Investigação da urbanização na bacia hidrográfica do Rio Ponte Grande, Lages, SC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.011.0016

Palavras-chave:

Urbanização, Inundações, Código Florestal, Hidrologia Urbana, Área de risco

Resumo

A urbanização se estabeleceu de forma acelerada e sem fiscalização, provocando deficiências na implantação das infraestruturas urbanas, assim muitas populações se instalam em áreas irregulares, suscetíveis a desastres hidrológicos. Juntamente a isso, a impermeabilização das superfícies acontece de forma intensa, provocando grandes volumes de escoamento superficial, agravando consideravelmente os eventos de inundações e alagamentos. Tradicionalmente, o conceito de drenagem pluvial é aplicado para captar o escoamento superficial e encaminhá-lo rapidamente aos corpos hídricos, no entanto, esta prática está associada a intensificação dos desastres hidrológicos. Nesse cenário, o presente estudo buscou trazer um diagnóstico a partir do uso e ocupação da terra bem como das características naturais, na porção inicial da bacia hidrográfica do rio Ponte Grande, comparando-as às normativas existentes. Em seu estado natural a bacia hidrográfica produz grandes volumes de escoamento superficial em virtude da baixa permeabilidade do solo, de seu formato circular e da baixa velocidade de escoamento. As ocupações das faixas marginais dos corpos hídricos, ainda que em áreas tidas como consolidadas não impedem a ocorrência de desastres de origem hidrológica, permanecendo a população constantemente vulnerável a esses eventos. A interpretação equivocada na demarcação da área consolidada despreza as exigências de não ocupação das áreas de preservação permanente em regiões que apresentam risco de desastres, previstas na Lei nº 14.285, de 29 de dezembro de 2021. É notável a ausência de estudos hidrológicos para a implantação de infraestruturas de manejo sustentável das águas pluviais, sendo a metodologia tradicional amplamente empregada, apesar de esta ser facilmente associada a elevação das vazões de pico das bacias hidrográficas. Assim, faz-se necessário o adequado planejamento para expansão do território, manejo sustentável das águas pluviais e educação ambiental para a população e profissionais.

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Biografia do Autor

Nicole Martins Machado Pessoa, Universidade do Estado de Santa Catarina

Nicole Martins Machado Pessoa, graduada no curso de Engenharia Civil pela Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC, e pós-graduanda a nível de mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. 

Valter Antonio Becegato, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutor em Geologia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (2005). Atualmente é professor Associado da Universidade do Estado de Santa Catarina. Chefe de Gabinete da Reitoria da UDESC em 2012. Chefe do Departamento do curso de Engenharia ambiental entre 2009 a 2011 e 2013 a 2015. Tem experiência na área Ambiental, com ênfase em Geologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudo de impacto ambiental (EIA/Rima), RAS; RAP; PRAD; Licenciamento ambiental; geofísica aplicada ao meio ambiente (Tomografia elétrica 2D; Radar de penetração-GPR e Gamaespectrometria). Trabalhou na Itaipu Binacional de 1979 a 1983 no Departamento Jurídico - Setor de desapropriação na elaboração; conferência; desmembramento e unificação de laudos de avaliação de 8.500 propriedades rurais e urbanas do lado brasileiro para formação do reservatório da usina.Vice coordenador da Pós-graduação em Ciências Ambientais da UDESC entre 2014 a 217. Consultor em Créditos de Carbono e ESG-Environmental, Social and Governance. O número de citações de artigos científicos no Google Acadêmico (1115), índice h (17) e o índice i10 (23).

Adriana Berlanda, Universidade do Planalto Catarinense

Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade do Planalto Catarinense (1995) e graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001). Especialização em Engenharia de Produção (2007) e Mestrado em Ciências Ambientais (2017). Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Engenharia Ambiental e Sanitária e Engenharia de Produção e Processo.

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Publicado

2023-01-08

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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