Contaminação por Cr, Cu, Pb e Fe nos sedimentos do riacho Capivara-Imperatriz, MA, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.003.0009

Palavras-chave:

Fração Geoquímica, Extração Sequencial, Urbanização

Resumo

Os sedimentos em virtude da sua capacidade de reter e acumular metais podem refletir a qualidade da água e registrar os efeitos das emissões antrópicas. Este estudo teve por objetivo determinar a concentração de Fe (II), Cu (II), Cr (VI) e Pb (II) nas frações geoquímicas dos sedimentos do Riacho Capivara, na cidade de Imperatriz/MA por intermédio de extração sequencial afim de avaliar a biodisponibilidade, os mecanismos de distribuição dessas espécies metálicas e obter informação sobre a influência da urbanização no processo de degradação desse corpo hídrico. Os sedimentos foram coletados em dois pontos de amostragem. As diferentes formas químicas em que os metais podem estar associados aos sedimentos foi realizado por extração sequencial de acordo com a metodologia proposta por ‘Europan Communites Bareau of Reference’ (BCR) que consiste em submeter a amostra em quatro etapas sequenciais (trocáveis, fase óxidos de Fe e Mn, fase matéria orgânica, residual). A concentração das espécies metálicas foi determinada por espectrometria de absorção atômica em chama (FAAS), com corretor de fundo com lâmpada de deutério. Os estudos de fracionamento indicaram que as espécies metálicas Cu, Cr e Fe no ponto dentro do perímetro urbano foram encontradas na fração disponível ou lábeis. Já o Pb foi encontrado na fração residual, em ambos pontos amostrais e o Fe no ponto fora do perímetro urbano indicando baixa disponibilidade no corpo hídrico. Os resultados obtidos permitiram concluir que os sedimentos do Riacho Capivara sofrem interferências do meio urbano. A sequência de disponibilidade dos metais estudados foi Cu > Cr > Pb > Fe no ponto fora do perímetro urbano e Cu > Fe > Cr > Pb no ponto dentro do perímetro urbano.  A variação observada para Índice Geoquímico e Fator de Risco Ambiental provavelmente refletem a complexidade do quadro de deterioração desses corpos hídricos, marcada pela descarga intermitente de resíduos sanitários e pelo assoreamento e erosão do solo observada ao longo do percurso investigado.

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Biografia do Autor

Gleison Pereira Costa, Instituto Federal do Maranhão

Possui graduação em Química pela Universidade Estadual do Maranhão (2009). Atualmente é téc de laboratório da Fundação Universidade Federal do Tocantins e professor da Universidade Estadual do Maranhão. , atuando principalmente nos seguintes temas: extração seqüencial, sedimentos, faas., sedimentos, mpt, disponibilidade, material particulado, kd, metais, sedimentos, biodisponibilidade, faas. e sedimentos, mpt, extração seqüencial.

Bruno Lucio Meneses Nascimento, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão

Possui Graduação em Ciências Licenciatura com Habilitação em Biologia. Especialização em Orientação Educacional. Mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal do Ceará (2013). Doutorado em Engenharia Civil com Ênfase em Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Ceará (2017). Tem experiência na área de Química, Biologia, Meio Ambiente, Agronomia, Engenharias I, Saneamento Ambiental e Educação (Ensino e aprendizagem). Professor Adjunto I da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão-UEMASUL- Campus Açailândia. Atua também como Coordenador do Curso de Tecnologia em Agronegócio e Administração da Faculdade Vale do Aço-FAVALE. Consultor Ambiental e Instrutor do Senar- AR Maranhão. É revisor de diversos periódicos e Consultor Ad Hoc da Fundação de Amparo a Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão- FAPEMA

Rafael de Oliveira Araújo, Universidade Estadual do Maranhão

Possui graduação em Geografia Licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão (2017). Tem especialização em Metodologia do Ensino Superior pela (UEMASUL, 2018). Atualmente é Mestrando no programa de pós-graduação em Geografia, Natureza e Dinâmica do Espaço pela (PPGeo/UEMA), e estudante de Engenharia Florestal da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão. É pesquisador do Grupo de Pesquisa Economia Regional Inovação e Meio Ambiente (ERIMA). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: bacia hidrográfica, rede de drenagem, riacho capivara, riacho bacuri e analise integrada.

Luís Carlos Araújo dos Santos, Universidade Estadual do Maranhão

Possui graduação em Geografia Licenciatura pela Universidade Federal do Maranhão(1996), graduação em Geografia Bacharel pela Universidade Federal do Maranhão(1998), especialização em Economia Rural pela Universidade Estadual do Maranhão(1998), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho(2001) e doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho(2012). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Estadual do Maranhão, Adjunto III da Universidade Estadual do Maranhão, Revisor de projeto de fomento do Fundação de Amparo à Pesquisa ao Desenvolv. Científico e Tecnológico - MA, Revisor de periódico da Revista Tocantinense de Geografia, Membro de corpo editorial da EdUEMA e Membro de corpo editorial do InterEspaço - Revista de Geografia e Interdisciplinaridade. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física. Atuando principalmente nos seguintes temas:Bacia Hidrográfica, Análise Cartográfica, Ocupação urbana, Ambiente.

Jorge Diniz de Oliveira, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão UFMA (1978) e em Curso Emergencial de Licenciatura Plena Esquema I pelo Centro de Estudos Superiores de Imperatriz-CESI/UEMA (1995). Mestrado em Química Inorgânica pela Universidade Federal do Ceará (1998) e Doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-UNESP-Araraquara-SP (2006) (Espectrometria Atômica com Chama (FAAS). Atualmente professor adjunto IV da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão lecionando as disciplinas Química dos Compostos de Coordenação e Química Ambiental. Atua no programa de Pós-Graduação Mestrado Agricultura e Ambiente da UEMA como professor permanente lecionando a disciplina Química Agroambiental. Têm experiência na área de Química com ênfase em Química Ambiental atuando nos seguintes temas: Metais Potencialmente Tóxicos em Ecossistemas Aquático e Terrestres, Fitorremediação de Metais Potencialmente Tóxicos em Solos Antropizados, Bioindicadores de Metais Potencialmente Tóxicos e Biossorção de Metais Potencialmente Tóxicos, Especiação de Metais em Sedimentos, em Águas Superficiais, Águas Intersticiais, Solos e Frutos Inatura.

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Publicado

2020-05-18

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