Efeito antimicrobiano de plantas medicinais: uma revisão de estudos científicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.004.0006

Palavras-chave:

Antibacteriano, Antifúngico, Produtos Naturais

Resumo

A utilização de plantas medicinais no tratamento de doenças remonta a antiguidade. Vários estudos científicos demonstram os efeitos (tanto positivos quanto negativos) da utilização de plantas medicinais. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura para identificar o efeito antimicrobiano de 12 plantas medicinais constantes nas listas do RENISUS e RENAME. Para tanto, realizou-se a pesquisa no Portal de Periódicos da CAPES, utilizando o nome científico da planta e o termo “antimicrobial”. Foram incluídos artigos completos que demonstrem o efeito antimicrobiano das plantas medicinais estudadas. Como resultado, foi analisado um total de 97 artigos completos, cujo assunto era diretamente relacionado aos objetivos do estudo, sendo equivalente a 1,23% do total encontrado. Com isso, foi possível visualizar que as espécies Schinus terebinthifolia (aroeira-vermelha), Glycine max (soja) e Mentha x piperita (hortelã) são as com maior número de publicações com a comprovação do efeito medicinal, sugerindo o sucesso de seu uso em estudos. Em todas as espécies o efeito medicinal é comprovado, visto que estas estão citadas nas listas oficiais de uso no Sistema Único de Saúde (SUS), porém, Cynara scolymus, Harpagophytum procumbens, Maytenus ilicifolia e Rhamnus purshiana não foram constadas nos artigos selecionados, demonstrando a necessidade por atualizações científicas a respeito de sua atividade antimicrobiana, uma vez que em artigos excluídos, foram citados. Foi constatado também que, embora foram utilizadas diversas partes das plantas, o predomínio foi do uso das folhas.A utilização de plantas medicinais no tratamento de doenças retoma à antiguidade. Vários estudos científicos demonstram os efeitos, tanto positivos, quanto negativos da utilização de plantas medicinais. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura para identificar o efeito antimicrobiano de 12 plantas medicinais constantes nas listas do RENISUS e RENAME. Para tanto, realizou-se a pesquisa no Portal de Periódicos da CAPES, utilizando o nome científico da planta e o termo ‘antimicrobial’. Foram incluídos artigos completos que demonstrem o efeito antimicrobiano das plantas medicinais estudadas. Como resultado, foi analisado um total de 97 artigos completos, cujo assunto era diretamente relacionado aos objetivos do estudo, sendo equivalente a 1,23% do total encontrado. Com isso, foi possível visualizar que as espécies Schinus terebinthifolia (aroeira-vermelha), Glycine max (soja) e Mentha x piperita (hortelã) são as com maior número de publicações com a comprovação do efeito medicinal, sugerindo o sucesso de seu uso em estudos. Em todas as espécies o efeito medicinal é comprovado, visto que estas estão citadas nas listas oficiais de uso no Sistema Único de Saúde (SUS), porém, Cynara scolymus, Harpagophytum procumbens, Maytenus ilicifolia e Rhamnus purshiana não foram constadas nos artigos selecionados, demonstrando a necessidade por atualizações científicas a respeito de sua atividade antimicrobiana, uma vez que em artigos excluídos, foram citados. Foi constatado, também, que, embora foram utilizadas diversas partes das plantas, o predomínio foi do uso das folhas.

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Biografia do Autor

Claudete Rempel, Universidade do Vale do Taquari

Possui graduação em Ciências Habilitação Plena em Biologia (Licenciatura) pela Univates (1997), mestrado em Sensoriamento Remoto pela UFRGS (2000) e doutorado em Ecologia pela UFRGS (2009). Cursou três especializações: Planejamento Energético e Ambiental (UFRGS), Gestão Universitária (Univates) e Educação e Saúde (UFRGS/Univates). Atualmente é professora titular da Universidade do Vale do Taquari - Univates, atuando no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento e no Mestrado Profissional em Sistemas Ambientais Sustentáveis. É docente do Centro de Ciências Médicas, atuando no Curso de Medicina com Estudo da Medicina e Saúde e Sociedade. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Paisagem, e também tem experiência na área de Saúde Coletiva atuando principalmente com qualidade de vida. Na área de Ciências Ambientais, a ênfase dos estudos é em indicadores de Sustentabilidade Ambiental. É bolsista de produtividade em pesquisa, nível 2, do CNPq.

Mônica Jachetti Maciel, Universidade do Vale do Taquari

Possui graduação em Ciências Biológicas - Licenciatura (2007/B) e especialização em Tecnologia de Alimentos pela Univates (2009). É mestre (2011) em Higiene Aplicada à Alimentos de Origem Animal pelo Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos (ICTA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora na especialidade Epidemiologia, Saneamento e Profilaxia, linha de pesquisa Saneamento Aplicado à Saúde e Produção Animal, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias (UFRGS). Professora da Universidade do Vale do Taquari- Univates, atuando em diversos cursos, ministrando as disciplinas de Microbiologia Ambiental, Microbiologia Geral, Microbiologia e Imunologia, Microbiologia Industrial, Microbiologia de Alimentos, Parasitologia, Metodologia da Pesquisa e Introdução à Pesquisa. Atualmente faz parte do corpo docente e do conselho do PPGSAS/ Univates, stricto sensu (Programa de Pós- Graduação em Sistemas Ambientais Sustentáveis). Possui experiência na área de microbiologia de alimentos, ambiental e plantas medicinais com atividade antimicrobiana.

Patrícia Caye Bergmann, Universidade do Vale do Taquari

Bacharelado pela Universidade do Vale do Taquari UNIVATES e atualmente é Bolsista de Iniciação Científica no projeto de pesquisa denominado "Sustentabilidade em Propriedades Rurais Produtoras de Leite", atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade do leite, levantamentos fitossociológicos, água de dessedentação animal e solo de pastagem (análises laboratoriais). É proficiente em Língua Inglesa (CEFR) e possui experiência com o idioma no exterior, durante um semestre de estudos na Halmstad University (Suécia), obtendo aprovação nas disciplinas cursadas.

Ana Paula de Borba Morás, Universidade do Vale do Taquari

Graduanda do curso de Ciências Biológicas - Bacharelado na Universidade do Vale do Taquari - Univates. Atua como bolsista de iniciação científica da instituição no projeto de pesquisa Sustentabilidade em propriedades rurais produtoras de leite do Vale do Taquari/RS, na parte de levantamento florístico, fitossociológico e de identificação de espécies, além de ter prestado auxílio nas coletas e análises do leite, água para dessedentação animal e solo de pastagens das propriedades participantes da pesquisa.

Cinthia Goettens, Universidade do Vale do Taquari

Graduanda em Enfermagem - Bacharelado na Universidade do Vale do Taquari - Univates e Bolsista de Iniciação Científica Univates no Projeto Sustentabilidade em Propriedades Produtoras de Leite, nas dimensões Qualidade de Vida e Saúde de Trabalhadores Rurais. Também tem experiências em aplicação de Questionários, com ênfase nas áreas de Ciências Ambiente e Saúde Pública.

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Publicado

2019-09-04

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