Avaliação da qualidade de água: concepção hidrossanitária da Bacia do Rio do Campo, Paraná, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.008.0003

Palavras-chave:

Controle ambiental, Índice de Qualidade de Água, Água Bruta, Análise Química, CG/EM

Resumo

O Rio do Campo é responsável por 80% do abastecimento público do município de Campo Mourão (PR). Sua área compreende, aproximadamente, 170km². O uso do solo no entorno da bacia é predominado pela agricultura, com culturas anuais. O objetivo deste trabalho foi analisar a qualidade da água por meio dos parâmetros físicos, químicos, microbiológicos e determinação dos índices de qualidade da água (IQA) e estado trófico (IET), da bacia do rio do Campo, além da identificação e quantificação de agroquímicos por cromatografia em fase gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/EM). Foram selecionados 3 pontos de coleta a montante da captação, um ponto no perímetro urbano e dois a jusante. Os resultados obtidos nas análises físico, químico, microbiológico, DBO, nitrogênio e fósforo totais, classificou a água bruta do rio do Campo (na extensão analisada) em função do IQA como ruim e IET como mesotrófico. As análises de 29 agroquímicos por CG/EM, para as amostras de águas coletadas nos seis pontos, mostraram a presença desses analitos em 16 amostras das 30 analisadas, sendo que 17 agroquímicos foram detectados abaixo da faixa de concentração mínima 0,01μg/L-1 (Alaclor, Aldrin, Atrazina, Clordano, DDD, DDE, DDT, Diedrin, Endrin, Endossulfan α, Endossulfan β, Heptacloro, Heptacloro epóxido, Lindano, Metalocloro, Pendimetalina e Permetrina) e 10 quantificados (Aldrin, DDD, DDE, Diedrin, Endossulfan α, Endrin, Heptacloro, Heptacloro epóxido, Metalocloro e Permetrina). A presença destes agroquímicos na bacia do rio do Campo podem comprometer a vida aquática e afetar a saúde humana, uma vez que estes compostos são considerados poluentes orgânicos persistentes com elevado tempo de degradação. Assim, um monitoramento frequente da qualidade da água e das atividades desenvolvidas no entorno devem ser realizadas, para possibilitar maior conservação hídrica.

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Biografia do Autor

Paulo Sergio da Silva, Faculdade Integrado de Campo Mourão

Atuo como Responsável Técnico em Topografia, Georreferenciamento. Projetos na área de Engenharia Rural e Urbana. Faço parte do corpo docente da Faculdade Integrado de Campo Mourão (2014/2017) Graduado em Gestão Ambiental pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR (2007). Especialização em Georreferenciamento pela Universidade Estadual de Maringá-UEM (2009). Mestrado em Tecnologias Limpas pelo Centro Universitário de Maringá-UNICESUMAR (2017).

Gilsemara dos Santos Cagni, Centro Universitário de Ensino Superior de Maringá, Brasil

Engenheira Ambiental e Sanitarista, Mestranda em Ciencias Ambientais, programa de pós graduação Tecnologias Limpas UNICESUMAR - PPGTL.

Maria de los Angeles Perez Lizama, Centro Universitário de Ensino Superior de Maringá, Brasil

Possui graduação em Biologia pela Universidade de Mogi das Cruzes (1988), mestrado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá (1994) e doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá (2003). Atualmente é professora na UNICESUMAR, onde desempenha atividades de pesquisa, orientação e docência como responsável na graduação pelas disciplinas de Zoologia de Vertebrados no curso de Ciências Biológicas e Ecologia e Bioclimatologia nos cursos de graduação de Medicina Veterinária e Agronomia e na pós-graduação em Tecnologias Limpas. Neste programa também participa de projetos na área de educação ambiental, junto ao curso de Psicologia, como co-orientadora de projeto de iniciação científica, bem como participa do projeto PRME chapter Brazil ligado a ONU. Realiza orientação no Curso de Especialização em Aquicultura - Sanidade e desenvolvimento sustentável na Universidade Estadual de Maringá, bem como participa de projetos de pesquisa desta Universidade também. Atualmente é primeira secretaria da Associação Brasileira de Patologistas de Organismos Aquáticos - ABRAPOA. Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Parasitologia, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia, planície de inundação do alto rio paraná, peixes, Brasil, patologia de organismos aquáticos e parasitologia, reprodução, crescimento e bionomia de peixes e ciências ambientais. Na pós-graduação atua na área de biomonitoramento de qualidade ambiental, recursos hídricos, sustentabilidade, ecoeficência urbana, resíduos e educação ambiental.

José Eduardo Gonçalves, Centro Universitário de Ensino Superior de Maringá

Químico pela Universidade Estadual de Maringá (1992), mestrado em Química pela Universidade Estadual de Maringá (1995) e doutorado em Química pela Universidade Estadual de Campinas (2000). Atualmente é professor do Centro Universitário de Maringá, , membro do corpo docente permanente e do colegiado do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Limpas e do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Segurança Alimentar, além de ser bolsista Produtividade do ICETI - Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação desde setembro de 2011. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica e Biotecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas: controle de qualidade, identificação de substâncias bioativas, cromatografia gasosa e espectrometria de massa e na área de Ciências Ambientais. Membro do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Basis) do Instituto Nacional de Estudos (SINAES/INEP/MEC), estando credenciado como Avaliador Institucional e de Cursos de Graduação do SINAES/CAPES.Bolsista Produtividade em Pesquisa - PQ ( CNPq Nº 09/2018) na área de Ciências Ambientais.

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Publicado

2019-05-14

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