Influência da inoculação com bactérias endofíticas no desenvolvimento de plantas de milho

Resumo

Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito de bactérias promotoras do crescimento vegetal na cultura do milho cv. DKB 390PRO2. Foram utilizadas estirpes de bactérias endofíticas isoladas de folhas, caules e raízes de Brachiaria brizantha: UBb01; UBb04; UBb05; UBb08; UBb11; UBb12; UBb15; UBb16; UBb18; UBb20. Foram conduzidos dois experimentos: 1- foi conduzido em câmara de crescimento com fotoperíodo e temperatura controlados (16 horas luz e 28o C, respectivamente), foram empregados tubetes de PVC e como substrato vermiculita esterilizada; 2- conduzido em casa-de-vegetação, utilizando-se vasos de PVC preenchidos com terra: vermiculita (2:1). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 12 repetições com os seguintes tratamentos: 1- testemunha absoluta (sem nitrogênio e sem inoculação); 2- aplicação de nitrogênio (na forma de nitrato de potássio); 3) inoculação das sementes com as diferentes bactérias. Os inoculantes foram preparados meios líquidos tripticaseina soya e incubados a 35O C por 72h. As sementes de milho foram submersas nas suspensões bacterianas (108 UFC mL-1) por 5 minutos, e em seguida semeadas. Os dados obtidos foram analisados pelo Teste de Kruskal Wallis para comparação dos tratamentos (bactérias) nas variáveis: comprimento parte aérea e raiz, fitomassa fresca da parte aérea, fitomassa seca da parte aérea e raiz, complementado com teste de comparações múltiplas de Dunn's. Verificou-se que em condições estéreis as estirpes UBb04, UBb05, UBb08, UBb12, UBb15, UBb16 promoveram o crescimento de plantas de milho; e as estirpes UBb04, UBb15, UBb16, em condições de casa de vegetação favoreceram o desenvolvimento das plantas de milho, superando inclusive as plantas que receberam nitrogênio.