressivo o número de migrantes que saem em busca de melhores condições de vida e valorização profissional. A pesquisa demonstrou também que esses trabalhadores são vítimas do processo de desterritorialização, isso porque são forçados a se deslocarem de sua terra natal para desempenharem funções diferentes nas regiões de destino.

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Biografia do Autor

Socorro da Silva Onório, Universidade Estadual de Alagoas

Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL (2011). Graduanda do Curso de Licenciatura em Biologia à distância, ofertado pelo Instituto Federal de Ciência Educação e Tecnologia de Alagoas - IFAL. Tem experiência nas áreas degeografia humana com enfoque nos temas: homem e sociedade/ Subárea: trabalho e economia; Geografia e ensino. Atualmente desenvolve uma pesquisa na área de Movimentos socioespacias/ Subárea: Emprego e sazonalidade (desenvolvimento econômico e exclusão socioespacial).

Claudionor de Oliveira Silva, Universidade Estadual de Alagoas

Possui graduação em geografia - AEB-AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM (2001) e mestrado em Recursos Hidricos e Saneamento pela Universidade Federal de Alagoas (2009). Atualmente é professor substituto da Universidade Estadual de Alagoas e contratado do Instituto Federal de Alagoas - Matriz. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em TRATAMENTO E GESTÃO DE RESÍDUOS, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia, lixão, aterro sanitário, consorcio intermunicipal e reflorestamento.

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Publicado

2012-06-04

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais

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