Avaliação do desempenho zootécnico de linhagens melhoradas de tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) na Amazônia central

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.005.0022

Palavras-chave:

Crescimento, Tambaqui-Curumim, Melhoramento Genético, Piscicultura, Amazonas

Resumo

Tambaqui Colossoma macropomum  (Cuvier, 1818) é a principal espécie nativa criada no país, representando quase 40% da produção de pescado do país. Programas de melhoramento genético para essa espécie estão em curso, em especial na região Amazônica. O presente estudo teve como objetivo avaliar o desempenho zootécnico de três linhagens melhoradas e 01 linhagem selvagem de tambaqui no tempo de 122 dias, para visando obter peixes 500g, conhecido localmente como “tambaqui curumim”. Foram utilizados 160 juvenis, com 60 dias de vida, sendo 40 peixes por linhagem, estando todos identificados com microchips e estocados em único viveiro escavado de 600m2, sob as mesmas condições de criação, com densidade de 0,26 peixes.m-2. Os peixes foram alimentados com ração comercial e realizadas biometrias mensais ao longo de quatro meses. As variáveis da qualidade da água mantiveram-se dentro dos níveis aceitáveis para o cultivo da espécie, exceto o oxigênio dissolvido que se ficou em média abaixo de 5mg/L-1, durante os períodos matutinos. As linhagens melhoradas apresentaram diferença significativa no ganho de peso e taxa de crescimento específico. Somente uma das linhagens (C) diferiu no ganho de peso em relação aos peixes selvagens. Essa mesma linhagem apresentou a maior taxa de crescimento específico. A relação comprimento da cabeça/comprimento padrão (CCAB/CP) diferiu entre as linhagens, sendo menor na linhagem A e selvagem. Os dados mostram que todas as linhagens atingiram peso médio aproximado de 900g em 122 dias,  o que é superior aos estudos de criação de tambaqui curumim no mesmo período de 500 a 700g. Em relação aos índices de desempenho zootécnico e morfometria do tambaqui, podemos afirmar que o programa de melhoramento de tambaqui ainda necessita de maiores estudos para desenvolver linhagens que obtenham maior ganho de peso em relação aos parentais selvagens, no mesmo período de criação.

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Biografia do Autor

Viviann Greicy Batista Leal, Universidade Federal do Amazonas

Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal do Amazonas (2016). Mestrado em Ciência Animal, pela Universidade Federal do Amazonas (2019). Com experiência em reprodução de peixes nativos e melhoramento genético de tambaqui Colossoma macroopomum.

Ronãn Alves de Freitas, Centro de Tecnologia, Treinamento e Produção em Aquicultura

Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Amazonas (2008) e mestrado em Ciências Pesqueiras Nos Trópicos pela Universidade Federal do Amazonas (2011). Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Engenharia de Pesca, atuando principalmente nos seguintes temas: Nutrição e alimentação de peixes, Ecossistemas Amazônicos, Criação de peixes em Tanques-rede e Propagação induzida de espécies naturais Amazônicas.

Antonia da Silva Hipy, Centro de Tecnologia, Treinamento e Produção em Aquicultura

Possui graduação em ciências biológicas pela Universidade Nilton Lins (2011), atuando principalmente nos seguintes temas: parasitos de brânquias de sardinha. Atuou como estagiária na área de Recursos Pesqueiros e Aquicultura no Amazonas em 2009 a 2010 na Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado do Amazonas, onde posteriormente atuou como auxiliar de projetos de 2011 a 2014 na Estação de Piscicultura de Balbina/ CTTPA. Tem experiência no monitoramento de qualidade de água, sanidade, capacitação em boas práticas de manejo em sanidade e beneficiamento do pescado.

