Viabilidade econômica de sistemas agroflorestais em Novo Progresso (PA)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.006.0003

Palavras-chave:

Rendimento agroflorestal, Agricultura familiar, Análise econômica

Resumo

Os SAFs são o conjunto de técnicas de manejo e uso da terra que implicam na combinação de árvores com cultivos perenes, com pecuária ou com ambas as proposições, de forma conjunta ou escalonada no tempo e no espaço. O objetivo deste trabalho foi realizar uma estimativa de geração de renda, por meio de uma análise de viabilidade econômica, pela introdução de sistemas agroflorestais (SAFs), possibilitando ao produtor a tomada de decisões em seu investimento antes mesmo de este ser implementado para minimizar frustrações e perda de capital em propriedades de agricultores familiares no Projeto de Desenvolvimento Sustentável Terra Nossa, localizado nos municípios de Novo Progresso e Altamira. Ao todo, 44 unidades familiares distribuídas aleatoriamente no assentamento demonstraram interesse em participar da implantação de SAF promovidos pelo Projeto Horizonte Verde. Foram selecionados 18 produtores, aos quais se aplicou questionários em forma de entrevista pessoal. Para compor o valor das receitas, obtiveram-se dados sobre os preços de mercado dos produtos comercializados na sede municipal de Novo Progresso, por meio de aplicação de questionário, para fins de constatação dos valores de produtos como sementes, frutos, madeira, cereais entre outros produtos. Verificou-se que, com exceção do arranjo S4, grande parte dos arranjos de SAFs analisados mostrou ter uma estimativa de renda positiva, pois os valores para Valor Presente Líquido (VPL), taxa interna de retorno e relação custo-benefício foram positivos em um horizonte de 20 anos. Com relação às receitas e saldos nos SAFs, observa-se que os seis arranjos mais rentáveis, classificados pelo critério do VPL, foram os arranjos S18, S2, S10, S11, S1 e S12 que se destacaram por ter espécies com alta produtividade anual e aceitação no mercado local. A maioria dos SAFs analisados aponta viabilidade econômica de acordo com os indicadores de VPL, TIR e RB/C, possibilitando ao produtor tomar decisões de investimento. Os SAFs mais rentáveis economicamente apresentaram em sua composição açaí (Euterpe oleracea Mart.) e cumaru (Dipteryx odorata Willd). Os valores gastos com tratos culturais e colheita, são os que mais demandam mão de obra, sendo responsáveis por boa parte dos custos totais dos SAFs na estimativa realizada para 20 anos.

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Biografia do Autor

Saulo Ubiratan Pinheiro da Silva, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possuo graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2017). Tenho experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Recursos Florestais e Engenharia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: rendimento agroflorestal, análise econômica, agricultura familiar e agricultura; assentamento; incêndios. Em 2015 fui estagiário no ISAF - Brasil (Instituto Sócio Ambiental FloraNativa) desenvolvendo atividades de campo na área de Agrossilvicultura, experiência essa da qual resultou meu trabalho de conclusão do curso focado na Viabilidade Econômica de SAFs (Sistemas Agroflorestais) em Assentamentos Verdes (PDS) no município de Novo Progresso-PA. Em 2016 trabalhei na Empresa CONSULAGRA desenvolvendo atividades de Cadastro Ambiental Rural (CAR) e legalização de terras. Em 2018 Desenvolvi serviços como colaborador em atividades administrativas e de pesquisa extensionista, além de tratamento de dados de campo de Geoprocessamento no Instituto de Estudos Integrados Cidadão da Amazônia (INEA - Santarém, PA).

Daniela Pauletto, Universidade Federal do Oeste do Pará

Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal de Mato Grosso e Mestre em Ciências de Florestas Tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Tem experiência em pesquisa na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase principalmente nos seguintes temas: ciclagem de nutrientes, manejo florestal, regeneração natural e ciclos biogeoquímicos. Possui experiencia como Técnica de Nível Superior no Serviço Florestal Brasileiro, na Unidade Regional de Santarém no Pará, com atuação como Engenheira Florestal em gestão de florestas públicas, manejo florestal, gestão comunitária, promoção do manejo de produtos florestais não madeireiros e concessões florestais. Atualmente é Professora Assistente na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) nas áreas de Agrossilvicultura e Incêndios Florestais. 

Cléo Gomes da Mota, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduação em Engenharia Florestal pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (1997), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2000) e doutorado em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2018). Atualmente é pesquisador associado do Instituto Socio-Ambiental Floranativa - ISAF e pesquisador associado do Instituto Socioambiental Floranativa. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, Ecologia Florestal, Georreferenciamento e Sistemas de Informação Geográfica. Atuado principalmente nos seguintes temas: agricultura de baixo carbono, sistemas agroflorestais, viveiros e mudas agroflorestais, agricultura familiar e produção de sementes.

Gabriela de Cássia Santos do Nascimento, Universidade Federal do Oeste do Pará

Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal do Oeste do Pará e Técnica em Mineração pelo Instituto Federal do Pará. Tem experiência em pesquisa na área de Engenharia Florestal, com ênfase principalmente em Gênese e Morfologia do solo, Bioinformática, Políticas Públicas, Agricultura Familiar e Sistemas agroflorestais. É membro do grupo de pesquisa CEMI - Centro de Estudos em Manejo e Sistemas Florestais Integrados com área predominante em Ciências Agrárias; Recursos Florestais e Engenharia Florestal. Trabalhou como auxiliar técnica de Saneamento na Prefeitura Municipal de Oriximiná, fazendo parte da equipe técnica de elaboração do Plano Municipal de Saneamento. Também Trabalhou como técnica em Captação de Recursos na Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Atualmente trabalha como Engenheira Florestal na Secretaria de Agricultura e Abastecimento da Prefeitura de Oriximiná.

Juliana Andressa Costa dos Santos, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduanda em Engenharia Florestal. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Silvicultura.

Rafael Rode, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2004), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2008) e doutorado em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2014). Atualmente é professor de ensino superior da Universidade Federal do Oeste do Pará. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Silvicultura, Manejo e Planejamento Florestal.

Rommel Noce, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Viçosa (2000), mestrado em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2005) e doutorado em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2009). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Oeste do Pará. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Manejo Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: economia florestal, administração florestal, mercado internacional e indústria de madeira serrada.

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Publicado

2018-07-03

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