Fernanda Ferreira Loureiro Almeida, Embrapa Amazônia Ocidental

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2000). Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Fisiopatologia da Reprodução Animal. Mestre em Reprodução Animal pela Escola de Veterinária da UFMG, dissertação em desenvolvimento celular da espermatogênese do Javali (Sus scrofa scrofa), defendida em 2002. PhD pela Universidade de Utrecht (Holanda), tese defendida em 2009 sobre puberdade do bacalhau do Atlântico (Gadus morhua), estudo desenvolvido na Noruega, junto ao Instituto de Pesquisa Marinha da Noruega (IMR-NO). Realizou pós doutorado no grupo de Biologia do Desenvolvimento (Developmental Biology) na Universidade de Utrecht. Tem experiência na área de Biologia Celular e Molecular com ênfase em Diferenciação Sexual e Reprodução de Peixes Teleósteos (endocrinologia da reprodução de peixes machos e fêmeas, eixo hipotálamo-hipófise-gônada, regulação genética e molecular da gametogênese e esteroidogênese de teleósteos). Atualmente é pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, CPAA, em Manaus - AM, Brasil.

Adriano Teixeira de Oliveira, Instituto Federal do Amazonas

É graduado em Biologia pela Universidade do Estado do Amazonas (2005), possui Mestrado (2008) e Doutorado(2013) em Diversidade Biológica pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). É professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), atuando no Campus Manaus Centro. È professor permanente no Programa de Pós Graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos (CIPET) da UFAM e do Programa de Pós Graduação Profissional de Ensino Tecnológico do IFAM. Atualmente possui um projeto financiado pela FAPEAM/CNPq-PPP onde realiza pesquisas sobre ecofisiologia e caracterização de parasitas sanguíneos de arraias de água doce da Região Metropolitana de Manaus, Amazonas. Possui 32 artigos publicados em periódicos, 7 capítulos de livros, 10 trabalhos completos em eventos, 32 resumos expandidos, 105 resumos, orientou 56 monografias de graduação, 1 tese de doutorado, 4 dissertações de mestrado, 4 iniciação científica e 7 iniciações científicas-jr. Atualmente orienta e co-orienta dois alunos de doutorado e orienta três alunos de mestrado. Atua na linha de pesquisa de Ecofisiologia Comparada, onde desenvolve pesquisas na área de hematologia, citoquímica e ultraestrutura, associada aos ambientes naturais em peixes ornamentais, peixes comestíveis, jacarés, testudineos e com especial ênfase nas arraias de água doce. Também vem atuando na linha de pesquisa de etnoictiologia de peixes ornamentais, peixes empregados na pesca esportiva e comestível. Atua em metodologias alternativas para o ensino dos integrantes do reino Animal e suas correlações diretas e indiretas na área Biológica.

Paulo Henrique Rocha Aride, Instituto Federal do Amazonas

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula (1995), mestrado e doutorado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1998/2003). Atualmente é Professor Permanente do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFAM - Campus Manaus Centro), Professor Permanente do Programa de Pós Graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos da Universidade Federal do Amazonas (CIPET / UFAM), Professor do ProfEPT (IFES Nacional) e Pesquisador colaborador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (LEEM / INPA). Atuando principalmente nos seguintes temas: Piscicultura, Limnologia, Fisiologia animal aplicada e Ecologia

Jackson Pantoja-Lima, Instituto Federal do Amazonas

Tem formação técnica em Recursos Pesqueiros de Águas Continentais pela Escola Agrotécnica Federal de Manaus (1998), graduado em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Amazonas (2003), mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior (2007) e Doutorado em Ecologia (2012) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Universidade Federal do Amazonas. Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM) Campus Presidente Figueiredo. Representou o IFAM no Conselho Estadual de Pesca e Aquicultura do Amazonas - CONEPA. Atuou como membro do Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura. Atua como professor/orientador permanente no Mestrado e Doutorado do Programa de Pós Graduação em Ciências Pesqueira nos Trópicos - CIPET e Ciência Animal (PPGCAN), ambos da UFAM. Tem experiência em aquicultura e ecologia aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: piscicultura na Amazônia, nutrição, manejo alimentar, conservação de quelônios e jacarés, etnoecologia, diagnósticos rurais participativos, manejo de lagos e pesca de subsistência na Amazônia.

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Publicado

2020-06-05

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